Por que toda empresa deve estimular o aprendizado contínuo?
Uma pesquisa do Linkedin mostrou que 76% dos integrantes da Geração Z acreditam que o aprendizado é a chave para uma carreira de sucesso
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2021 às 10h33.
Por Felipe Collins
Lifelong learning é a habilidade e o processo de aprendizagem permanente e contínua. O termo em inglês se tornou uma máxima como forma de impulsionar o progresso na vida pessoal e na carreira. Especialmente em um mundo mais volátil, incerto, complexo e ambíguo como o de hoje, adquirir conhecimento e novas habilidades em um ritmo contínuo se tornou uma máxima.
Uma pesquisa do Linkedin mostrou que 76% dos integrantes da Geração Z acreditam que o aprendizado é a chave para uma carreira de sucesso. O número é similar ao de uma pesquisa da consultoria PwC, que apontou que para 77% dos profissionais, a aquisição de novas habilidades é o caminho para melhorar a própria empregabilidade.
Apesar dos indivíduos tomarem para si a responsabilidade de aprender, a preocupação em ter um time frequentemente qualificado e ganhando novas competências é também das companhias. Tanto que 94% dos líderes esperam que os trabalhadores desenvolvam novas habilidades.
E o motivo é simples. A ideia de estar sempre aprendendo ganhou tanta importância para as pessoas que as organizações que conseguem se conectar a essa inquietação dos seus times saem na frente quando o assunto é a contratação e a manutenção dos melhores funcionários.
Segundo um levantamento que a Future Dojo fez em parceria com a consultoria de inovação ACE Cortex, fatores como ter uma liderança inspiradora e a possibilidade de aprendizado contínuo são mais importantes do que salários e benefícios na hora da tomada de decisão sobre onde trabalhar.
O dado traz uma mensagem clara para as empresas: investir na formação do time, seja para criar líderes capazes de conduzir o negócio e inspirar as equipes, seja para dar conta do desejo dos funcionários em seguir aprendendo é algo que tem mais peso na atração dos melhores talentos do que um ambiente de trabalho descolado ou salários acima da média de mercado.
Os pilares da educação para a vida toda
Se os benefícios são claros, a pergunta que fica é como garantir que a empresa vai desempenhar o papel de estimular o aprendizado contínuo dentro do time.
A resposta para isso pode estar em um estudo da Unesco, que apresentou quatro pilares que sustentam esta busca constante pelo aprendizado - e cujo fortalecimento acaba sendo o resultado mais claro do lifelong learning. São eles:
- Aprender a conhecer
Instigar a curiosidade, a atenção, estimular o senso crítico, a reflexão e o posicionamento dos sujeitos frente aos diferentes contextos. Aprender a pensar e não apenas reproduzir um pensamento, um desafio para criar e reinventar o futuro.
- Aprender a fazer
Enfrentar desafios e trabalhar em equipe. Desenvolver habilidades humanas nas relações interpessoais como: iniciativa, intuição, boa comunicação, capacidade de resolução de conflitos e estabilidade emocional
- Aprender a conviver
Capacidade de compreender o outro, de estabelecer vínculos sociais e gerenciar os conflitos. Cooperar com o outro somando conhecimentos individuais em prol da coletividade permite a troca de experiências e traz importantes benefícios para o ambiente de trabalho
- Aprender a ser
Desenvolver as potencialidades do indivíduo, como a inteligência, a sensibilidade, a memória, o raciocínio, o sentido ético e estético, o pensamento autônomo e crítico, a imaginação, a criatividade, a iniciativa, as capacidades físicas e também a aptidão para comunicar-se.
Sabendo que, do lado das pessoas físicas a necessidade de aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser é o que leva à procura contínua por novos conhecimentos, para as empresas, saber estimular que seus times tenham sempre a necessidade de se aprofundar nessas áreas se torna um caminho claro.
Em parte, esse é o papel da liderança, que deve sempre instigar seus funcionários a avançarem nestes quatro pilares. Mas é preciso ir além e dar as ferramentas - sejam políticas formais ou informais de desenvolvimento - para que o time cumpra com os quatro pilares da Unesco.
Educação em pauta
Para as gigantes, essa preocupação vem ganhando espaço na pauta do dia a dia. Um levantamento feito pela CB Insights, empresa de análise que, entre outras coisas, compila informações extraídas dos relatórios de resultados de empresas de capital aberto para seus investidores, mostrou que termos como aprendizado, aprendizado digital e treinamento, foram 1.000% mais citados nas divulgações de resultado nos Estados Unidos desde o início da pandemia do que eram no período anterior.
O dado corrobora um achado da pesquisa conduzida pela Future Dojo e pela ACE Cortex sobre aprendizado contínuo. Segundo o levantamento, mesmo julgando que os funcionários são os responsáveis finais pelos seus desenvolvimentos, 52% dos líderes de gestão de pessoas acreditam que a companhia deve exercer um papel fundamental no estímulo para que seus colaboradores tenham as ferramentas necessárias para apostar no lifelong learning.
Para apoiar este processo, 78% das empresas em que trabalham os profissionais entrevistados possuem algum tipo formal de treinamento ou política de educação continuada - seja algo organizado internamente ou por meio de parceiros.
O número, porém, mostra outra informação relevante: quando analisamos essa questão apenas sob a ótica das empresas com mais de 1.000 funcionários, essa estatística é muito mais expressiva, com 90% das organizações ouvidas investindo de forma ativa no treinamento de seus times.
Olhar para isso com atenção traz uma janela de oportunidades também para PMEs e startups que encontrem formas de incentivar o desenvolvimento de seus empregados - e, por consequência, se destacar de forma mais eficiente na disputa por talentos, algo que pode fazer toda a diferença na condução da empresa ao próximo nível.
Se quiser conversar mais sobre isso, me escreve no felipe@futuredojo.com.br. Falar sobre educação e desenvolvimento pessoal sempre me motiva!
Por Felipe Collins
Lifelong learning é a habilidade e o processo de aprendizagem permanente e contínua. O termo em inglês se tornou uma máxima como forma de impulsionar o progresso na vida pessoal e na carreira. Especialmente em um mundo mais volátil, incerto, complexo e ambíguo como o de hoje, adquirir conhecimento e novas habilidades em um ritmo contínuo se tornou uma máxima.
Uma pesquisa do Linkedin mostrou que 76% dos integrantes da Geração Z acreditam que o aprendizado é a chave para uma carreira de sucesso. O número é similar ao de uma pesquisa da consultoria PwC, que apontou que para 77% dos profissionais, a aquisição de novas habilidades é o caminho para melhorar a própria empregabilidade.
Apesar dos indivíduos tomarem para si a responsabilidade de aprender, a preocupação em ter um time frequentemente qualificado e ganhando novas competências é também das companhias. Tanto que 94% dos líderes esperam que os trabalhadores desenvolvam novas habilidades.
E o motivo é simples. A ideia de estar sempre aprendendo ganhou tanta importância para as pessoas que as organizações que conseguem se conectar a essa inquietação dos seus times saem na frente quando o assunto é a contratação e a manutenção dos melhores funcionários.
Segundo um levantamento que a Future Dojo fez em parceria com a consultoria de inovação ACE Cortex, fatores como ter uma liderança inspiradora e a possibilidade de aprendizado contínuo são mais importantes do que salários e benefícios na hora da tomada de decisão sobre onde trabalhar.
O dado traz uma mensagem clara para as empresas: investir na formação do time, seja para criar líderes capazes de conduzir o negócio e inspirar as equipes, seja para dar conta do desejo dos funcionários em seguir aprendendo é algo que tem mais peso na atração dos melhores talentos do que um ambiente de trabalho descolado ou salários acima da média de mercado.
Os pilares da educação para a vida toda
Se os benefícios são claros, a pergunta que fica é como garantir que a empresa vai desempenhar o papel de estimular o aprendizado contínuo dentro do time.
A resposta para isso pode estar em um estudo da Unesco, que apresentou quatro pilares que sustentam esta busca constante pelo aprendizado - e cujo fortalecimento acaba sendo o resultado mais claro do lifelong learning. São eles:
- Aprender a conhecer
Instigar a curiosidade, a atenção, estimular o senso crítico, a reflexão e o posicionamento dos sujeitos frente aos diferentes contextos. Aprender a pensar e não apenas reproduzir um pensamento, um desafio para criar e reinventar o futuro.
- Aprender a fazer
Enfrentar desafios e trabalhar em equipe. Desenvolver habilidades humanas nas relações interpessoais como: iniciativa, intuição, boa comunicação, capacidade de resolução de conflitos e estabilidade emocional
- Aprender a conviver
Capacidade de compreender o outro, de estabelecer vínculos sociais e gerenciar os conflitos. Cooperar com o outro somando conhecimentos individuais em prol da coletividade permite a troca de experiências e traz importantes benefícios para o ambiente de trabalho
- Aprender a ser
Desenvolver as potencialidades do indivíduo, como a inteligência, a sensibilidade, a memória, o raciocínio, o sentido ético e estético, o pensamento autônomo e crítico, a imaginação, a criatividade, a iniciativa, as capacidades físicas e também a aptidão para comunicar-se.
Sabendo que, do lado das pessoas físicas a necessidade de aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser é o que leva à procura contínua por novos conhecimentos, para as empresas, saber estimular que seus times tenham sempre a necessidade de se aprofundar nessas áreas se torna um caminho claro.
Em parte, esse é o papel da liderança, que deve sempre instigar seus funcionários a avançarem nestes quatro pilares. Mas é preciso ir além e dar as ferramentas - sejam políticas formais ou informais de desenvolvimento - para que o time cumpra com os quatro pilares da Unesco.
Educação em pauta
Para as gigantes, essa preocupação vem ganhando espaço na pauta do dia a dia. Um levantamento feito pela CB Insights, empresa de análise que, entre outras coisas, compila informações extraídas dos relatórios de resultados de empresas de capital aberto para seus investidores, mostrou que termos como aprendizado, aprendizado digital e treinamento, foram 1.000% mais citados nas divulgações de resultado nos Estados Unidos desde o início da pandemia do que eram no período anterior.
O dado corrobora um achado da pesquisa conduzida pela Future Dojo e pela ACE Cortex sobre aprendizado contínuo. Segundo o levantamento, mesmo julgando que os funcionários são os responsáveis finais pelos seus desenvolvimentos, 52% dos líderes de gestão de pessoas acreditam que a companhia deve exercer um papel fundamental no estímulo para que seus colaboradores tenham as ferramentas necessárias para apostar no lifelong learning.
Para apoiar este processo, 78% das empresas em que trabalham os profissionais entrevistados possuem algum tipo formal de treinamento ou política de educação continuada - seja algo organizado internamente ou por meio de parceiros.
O número, porém, mostra outra informação relevante: quando analisamos essa questão apenas sob a ótica das empresas com mais de 1.000 funcionários, essa estatística é muito mais expressiva, com 90% das organizações ouvidas investindo de forma ativa no treinamento de seus times.
Olhar para isso com atenção traz uma janela de oportunidades também para PMEs e startups que encontrem formas de incentivar o desenvolvimento de seus empregados - e, por consequência, se destacar de forma mais eficiente na disputa por talentos, algo que pode fazer toda a diferença na condução da empresa ao próximo nível.
Se quiser conversar mais sobre isso, me escreve no felipe@futuredojo.com.br. Falar sobre educação e desenvolvimento pessoal sempre me motiva!