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Tem gente tirando vantagem da crise. E você vai ficar de fora?

Além daquelas grandes jogadas especulativas que enchem as manchetes dos jornais de quando em quando, onde uns poucos ganham em detrimento da perda ou desespero de outros, o homem comum da classe média percebeu que após qualquer uma das grandes crises financeiras mundiais do século XX, e recentemente do séc. XXI, muitas pessoas enriqueceram usando meios lícitos e éticos, apenas colocando em prática o conhecimento adquirido em crises passadas por […] Leia mais

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Etiqueta Financeira

Publicado em 3 de julho de 2013 às, 16h20.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h57.

Além daquelas grandes jogadas especulativas que enchem as manchetes dos jornais de quando em quando, onde uns poucos ganham em detrimento da perda ou desespero de outros, o homem comum da classe média percebeu que após qualquer uma das grandes crises financeiras mundiais do século XX, e recentemente do séc. XXI, muitas pessoas enriqueceram usando meios lícitos e éticos, apenas colocando em prática o conhecimento adquirido em crises passadas por si ou por outros.
Hoje não é diferente.

Como o sobe e desce frenético das cotações e índices das bolsas mundo afora ainda é um assunto obscuro para muita gente, permito-me a simplificação do pensamento.
Imagine que você seja um comerciante de eletrodomésticos e sabe que um aquecedor é vendido por R$100,00 no inverno e R$50,00 no verão. Fazer dinheiro neste cenário é muito simples, basta comprar o aquecedor no verão e vendê-lo no inverno. Ou seja, você compra na baixa e vende na alta.

Ocorre que um belo dia os cientistas anunciam um tal de “aquecimento global” e não haverá mais inverno, ou seja, perigo de recessão para quem vive de vender qualquer coisa que se consome no inverno, está estabelecida uma crise no setor. E pelo medo de perderem tudo, todos ao mesmo tempo, vendem seus aquecedores, pois não querem correr o risco de verem “encalhados” seus produtos. Quando a oferta é muita e a procura pouca, os preços caem. Esta é a crise que interfere rapidamente nas cotações da bolsa.

Felizmente crises econômicas são cíclicas e, um dia, acabam. Não me perguntem quando ou em quantos pontos o Ibovespa ou mesmo o preço de determinado ativo pode chegar, pois eu não sei e desconfio de quem afirma saber.

Porém o que sei é que existem ações de ótimas companhias cujos preços despencaram formando oportunidades de compra parecidas com as que vimos em 2001-2002 ou em 2008. Existem empresas das quais iremos precisar independentemente do preço de suas ações em bolsa e do tamanho da crise, veja um exemplo grave, talvez absurdo, mas que nos faz pensar: se as ações da Petrobrás chegarem a R$1,00 amanhã, também amanhã e depois de amanhã e no dia seguinte, vou precisar de combustível para meu carro. Igualmente se as ações dos bancos se desvalorizarem muito, ainda assim vou precisar do sistema bancário para pagar minha conta de luz, e por falar em conta de luz se o preço em bolsa da companhia fornecedora de energia elétrica chegar a R$1.000.000,00 (isso mesmo, 1 milhão reais a empresa toda) eu e toda a população de minha cidade precisaremos de energia elétrica para ligar a TV, acessar a internet, manter a geladeira ligada para conservar os alimentos dia após dia. Ou seja, não importa a dimensão da crise, a vida vai continuar.

Para tirar vantagem da crise torne-se sócio destas empresas.
Vão alguns conselhos para aproveitar o momento:
1- Identifique setores essenciais ao convívio na sociedade moderna e à subsistência da humanidade (alimento, energia, serviços essenciais, etc.)
2- Dentro deste segmento identifique as empresas mais sólidas. Aquelas que têm mercado cativo, líderes em seu setor, com diferenciais competitivos, ótima administração, etc.
3- Procure saber se a crise afetou seriamente suas cotações no mercado acionário. Aqui vale dizer que, via de regra, quanto maior a queda maior a possibilidade de ganho quando o mercado voltar ao normal. Sua corretora deve ajudá-lo nesta tarefa. Peça um estudo de índices como P/L (Preço / Lucro) P/VPA ( Preço / Valor Patrimonial ) e outros.
4- Invista periodicamente pequenas quantias nas ações da empresa ou empresas identificadas. A periodicidade é você quem faz, uma vez ao mês, uma vez por semana, ou outra que te for conveniente. Da mesma forma você é você quem deve saber quanto é uma pequena quantia no seu caso. Para te ajudar pense em um valor que não te fará falta nos próximos 3 a 5 anos.
5- Invista com Metodologia, Metas e Objetivos e Claros. Só assim você irá comprar na baixa e vender na alta. Os maiores inimigos do investidor são a emoção, falta de direção e o desconhecimento do assunto.
6- Por fim, ESTUDE PRIMEIRO E INVISTA DEPOIS. Lembre-se, você é o dono de seu dinheiro e não o gerente do banco, ou a corretora. A decisão deve ser sua assim como a responsabilidade.

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