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Seus valores serão usados contra você

. De certa forma todos são criados – e programados – para seguir valores nobres do ponto de vista da moral, da ética, ajuda mútua, doação, etc. Isso é bom. Estes princípios nos dão esperança e nos fazem acreditar na seriedade das pessoas. No entanto, essas mesmas crenças podem nos limitar ou mesmo servir de alicerces para que manipuladores se disfarcem de amigos, orientadores ou gurus. Nesse caso, eles nos […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 13h50.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h47.

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De certa forma todos são criados – e programados – para seguir valores nobres do ponto de vista da moral, da ética, ajuda mútua, doação, etc. Isso é bom. Estes princípios nos dão esperança e nos fazem acreditar na seriedade das pessoas.

No entanto, essas mesmas crenças podem nos limitar ou mesmo servir de alicerces para que manipuladores se disfarcem de amigos, orientadores ou gurus. Nesse caso, eles nos direcionam para que seus próprios interesses sejam atingidos, restando somente a “satisfação do dever cumprido” ou uma recompensa moral qualquer.

Um exemplo fácil de enxergar isso é a condecoração “honrosa” ao soldado que retorna da guerra após matar dezenas de seres humanos e ter visto inúmeros seus amigos morrer. Muita gente morreu (e matou) por deixar seus valores mais nobres (defender a liberdade, a honra ou a própria vida, por exemplo) serem usados como os fios de um marionete. Uma situação menos dramática ilustra esse quadro. É o caso da pessoa – separada – que usa os filhos ou os valores da família para manipular o comportamento do cônjuge. Isso é muito mais comum do que se imagina. Talvez você mesmo já tenha passado por isso, ou acompanhado esta situação ocorrer com um amigo ou alguém da família.

Todo manipulador conhece os mais nobres valores sociais vigentes e tem grande habilidade em conduzir o manipulado de forma sutil. Um chefe pode, por exemplo, te oferecer um “novo desafio”, ou um gerente bancário pode te oferecer uma “aposentadoria tranquila”… e há o cônjuge que sofreu a separação te oferece “uma nova vida dedicada à família”.

Obviamente que os desafios são motivadores mas, será mesmo um desafio, ou somente uma forma de ter sua atenção para algo que precisa ser feito, sem que você receba um centavo a mais de renda ou sequer uma medalha de honra?

Todos sonham com uma aposentadoria tranquila. Contudo, aquele plano de previdência sugerido pelo seu gerente de conta garantirá isso ou, somente possibilitará que a meta desse funcionário do banco seja alcançada?

Obviamente que ao casar todos querem dedicar-se à família. Só que este é um conceito tão amplo que, apesar de sempre positivo, pode ser vago o suficiente para justificar a ausência e a distância na criação dos filhos. Nesse caso, qualquer atitude imprudente, inclusive com dinheiro, na forma de gastança, ou prejuízos em investimentos, pode ser explicada com frases que teriam um sentido nobre, não fossem somente uma desculpa deslavada: “tudo o que fiz, ou tentei fazer, foi sempre pensando em você e nas crianças”, ou ainda, “eu sempre quis (busquei) o melhor. Infelizmente não deu certo”. E a manipulação continuaria com palavras como: “Eu sempre estarei aqui ao seu lado”, ou, “reconstruiremos tudo juntos”.

Reconstruiremos? No plural? Espere aí, para perder você não me chamou. Agora eu devo reconstruir a besteira que você fez? Sei !!!

Não é preciso desconfiar de tudo ou de todos. Mas, não acredite em palavras e, sim, em exemplos. Algo que aprendi ao longo da vida é que os padrões e as atitudes das pessoas se repetem. Veja os exemplos do momento e compare com os do passado. É isso o que você pode esperar.

Observando os fatos, dificilmente você deixará que seus valores sejam usados contra você.

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De certa forma todos são criados – e programados – para seguir valores nobres do ponto de vista da moral, da ética, ajuda mútua, doação, etc. Isso é bom. Estes princípios nos dão esperança e nos fazem acreditar na seriedade das pessoas.

No entanto, essas mesmas crenças podem nos limitar ou mesmo servir de alicerces para que manipuladores se disfarcem de amigos, orientadores ou gurus. Nesse caso, eles nos direcionam para que seus próprios interesses sejam atingidos, restando somente a “satisfação do dever cumprido” ou uma recompensa moral qualquer.

Um exemplo fácil de enxergar isso é a condecoração “honrosa” ao soldado que retorna da guerra após matar dezenas de seres humanos e ter visto inúmeros seus amigos morrer. Muita gente morreu (e matou) por deixar seus valores mais nobres (defender a liberdade, a honra ou a própria vida, por exemplo) serem usados como os fios de um marionete. Uma situação menos dramática ilustra esse quadro. É o caso da pessoa – separada – que usa os filhos ou os valores da família para manipular o comportamento do cônjuge. Isso é muito mais comum do que se imagina. Talvez você mesmo já tenha passado por isso, ou acompanhado esta situação ocorrer com um amigo ou alguém da família.

Todo manipulador conhece os mais nobres valores sociais vigentes e tem grande habilidade em conduzir o manipulado de forma sutil. Um chefe pode, por exemplo, te oferecer um “novo desafio”, ou um gerente bancário pode te oferecer uma “aposentadoria tranquila”… e há o cônjuge que sofreu a separação te oferece “uma nova vida dedicada à família”.

Obviamente que os desafios são motivadores mas, será mesmo um desafio, ou somente uma forma de ter sua atenção para algo que precisa ser feito, sem que você receba um centavo a mais de renda ou sequer uma medalha de honra?

Todos sonham com uma aposentadoria tranquila. Contudo, aquele plano de previdência sugerido pelo seu gerente de conta garantirá isso ou, somente possibilitará que a meta desse funcionário do banco seja alcançada?

Obviamente que ao casar todos querem dedicar-se à família. Só que este é um conceito tão amplo que, apesar de sempre positivo, pode ser vago o suficiente para justificar a ausência e a distância na criação dos filhos. Nesse caso, qualquer atitude imprudente, inclusive com dinheiro, na forma de gastança, ou prejuízos em investimentos, pode ser explicada com frases que teriam um sentido nobre, não fossem somente uma desculpa deslavada: “tudo o que fiz, ou tentei fazer, foi sempre pensando em você e nas crianças”, ou ainda, “eu sempre quis (busquei) o melhor. Infelizmente não deu certo”. E a manipulação continuaria com palavras como: “Eu sempre estarei aqui ao seu lado”, ou, “reconstruiremos tudo juntos”.

Reconstruiremos? No plural? Espere aí, para perder você não me chamou. Agora eu devo reconstruir a besteira que você fez? Sei !!!

Não é preciso desconfiar de tudo ou de todos. Mas, não acredite em palavras e, sim, em exemplos. Algo que aprendi ao longo da vida é que os padrões e as atitudes das pessoas se repetem. Veja os exemplos do momento e compare com os do passado. É isso o que você pode esperar.

Observando os fatos, dificilmente você deixará que seus valores sejam usados contra você.

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