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Repatriação – Talvez não dê tempo

Muitas foram as razões que motivaram os brasileiros a transferirem dinheiro ganho com o suor de seus trabalhos para fora do Brasil e, então, não declarar os recursos à Receita Federal. Apesar de simples, o processo de repatriação é moroso. Provar que o dinheiro é lícito, que é fruto de uma herança ou qualquer outro benefício recebido no exterior, é só a primeira parte do processo que se transforma em […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 14h46.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h26.

Arte: Leonardo Gomes

Muitas foram as razões que motivaram os brasileiros a transferirem dinheiro ganho com o suor de seus trabalhos para fora do Brasil e, então, não declarar os recursos à Receita Federal.

Apesar de simples, o processo de repatriação é moroso. Provar que o dinheiro é lícito, que é fruto de uma herança ou qualquer outro benefício recebido no exterior, é só a primeira parte do processo que se transforma em uma DERCAT – Declaração de Regularização Cambial e Tributária – preenchida por um advogado ou contador e entregue, via sistema, para a Receita Federal, algo parecido com a declaração de IR que fazemos todos os anos.

A partir daí o processo depende, em grande parte, da disponibilidade operacional das instituições financeiras locais e estrangeiras, leis e normas de mercado, onde os recursos estão depositados. Esse é o grande risco para que as pessoas não consigam terminar seu processo de regularização.

Todo este dinheiro está querendo sair de um país e voltar para o Brasil. Quer trabalhar, consumir, recolher impostos e ajudar o Brasil mas, não consegue entrar.

Seria muito interessante para o caixa do governo e para a sociedade produtiva e consumidora, que ao menos o prazo de recolhimento da DARF fosse prorrogado por 15 ou 20 dias. Isso permitiria que mais dinheiro voltasse e, quiçá, superasse as expectativas de arrecadação.

Só assim o drama do dinheiro no exterior acabaria e se transformaria em arrecadação, investimento e consumo no Brasil

Arte: Leonardo Gomes

Muitas foram as razões que motivaram os brasileiros a transferirem dinheiro ganho com o suor de seus trabalhos para fora do Brasil e, então, não declarar os recursos à Receita Federal.

Apesar de simples, o processo de repatriação é moroso. Provar que o dinheiro é lícito, que é fruto de uma herança ou qualquer outro benefício recebido no exterior, é só a primeira parte do processo que se transforma em uma DERCAT – Declaração de Regularização Cambial e Tributária – preenchida por um advogado ou contador e entregue, via sistema, para a Receita Federal, algo parecido com a declaração de IR que fazemos todos os anos.

A partir daí o processo depende, em grande parte, da disponibilidade operacional das instituições financeiras locais e estrangeiras, leis e normas de mercado, onde os recursos estão depositados. Esse é o grande risco para que as pessoas não consigam terminar seu processo de regularização.

Todo este dinheiro está querendo sair de um país e voltar para o Brasil. Quer trabalhar, consumir, recolher impostos e ajudar o Brasil mas, não consegue entrar.

Seria muito interessante para o caixa do governo e para a sociedade produtiva e consumidora, que ao menos o prazo de recolhimento da DARF fosse prorrogado por 15 ou 20 dias. Isso permitiria que mais dinheiro voltasse e, quiçá, superasse as expectativas de arrecadação.

Só assim o drama do dinheiro no exterior acabaria e se transformaria em arrecadação, investimento e consumo no Brasil

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