Os números (não) mentem
Ultimamente tenho sido procurado por muitas pessoas que parecem desalentadas com sua situação financeira e, por isso, buscam se aposentar, mudar de empregou ou, ainda, montar um negócio próprio. Esta busca é estimulada pela sensação de que a nossa economia está forte, com muitos investimentos sendo feitos e níveis de desemprego baixíssimos, em torno de 6%, ou seja, se algo der errado basta voltar ao mercado de trabalho que rapidamente […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2014 às 19h11.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h30.
Ultimamente tenho sido procurado por muitas pessoas que parecem desalentadas com sua situação financeira e, por isso, buscam se aposentar, mudar de empregou ou, ainda, montar um negócio próprio.
Esta busca é estimulada pela sensação de que a nossa economia está forte, com muitos investimentos sendo feitos e níveis de desemprego baixíssimos, em torno de 6%, ou seja, se algo der errado basta voltar ao mercado de trabalho que rapidamente acha-se uma colocação.
E é aí que mora o perigo.
Veja que a pesquisa oficial de desemprego busca, dentro da população economicamente ativa, quem BUSCOU E NÃO ENCONTROU EMPREGO nos últimos 3 meses. Esta é a pergunta feita na pesquisa, esta é a metodologia.
Olhe ao seu redor e veja que existem muitas pessoas sem carteira assinada que não tem ocupação que gere renda e que não fizeram esta busca nos últimos 3 meses, sequer nos últimos 30 meses. Portanto responderiam NÃO e, portanto nunca seriam classificadas como desempregadas.
Outro número importante é a quantidade de pessoas assistidas pelo programa Bolsa Família, algo como 40 milhões de brasileiros. Obviamente que nem todos fazem parte da população economicamente ativa, caso seja somente 20%, ou um titular para sustentar outros 4 com o dinheiro vindo do programa, teríamos perto de 8 milhões de brasileiros desempregados que simplesmente não podem e não devem buscar emprego, pois se derem o “azar” de encontrar, perdem o dinheiro do programa Bolsa Família.
Concluindo, 8 milhões de pessoas correspondem a 4% da população total do Brasil, ou seja, o número de desempregados no Brasil é quase o dobro do que mostram as pesquisas. Não porque estas estejam erradas, mas sim porque sua metodologia é antiquada.
Cuidado ao fazer mudanças em sua vida, pois a situação não é tão boa como aparece na pintura.
Ultimamente tenho sido procurado por muitas pessoas que parecem desalentadas com sua situação financeira e, por isso, buscam se aposentar, mudar de empregou ou, ainda, montar um negócio próprio.
Esta busca é estimulada pela sensação de que a nossa economia está forte, com muitos investimentos sendo feitos e níveis de desemprego baixíssimos, em torno de 6%, ou seja, se algo der errado basta voltar ao mercado de trabalho que rapidamente acha-se uma colocação.
E é aí que mora o perigo.
Veja que a pesquisa oficial de desemprego busca, dentro da população economicamente ativa, quem BUSCOU E NÃO ENCONTROU EMPREGO nos últimos 3 meses. Esta é a pergunta feita na pesquisa, esta é a metodologia.
Olhe ao seu redor e veja que existem muitas pessoas sem carteira assinada que não tem ocupação que gere renda e que não fizeram esta busca nos últimos 3 meses, sequer nos últimos 30 meses. Portanto responderiam NÃO e, portanto nunca seriam classificadas como desempregadas.
Outro número importante é a quantidade de pessoas assistidas pelo programa Bolsa Família, algo como 40 milhões de brasileiros. Obviamente que nem todos fazem parte da população economicamente ativa, caso seja somente 20%, ou um titular para sustentar outros 4 com o dinheiro vindo do programa, teríamos perto de 8 milhões de brasileiros desempregados que simplesmente não podem e não devem buscar emprego, pois se derem o “azar” de encontrar, perdem o dinheiro do programa Bolsa Família.
Concluindo, 8 milhões de pessoas correspondem a 4% da população total do Brasil, ou seja, o número de desempregados no Brasil é quase o dobro do que mostram as pesquisas. Não porque estas estejam erradas, mas sim porque sua metodologia é antiquada.
Cuidado ao fazer mudanças em sua vida, pois a situação não é tão boa como aparece na pintura.