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O que faz quem tem dinheiro?

O jargão “na crise residem as grandes oportunidades”, e suas variações, é sempre entoado quando a situação da economia nacional está indo de mal a pior. Mas por quê algumas pessoas saem das crises mais ricas do que entraram enquanto outras padecem? A resposta é simples e objetiva: reside no binômio conhecimento e diligência. Vamos concordar que pessoas honestas e que têm dinheiro não chegaram lá por obra do acaso […] Leia mais

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Etiqueta Financeira

Publicado em 4 de setembro de 2015 às, 15h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h55.

O jargão “na crise residem as grandes oportunidades”, e suas variações, é sempre entoado quando a situação da economia nacional está indo de mal a pior.

Mas por quê algumas pessoas saem das crises mais ricas do que entraram enquanto outras padecem? A resposta é simples e objetiva: reside no binômio conhecimento e diligência.

Vamos concordar que pessoas honestas e que têm dinheiro não chegaram lá por obra do acaso mas, sim, por terem acertado mais do que errado em sua estratégia para o enriquecimento. Para colecionar mais acertos do que erros é preciso estudar, é preciso ter conhecimento. Mas só o conhecimento não basta. Será necessário colocar em prática recomendações para investimento, ou seja, ter coragem e tomar atitudes.

Algumas atitudes e providências já estão sendo tomadas pelos que zelam pela consistência do seu patrimônio. Vamos a algumas ações práticas adotadas por esse grupo de brasileiros endinheirados…

1- Evitar a onda de elevação de tributos. Muito antes do governo federal anunciar – de forma patética – sua incompetência em gerir o próprio caixa, ao enviar um orçamento de 2016 “arrombado” para a aprovação do Congresso, os endinheirados já anteviram as consequências disto. Entre outras medidas, estão doando seu patrimônio aos herdeiros de forma a evitar as alíquotas de 20% que devem ser aprovadas. Hoje se paga, em média 4% (varia muito de estado para estado da Federação).

2- Aproveitar a alta cambial. Há muito tempo as condições econômicas e políticas do Brasil mostram sinais claros de crise, ou seja, situação que indica a alta do dólar. Eu mesmo avisei isso aos meus seguidores e, leitores deste blog, em pelo menos duas oportunidades, se você seguiu a dica se deu bem. Abrir uma conta no exterior e enviar recursos para fora do Brasil é algo que pode ser feito em sete dias. Tudo dentro da lei e com baixíssima carga tributária. Tal medida te protege e faz você ganhar com a desvalorização do real, algo que a maioria das pessoas lamentaria.

3- Livrar-se de imóveis. Os endinheirados formam carteira de imóveis ao longo dos anos. Eles nunca seguem as ondas cíclicas de notícias sobre a supervalorização imobiliária: eles compram quando todos vendem e vendem quando a manada compra. Agora, podem se dar ao luxo de desimobilizar e realizar o seu ganho de capital antes que ocorra uma queda ainda maior nos preços. E eles não tomam essa atitude de forma intempestiva. Fazem isso por saberem que a vacância aumenta e os ganhos reais de aluguéis sequer superam 0,5% ao mês.

4- Alongar o prazo de investimento em renda fixa no Brasil. Toda esta instabilidade gera incertezas e, portanto, o dinheiro que fica no Brasil deve ser melhor remunerado. Você terá que ter algum dinheiro no Brasil. Afinal, vive aqui, tem contas a pagar, necessita consumir. Planejar as retiradas alongando o prazo das aplicações em renda fixa traz segurança (lembre-se do FGC). Além disso, há que se considerar a proteção contra a inflação – em alta – e, principalmente, os lucros com as taxas de juros em elevação.

Enfatizo que esta última recomendação é uma medida que endinheirados – ou não – podem e devem tomar para sairem da crise mais fortes do que entraram. Seguindo estas dicas você aceitará melhor e, quem sabe, irá agradecer quando a crise passar.