Miopia financeira
Em meus livros “A receita do bolo” e “Separe uma verba para ser feliz” sou enfático ao mostrar as grandes quantias escondidas em valores que parecem irrisórios como o cafezinho, o pão de queijo ou mesmo uma inocente manicure semanal. Quando vejo os protestos, quase diários, sobre o aumento de 30 centavos no preço da tarifa de algumas passagens do transporte público, constato que a miopia financeira em alguns setores […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 09h05.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h47.
Em meus livros “ A receita do bolo ” e “ Separe uma verba para ser feliz ” sou enfático ao mostrar as grandes quantias escondidas em valores que parecem irrisórios como o cafezinho, o pão de queijo ou mesmo uma inocente manicure semanal.
Quando vejo os protestos, quase diários, sobre o aumento de 30 centavos no preço da tarifa de algumas passagens do transporte público, constato que a miopia financeira em alguns setores da sociedade é bem mais grave do que eu imaginei quando escrevi os livros.
Estas mesmas pessoas não se manifestaram quando a tarifa da energia elétrica aumentou 70% elevando em muitos 30 centavos suas contas de luz. Valor certamente maior que os R$13,20 ou R$26,40 mensais que gastarão a mais no ir e vir do trabalho. Estes portadores de miopia financeira não enxergam que os preços dos combustíveis e de toda a cadeia de derivados de petróleo, como lubrificantes e pneus, também aumentou. A miopia financeira não os deixa ver que o transporte é fundamental para que possam ir e vir de seus trabalhos e, portanto, gerar renda para pagarem suas contas de luz aviltada em 70%.
A miopia financeira dos manifestantes os impede ainda, de perceber que a redução de tarifa pode levar o sistema ao colapso, pode quebrar a empresas privadas prestadoras de serviço, ou as estatais e concessionárias do transporte sobre trilhos. Isso impediria muitos de levarem seus filhos à escola, por exemplo. E, se conseguissem fazê-lo, não encontrariam grande parte dos professores quando lá chegassem pois, estes também usam o transporte público.
A miopia financeira me parece tão grave e evidente, que me pergunto se não se trata de “super-visão política”. Seriam grupos interessados em usar, nas campanhas eleitorais que estão por vir, as imagens de protestos sobre o aumento das tarifas de transporte. Seriam também os mesmos que não protestaram e nem geraram qualquer imagem de repúdio em relação ao aumento da energia elétrica e dos combustíveis. Estes dois , sim, os catalisadores de todos os demais aumentos e a da disparada da inflação.
Combater os sintomas pode reduzir a dor mas nunca irá gerar a cura.
Em meus livros “ A receita do bolo ” e “ Separe uma verba para ser feliz ” sou enfático ao mostrar as grandes quantias escondidas em valores que parecem irrisórios como o cafezinho, o pão de queijo ou mesmo uma inocente manicure semanal.
Quando vejo os protestos, quase diários, sobre o aumento de 30 centavos no preço da tarifa de algumas passagens do transporte público, constato que a miopia financeira em alguns setores da sociedade é bem mais grave do que eu imaginei quando escrevi os livros.
Estas mesmas pessoas não se manifestaram quando a tarifa da energia elétrica aumentou 70% elevando em muitos 30 centavos suas contas de luz. Valor certamente maior que os R$13,20 ou R$26,40 mensais que gastarão a mais no ir e vir do trabalho. Estes portadores de miopia financeira não enxergam que os preços dos combustíveis e de toda a cadeia de derivados de petróleo, como lubrificantes e pneus, também aumentou. A miopia financeira não os deixa ver que o transporte é fundamental para que possam ir e vir de seus trabalhos e, portanto, gerar renda para pagarem suas contas de luz aviltada em 70%.
A miopia financeira dos manifestantes os impede ainda, de perceber que a redução de tarifa pode levar o sistema ao colapso, pode quebrar a empresas privadas prestadoras de serviço, ou as estatais e concessionárias do transporte sobre trilhos. Isso impediria muitos de levarem seus filhos à escola, por exemplo. E, se conseguissem fazê-lo, não encontrariam grande parte dos professores quando lá chegassem pois, estes também usam o transporte público.
A miopia financeira me parece tão grave e evidente, que me pergunto se não se trata de “super-visão política”. Seriam grupos interessados em usar, nas campanhas eleitorais que estão por vir, as imagens de protestos sobre o aumento das tarifas de transporte. Seriam também os mesmos que não protestaram e nem geraram qualquer imagem de repúdio em relação ao aumento da energia elétrica e dos combustíveis. Estes dois , sim, os catalisadores de todos os demais aumentos e a da disparada da inflação.
Combater os sintomas pode reduzir a dor mas nunca irá gerar a cura.