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Mais pães e leite, menos cigarros.

30 anos fumando podem representar sua aposentadoria.

Crédito: Reprodução (Pixabay/Reprodução)
Crédito: Reprodução (Pixabay/Reprodução)
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Etiqueta Financeira

Publicado em 3 de abril de 2019 às, 11h48.

À cada dia, novas padarias da Grande São Paulo estão deixando de vender cigarros.  Além da pequena margem de lucro, devido aos impostos, o produto é muito visado por assaltantes.

Segundo o Sindicato dos Panificadores, o lucro  bruto é de 6,9% e o risco de assaltos com foco nos maços de cigarro é muito grande.  Mais de 500 estabelecimentos já deixaram de comercializar o produto.

Pode até ser ruim para os fumantes, deixar de ter essa facilidade de compra mas, por outro lado, também pode ser a oportunidade de repensar o seu dia a dia. Claro  que não é fácil  deixar de fumar subitamente, mas quem sabe diminuir o consumo de forma lenta e progressiva?

Com o preço médio do cigarro brasileiro custando acima de R$ 5,00 o maço, calcule o que isto pode representar mensalmente e no final de um ano. Se a pessoa fuma meio maço por dia a conta vai para R$912,50. Um maço por dia? Então lá se foram R$1.825,00 virando fumaça.

Numa época em que poucas pessoas têm condições de guardar uma parte dos seus salários para uma poupança, é na economia de pequenas despesas que pode haver a geração uma pequena sobra financeira no final do mês. 

E outro detalhe: mais importante do que a saúde financeira, a redução do consumo de cigarro pode contribuir, em muito, para o bem estar  do consumidor, assegurando-lhe uma vida mais saudável. Ou seja, você salva o dinheiro do cigarro e também dos remédios que estão mais caros como mostrei neste outro artigo.

Com a economia de um maço de carro por dia dá para comprar mais um litro de leite e pãezinhos. E não adianta apelar para os cigarros ilegais, pois o risco à saúde é ainda maior. Uma economia que não vale a pena, para não dizer, burra.

Mauro Calil é fundador da Academia do Dinheiro