Deixe de ser devedor
A possibilidade de ter renda permanente, possuir uma vida confortável e não ser escravo do salário ainda é uma realidade para uma pequena parcela da população brasileira. Com maior acesso ao crédito e aos bens de consumo, a maioria das pessoas, mesmo com maior permanência no emprego, ainda gasta muito mais do que ganha e, eventualmente, contrai dívidas que arruínam qualquer possibilidade de estabilidade financeira. Preocupados mais em pagar dívidas, […] Leia mais
Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às, 17h08.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h36.
A possibilidade de ter renda permanente, possuir uma vida confortável e não ser escravo do salário ainda é uma realidade para uma pequena parcela da população brasileira. Com maior acesso ao crédito e aos bens de consumo, a maioria das pessoas, mesmo com maior permanência no emprego, ainda gasta muito mais do que ganha e, eventualmente, contrai dívidas que arruínam qualquer possibilidade de estabilidade financeira.
Preocupados mais em pagar dívidas, pensar em reservar parte dos ganhos para garantir uma renda futura é um grande desafio. Como resultado, acabamos perdendo boas oportunidades de negócios.
Desde que se tenha disposição para fazer algumas mudanças de comportamento, que inicialmente podem parecer complicadas, é possível construir um novo cenário e passar definitivamente de devedor para investidor. Realizar mudanças, principalmente nos hábitos de consumo, sempre causa algum tipo de desconforto, mas essa nova atitude pode ter efeitos benéficos a longo prazo. O primeiro passo é o pagamento das dívidas mais caras, com juros mais altos, como, por exemplo, as dívidas contraídas no cartão de crédito. O pagamento parcial da fatura e os juros embutidos são um dos grandes motivos de inadimplência.
Pagar as contas do cotidiano no prazo correto também colabora para o equilíbrio financeiro, o que evita o pagamento desnecessário dos juros embutidos. Por mais que possam parecer pequenos, estes gastos, se forem investidos a longo prazo, poderão ter um bom rendimento.
Livrar-se das compras por impulso é outro elemento que colabora para essa transição. Um exemplo simples é uma xícara de café ao custo de R$ 2,00 por dia, de segunda a sexta, pelo período de um ano. Evitar este gasto equivale a uma economia de R$ 520,00 anuais. Se colocarmos esse valor em uma aplicação de renda fixa, como por exemplo a caderneta de poupança, após um período de três anos, teremos R$ 1.691,45.
Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro. Entre eles, destaca-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito dinheiro disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro são muito complexos.
Como tudo em nossa vida exige conhecimento e prática, vale a pena nos dedicarmos diariamente para compreender e aprender o que o nosso sistema financeiro oferece. Existem diversas opções, como CDBs, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito de Agronegócio), fundos imobiliários, ações, fundos de renda fixa, entre outras, que podem ser acionadas com investimentos mínimos a partir de R$ 100,00.
Neste contexto, para se tornar um investidor, é preciso seguir uma receita muito simples: registre os seus gastos diários, informe-se sobre as alternativas de investimento e discipline-se a salvar uma quantia mensal dos gastos tolos para investir.
Quando começar a ver os resultados, terá uma visão ampliada do dinheiro e do seu poder de compra. E, além disso, com o dinheiro aplicado poderá decidir melhor sobre suas escolhas.