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"Crime sem saída" expõe sentimentos financeiros de policiais e soldados

Filme retrata como a sociedade trata aqueles que a protegem

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profmaurocalil

Publicado em 23 de dezembro de 2019 às 11h10.

Última atualização em 23 de dezembro de 2019 às 12h01.

O filme em cartaz nos cinemas mostra um detetive da polícia de Nova Iorque que precisa achar e prender um assassino de policiais que está à solta na cidade. Realizar a prisão do criminoso implicaria recuperar a honra que ele perdeu durante algumas tarefas mal-executadas nos últimos anos.

No início da investigação descobre-se que os dois perseguidos são ex-combatentes das forças armadas e, aoavançar, o detetive ainda se depara com uma conspiração assombrosa entre criminosos e membros de sua própria categoria.

Tudo seria um roteiro bem formado se não soubéssemos que a realidade financeira dos policiais e soldados é, talvez mais assustadora e ameaçadora para seu bem estar e de suas famílias, que as próprias condições de trabalho.

Este insight me surgiu por duas frases em diálogos do filme. Uma quando o ex-combatente, personagem de Taylor Kitsch, chama de "liberdade" os vários quilos de droga que acabam de roubar. A outra quando o  oficial chefe da delegacia de polícia, personagem de J.K. Simmons, declara que faziam o que faziam, não para ficarem ricos mas, para poderem ter uma aposentadoria digna.

Pessoas de mal caráter existem em qualquer faixa de renda ou nível de instrução, isso é fato. No entanto, eu acredito que muitos questionamentos, sobre o que vale ou não a pena, inundam a mente de qualquer cidadão honesto e sem dinheiro, ao ver seu filho doente, seu pai largado em uma maca no corredor de um hospital e associar isso a, fortunas em cuecas ou despejadas em apartamentos trancados.

A educação financeira também é cidadania. A imensa maioria de funcionários públicos tem salários modestos, muitos deles arriscam suas vidas por nós e nossos filhos , muitos deles educam nossos filhos, muitos deles cuidam de nós em hospitais.

Renda digna faz parte das boas condições de trabalho e significa melhoria dos serviços prestados, mais interesse do servidor e, por que não, orgulho da profissão escolhida.

Mauro Calil é Fundador da Academia do Dinheiro

 

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O filme em cartaz nos cinemas mostra um detetive da polícia de Nova Iorque que precisa achar e prender um assassino de policiais que está à solta na cidade. Realizar a prisão do criminoso implicaria recuperar a honra que ele perdeu durante algumas tarefas mal-executadas nos últimos anos.

No início da investigação descobre-se que os dois perseguidos são ex-combatentes das forças armadas e, aoavançar, o detetive ainda se depara com uma conspiração assombrosa entre criminosos e membros de sua própria categoria.

Tudo seria um roteiro bem formado se não soubéssemos que a realidade financeira dos policiais e soldados é, talvez mais assustadora e ameaçadora para seu bem estar e de suas famílias, que as próprias condições de trabalho.

Este insight me surgiu por duas frases em diálogos do filme. Uma quando o ex-combatente, personagem de Taylor Kitsch, chama de "liberdade" os vários quilos de droga que acabam de roubar. A outra quando o  oficial chefe da delegacia de polícia, personagem de J.K. Simmons, declara que faziam o que faziam, não para ficarem ricos mas, para poderem ter uma aposentadoria digna.

Pessoas de mal caráter existem em qualquer faixa de renda ou nível de instrução, isso é fato. No entanto, eu acredito que muitos questionamentos, sobre o que vale ou não a pena, inundam a mente de qualquer cidadão honesto e sem dinheiro, ao ver seu filho doente, seu pai largado em uma maca no corredor de um hospital e associar isso a, fortunas em cuecas ou despejadas em apartamentos trancados.

A educação financeira também é cidadania. A imensa maioria de funcionários públicos tem salários modestos, muitos deles arriscam suas vidas por nós e nossos filhos , muitos deles educam nossos filhos, muitos deles cuidam de nós em hospitais.

Renda digna faz parte das boas condições de trabalho e significa melhoria dos serviços prestados, mais interesse do servidor e, por que não, orgulho da profissão escolhida.

Mauro Calil é Fundador da Academia do Dinheiro

 

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