Como poupar dinheiro sendo autônomo
A vida de autônomo é incerta em relação à renda. Por isso é importante estabelecer um plano financeiro.
Publicado em 10 de agosto de 2018 às, 11h19.
Você vive com uma renda variável? É autônomo e não sabe exatamente o quanto vai acumular até o final do mês? Como é a sua vida sem ter uma estabilidade salarial? Nesse cenário, como você pode se planejar?
O Rodrigo, que presta serviços filmando alguns vídeos para o canal do YouTube da Academia do Dinheiro, é um exemplo clássico de profissional autônomo. Em alguns meses, ele consegue acumular diversos trabalhos, em outros não, o que, inexoravelmente, impacta em sua renda. Esta é a realidade de muitas pessoas, não apenas do Rodrigo.
Bom, existem algumas maneiras de você planejar a sua vida e, principalmente, o seu enriquecimento, mesmo não tendo uma renda fixa mensal. Eu vou citar duas formas e a primeira é bem simples.
Vamos de volta ao exemplo do Rodrigo, videomaker e realiza diversos trabalhos para youtubers, alguns até já participaram de gravações na Academia do Dinheiro. Então, eu conversei com ele sobre esse assunto. Comentei que para cada dez vídeos que fizesse, que guardasse o investimento de um deles, pelo menos. Disse, que se desejasse ser um pouco mais agressivo, que vivesse com o rendimento de sete vídeos e separasse o rendimento de três para a sua formação de poupança ou para outros planos de enriquecimento.
É a tradicional regra dos 70 a 30, que sempre ressalto durante os cursos que ministro. Viva com 70% daquilo que você recebe! 10% você poupa, obrigatoriamente, para o futuro e 20% financia, se precisar, bens de valor, como um carro, uma casa própria e, eventualmente, até viagens. Mas lembre-se: poupe primeiro, sempre.
Essa é a primeira solução para quem tem uma renda oscilante. Se você é um advogado, por exemplo, não importa o tamanho das causas nas quais está trabalhando. Se você é médico, pouco importa o número de plantões, para cada dez, poupe três. O advogado idem, a cada dez casos, poupe três. E, assim, sucessivamente, para qualquer profissão. Mesmo que você não tenha formação superior, independentemente do seu ramo de atividade, siga esta receita.
A segunda forma é um pouco mais elaborada, mas não impossível de incorporar ao seu dia a dia. Só envolve um pouquinho mais de treinamento e disciplina. A base dela é uma simples planilha de Excel. Em sua planilha, crie um campo de receitas e um para despesas. Em despesas, separe quais são as efetivamente necessárias, ou seja, aquelas sem as quais não consegue viver, e as esporádicas ou por impulso.
Nesse sentido, vamos analisar novamente o caso do videomaker Rodrigo. Imagine que ele precise comprar um microfone. Esta é uma despesa esporádica, que não ocorre frequência, correto? E quanto às despesas necessárias? Aqui, ele deve considerar as contas de consumo (água, luz, gás, etc, a escola das crianças e o plano de saúde, por exemplo.
Na planilha, Rodrigo deve destacar quais são as suas despesas necessárias. A ideia é que ele mantenha sempre um padrão e que haja um ponto de equilíbrio, o que chamamos de “Break Even”. Ou seja, que ele consiga quitar todos estes débitos, em um prazo adequado, e ainda sobre algum recurso para o pagamento de eventuais despesas extras e, sobretudo, para a formação do seu patrimônio.
Ratificando, a primeira forma de organização ensina que a cada dez serviços realizados, que o rendimento de um, dois ou três sejam direcionados para outros fins, como poupança e financiamentos, e a segunda, que exige um pouco mais de organização, que o indivíduo se mantenha dentro de um padrão mínimo de conforto e todo o excedente consiga poupar para conquistar os seus sonhos futuros. Afinal, enriquecer é uma questão de ter e seguir um bom plano.
Mauro Calil é fundador da Academia do Dinheiro
Veja também o vídeo relacionado a este artigo:
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