UEFA pagará mais de €1,2 bi a clubes da Champions
A UEFA divulgou os valores que envolvem a próxima edição da Champions League. A receita comercial bruta desta temporada deve atingir 1,5 bilhão de euros, dos quais cerca de €1,2 bi serão distribuídos aos clubes participantes, considerando proporcionalmente o desempenho na competição e sua exposição na televisão. O valor mínimo a ser recebido por cada uma das 32 equipes que disputa ao menos a fase de grupos da competição é […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 10h53.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h54.
A UEFA divulgou os valores que envolvem a próxima edição da Champions League. A receita comercial bruta desta temporada deve atingir 1,5 bilhão de euros, dos quais cerca de €1,2 bi serão distribuídos aos clubes participantes, considerando proporcionalmente o desempenho na competição e sua exposição na televisão. O valor mínimo a ser recebido por cada uma das 32 equipes que disputa ao menos a fase de grupos da competição é de € 8,6 mi. O vencedor da competição deve levar para casa, sem considerar as receitas de televisão, a bagatela de € 37,4 mi. Na última edição, por exemplo, o campeão Bayern de Munique abocanhou o total de 55 mi de euros, sendo 19 milhões apenas de receitas de televisão.
Os valores, estratosféricos, justificam a gana das equipes do velho continente em participar da competição, assim como explicam a revisão de orçamento feita pelos grandes clubes que eventualmente deixam dela participar. Se comparado ao que é pago na principal competição da América do Sul, a Copa Bridgestone Libertadores, os valores ficam ainda mais impactantes. Traremos aqui a comparação já com equivalência monetária (Euro/Real), mas mesmo sem fazê-la, seria abismal a diferença.
Fase | Libertadores | Champions |
Grupos | 1,2 mi reais | 9,2 mi euros / 31,1 mi reais |
Oitavas | 785 mil reais | 3,5 mi euros / 10,7 mi reais |
Quartas | 883 mil reais | 3,9 mi euros / 11,9 mi reais |
Semifinal | 1,1 mi reais | 4,9 mi euros / 14,9 mi reais |
Campeão | 7,85 mi reais | 10,5 mi euros / 35,7 mi reais |
Total Campeão | 11,8 mi reais | 37,4 mi euros / 113 mi reais |
Evidente que os valores não deveriam ser idênticos. A potência econômica de cada continente e como são pensadas e desenvolvidas cada competição não permitem tal equivalência. Mas a diferença atual extrapola os limites do razoável. Isso porque os valores pagos na América do Sul foram reajustados neste ano, em alguns casos, em mais de 100%.
Eugenio Figueiredo, presidente da Conmebol, que organiza a Copa Libertadores, pondera que o torneio só se tornará mais rentável para os clubes participantes quando todos os patrocinadores valorizarem mais a competição – atualmente, a maior fonte de receita do torneio vem da Bridgestone, patrocinadora máster, além da venda dos direitos de transmissão. Para Figueiredo, a projeção para obtenção de receitas, ao menos a curto prazo, não deverá mudar. E apresenta o argumento pífio de que “A Libertadores tem mais prestígio pelo que significa ganhar do que pela renda”, como se os clubes europeus disputassem a Championa apenas pelo dinheiro, e não pelo mesmo (ou ainda maior) prestígio.
Mais do que isso, a garantia de que os valores aumentarão conforme aporte dos patrocinadores tem raciocínio invertido. Porque as empresas não pagam mais para melhorar a competição e aumentar o desejo dos clubes em participar dela. É justamente quando a competição melhorar sua reputação, incluindo a conquista de respeito fora da América do Sul, com referência de competição organizada, que os patrocinadores estarão dispostos a investir mais. Mas calma, a Libertadores de 2025 está chegando…
Siga-nos no Twitter: @viniciuslord e/ou @EXAME_EsporteEx
A UEFA divulgou os valores que envolvem a próxima edição da Champions League. A receita comercial bruta desta temporada deve atingir 1,5 bilhão de euros, dos quais cerca de €1,2 bi serão distribuídos aos clubes participantes, considerando proporcionalmente o desempenho na competição e sua exposição na televisão. O valor mínimo a ser recebido por cada uma das 32 equipes que disputa ao menos a fase de grupos da competição é de € 8,6 mi. O vencedor da competição deve levar para casa, sem considerar as receitas de televisão, a bagatela de € 37,4 mi. Na última edição, por exemplo, o campeão Bayern de Munique abocanhou o total de 55 mi de euros, sendo 19 milhões apenas de receitas de televisão.
Os valores, estratosféricos, justificam a gana das equipes do velho continente em participar da competição, assim como explicam a revisão de orçamento feita pelos grandes clubes que eventualmente deixam dela participar. Se comparado ao que é pago na principal competição da América do Sul, a Copa Bridgestone Libertadores, os valores ficam ainda mais impactantes. Traremos aqui a comparação já com equivalência monetária (Euro/Real), mas mesmo sem fazê-la, seria abismal a diferença.
Fase | Libertadores | Champions |
Grupos | 1,2 mi reais | 9,2 mi euros / 31,1 mi reais |
Oitavas | 785 mil reais | 3,5 mi euros / 10,7 mi reais |
Quartas | 883 mil reais | 3,9 mi euros / 11,9 mi reais |
Semifinal | 1,1 mi reais | 4,9 mi euros / 14,9 mi reais |
Campeão | 7,85 mi reais | 10,5 mi euros / 35,7 mi reais |
Total Campeão | 11,8 mi reais | 37,4 mi euros / 113 mi reais |
Evidente que os valores não deveriam ser idênticos. A potência econômica de cada continente e como são pensadas e desenvolvidas cada competição não permitem tal equivalência. Mas a diferença atual extrapola os limites do razoável. Isso porque os valores pagos na América do Sul foram reajustados neste ano, em alguns casos, em mais de 100%.
Eugenio Figueiredo, presidente da Conmebol, que organiza a Copa Libertadores, pondera que o torneio só se tornará mais rentável para os clubes participantes quando todos os patrocinadores valorizarem mais a competição – atualmente, a maior fonte de receita do torneio vem da Bridgestone, patrocinadora máster, além da venda dos direitos de transmissão. Para Figueiredo, a projeção para obtenção de receitas, ao menos a curto prazo, não deverá mudar. E apresenta o argumento pífio de que “A Libertadores tem mais prestígio pelo que significa ganhar do que pela renda”, como se os clubes europeus disputassem a Championa apenas pelo dinheiro, e não pelo mesmo (ou ainda maior) prestígio.
Mais do que isso, a garantia de que os valores aumentarão conforme aporte dos patrocinadores tem raciocínio invertido. Porque as empresas não pagam mais para melhorar a competição e aumentar o desejo dos clubes em participar dela. É justamente quando a competição melhorar sua reputação, incluindo a conquista de respeito fora da América do Sul, com referência de competição organizada, que os patrocinadores estarão dispostos a investir mais. Mas calma, a Libertadores de 2025 está chegando…
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