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Shell amplia Academia para a formação de novos pilotos

Lançado em 2015, programa teve mais um ano de crescimento e atinge grandes resultados no Brasil e fora do país

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 10 de novembro de 2017 às, 16h19.

Para o automobilismo brasileiro, 2015 teve o último pódio do Brasil na Fórmula 1 (no GP da Itália), com Massa. No mesmo ano a marca Shell lançava uma das principais plataformas de automobilismo do país e do mundo. Quase três anos depois, justamente quando Massa anuncia sua aposentadoria da categoria, a Academia Shell Racing comemora mais uma temporada de vitórias e segue focada em aumentar ainda mais a visibilidade do projeto. Uma decisão contrária a tudo o que temos encontrado no Brasil atualmente, quando o investimento esportivo é cada vez menor.

Foi justamente para endereçar os desafios de jovens pilotos nas fases iniciais de suas carreiras que a Shell lançou em 2015 sua Academia, projeto que hoje responde pela maior plataforma em patrocínio do automobilismo nacional – boa parte dela destinada à base. No primeiro ano, a iniciativa contava com seis competidores. O ano de 2017 começou com oito competidores, atualmente são nove. E podem ser mais em 2018.

“O objetivo do programa é simples: garantir que o talento brasileiro continue sendo uma referência no automobilismo. Sabemos que o esporte a motor passa por uma atual fase de dificuldade de apoio na base e a Raízen, por meio da marca Shell, quer dar suporte e patrocínio aos jovens talentos em um momento que é crucial para a carreira de um piloto. Estamos com um formato de programa de desenvolvimentos que é inédito no Brasil, com base no que vemos ser feito no exterior”, afirmou Vicente Sfeir, gerente de Patrocínios e Motorsport da Raízen.

Primeiro piloto internacional do projeto, Gianluca Petecof foi quinto colocado no Mundial de kart do ano passado e sexto em 2017, quando, aos 14 anos de idade, era o competidor mais jovem do grid de 91 inscritos. A performance chamou atenção na Europa e lhe valeu convite para o campo de treinamento da Ferrari Driver Academy. No Brasil, suporta integralmente as carreiras dos kartistas Diego Ramos e Felipe Baptista. Ambos conquistaram títulos no Brasileiro deste ano, que teve mais de 500 inscritos.

- (Shell/Divulgação)

A Academia Shell Racing ainda tem dois pilotos na Stock Car (Átila Abreu e Ricardo Zonta), outros dois em sua categoria de acesso, o Brasileiro de Turismo (Gaetano di Mauro e Vitor Baptista) e um carro na Porsche GT3 Cup (com Lico Kaesemodel, além de contar com Dennis Dirani como o piloto responsável pelos testes em pista para desenvolvimento do combustível da categoria, que é Shell V-Power Racing).

Além do competitivo, por meio de um projeto social em conjunto com a Comgás, a Academia Shell promove na Granja Viana a Escola de Kart, franqueando a 96 jovens de 6 a 12 anos o primeiro contato com as pistas. O objetivo desta iniciativa é fomentar e difundir o esporte a motor e despertar em crianças que não teriam acesso às pistas a mesma paixão que a marca Shell nutre pelo automobilismo.

A escolha dos pilotos da Academia Shell Racing é feita por meio de um processo seletivo, com maior ênfase nas principais competições nacionais de kart: Brasileiro, Copa Brasil e Paulista. O julgamento é essencialmente técnico-desportivo. Todos os competidores passam por avaliações periódicas e recebem, no início da temporada, um programa de metas a serem atingidas ao longo do ano. Todas essas iniciativas são inspiradas em programas europeus que levaram jovens kartistas para categorias top, como a F-1. A ideia central é formar um legado para o esporte nacional, dando todo suporte para jovens talentos serem os futuros ídolos brasileiros do esporte.