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Seleção feminina de rugby lança nova identidade visual com manifesto

O símbolo vai para o novo uniforme oficial e resgata a origem do nome de batismo Yaras

(Fotojump / CBRu/Divulgação)
VL

Vinicius Lordello

Publicado em 24 de maio de 2021 às 19h23.

Última atualização em 24 de maio de 2021 às 22h10.

A seleção brasileira feminina de rugby tem uma nova identidade visual, idealizada por um movimento independente criado pelas próprias atletas. O lançamentoda imagem aconteceu nesta segunda-feira (24.05), por meio de um vídeo-manifesto realizado pela Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) em parceria com as jogadoras e com o apoio do Bradesco, patrocinador-máster da entidade há 11 anos. O símbolo vai para o novo uniforme oficial e resgata a origem do nome de batismo Yaras, escolhido também de maneira autônoma pelo grupo e que reflete o espírito guerreiro da mulher brasileira.

O tema principal da campanha é a autonomia do grupo, que iniciou todo processo de mudança . Desde que adotou o apelido de Yaras, no fim de 2013, a seleção feminina atuava com um símbolo masculino no peito, o Tupi. O manifesto escrito pelas próprias atletas - e lido pela ex-atleta olímpica Beatriz Futuro - responde à seguinte pergunta: “Por que você luta?”.

A homenagem criada pela CBRu é tão aguardada pela comunidade rugbier quanto merecida pelas gerações de jogadoras que encarnaram a bravura dos povos originários do Brasil desde que o rugby feminino iniciou sua história em campo, em 2004. Para a CEO da CBRu, Mariana Miné, as Yaras construíram um legado que reúne talento, resistência e superação. E não à toa seguem dominantes no cenário sul-americano nos últimos 17 anos.

“A história da escolha do nome ‘Yaras’, da nova identidade, é uma história de coragem e coletividade das mulheres do rugby brasileiro. Uma história de reconhecimento que não foi pedido, foi conquistado. As atletas criaram um nome, um símbolo que representava o coletivo, criaram um uniforme de forma completamente independente e começaram a vender para trazer receitas ao grupo. Estamos agora dando o destaque para esse processo. Acredito que todos nós temos que reconhecer e honrar esse movimento”, avalia Mariana Miné, primeira mulher a assumir o comando da Confederação.O processo da definição da nova identidade visual, do manifesto e até mesmo da música-tema (Minha Força, da cantora Kaê Guajajara) contou com uma construção coletiva. Atletas do elenco atual e ex-atletas se reuniram virtualmente para chegar ao conteúdo final. Empreender, inclusive, é uma marca do grupo, que já havia criado uma imagem prévia da Yara e incluído em uma linha de roupas de treinamento e outros objetos.

A nova identidade estampa a imagem de uma representante dos povos originários do Brasil, em alusão à personagem Yara. Na mitologia tupi-guarani, ela é filha de Pajé e temida guerreira que, para escapar da morte, se refugiou nos rios amazônicos. Por essa razão, é conhecida em partes do país como a “senhora das águas”. Para atletas do passado e do presente, a força do nome Yaras reside no valor à coletividade, que é um traço comum entre a cultura dos povos indígenas e os princípios do rugby.

“A essência de ser uma Yara é ter a consciência de que precisamos uma das outras para vencer nossos desafios e sonhar com mais conquistas. Esse reconhecimento é muito importante para esse grupo de mulheres que construiu identidade própria em um esporte que ainda é considerado essencialmente masculino”, ressalta Isadora “Izzy” Cerullo, uma das jogadoras mais experientes e vitoriosas do atual elenco. “Essa conexão com a natureza interna e externa que os povos indígenas nos ensinam é uma referência muito forte para quem pratica rugby e sabe que tem que acreditar em cada lance, em cada oportunidade”, observa Juliana Esteves, ex-pilar da seleção entre 2010 e 2016, período marcado na vida dela por muitos títulos, pelo encerramento da carreira após os Jogos Olímpicos do Rio e pelo aprendizado com a cultura indígena, à qual ela ainda se dedica por meio de estudos e vivências.

Criada pelo designer paulista e jogador de rugby Liam Piacente, a nova identidade visual foi uma encomenda das jogadoras da seleção à CBRu. Demandou do artista cerca de dois meses de pesquisas até atingir a expressão desejada, dividindo as referências com as atletas da seleção e buscando sintetizar o espírito coletivo do grupo. Também foi necessário utilizar como referência o guia de marcas da CBRu e o símbolo dos Tupis, para harmonizar os traços, as cores e as formas da lenda feminina que estará em campo a partir de agora com as Yaras. A ideia é mostrar que não deve existir contraposição entre os dois gêneros dentro e fora do esporte.

O uniforme, com versões nas cores amarela e branco, foi confeccionado pela marca esportiva KickBall, patrocinadora da Confederação Brasileira de Rugby. A coleção das Yaras inclui os uniformes de jogo, treino, passeio e do staff, além de peças de comunicação visual. Os produtos estão disponíveis para venda no e-commerce da CBRu. Em junho, será lançada uma linha casual junto a um projeto especial voltado ao rugby feminino. As novas peças serão inspiradas em histórias pessoais das atletas e na cultura dos povos originários brasileiros. O vídeo manifesto você vê aqui.

A seleção brasileira feminina de rugby tem uma nova identidade visual, idealizada por um movimento independente criado pelas próprias atletas. O lançamentoda imagem aconteceu nesta segunda-feira (24.05), por meio de um vídeo-manifesto realizado pela Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) em parceria com as jogadoras e com o apoio do Bradesco, patrocinador-máster da entidade há 11 anos. O símbolo vai para o novo uniforme oficial e resgata a origem do nome de batismo Yaras, escolhido também de maneira autônoma pelo grupo e que reflete o espírito guerreiro da mulher brasileira.

O tema principal da campanha é a autonomia do grupo, que iniciou todo processo de mudança . Desde que adotou o apelido de Yaras, no fim de 2013, a seleção feminina atuava com um símbolo masculino no peito, o Tupi. O manifesto escrito pelas próprias atletas - e lido pela ex-atleta olímpica Beatriz Futuro - responde à seguinte pergunta: “Por que você luta?”.

A homenagem criada pela CBRu é tão aguardada pela comunidade rugbier quanto merecida pelas gerações de jogadoras que encarnaram a bravura dos povos originários do Brasil desde que o rugby feminino iniciou sua história em campo, em 2004. Para a CEO da CBRu, Mariana Miné, as Yaras construíram um legado que reúne talento, resistência e superação. E não à toa seguem dominantes no cenário sul-americano nos últimos 17 anos.

“A história da escolha do nome ‘Yaras’, da nova identidade, é uma história de coragem e coletividade das mulheres do rugby brasileiro. Uma história de reconhecimento que não foi pedido, foi conquistado. As atletas criaram um nome, um símbolo que representava o coletivo, criaram um uniforme de forma completamente independente e começaram a vender para trazer receitas ao grupo. Estamos agora dando o destaque para esse processo. Acredito que todos nós temos que reconhecer e honrar esse movimento”, avalia Mariana Miné, primeira mulher a assumir o comando da Confederação.O processo da definição da nova identidade visual, do manifesto e até mesmo da música-tema (Minha Força, da cantora Kaê Guajajara) contou com uma construção coletiva. Atletas do elenco atual e ex-atletas se reuniram virtualmente para chegar ao conteúdo final. Empreender, inclusive, é uma marca do grupo, que já havia criado uma imagem prévia da Yara e incluído em uma linha de roupas de treinamento e outros objetos.

A nova identidade estampa a imagem de uma representante dos povos originários do Brasil, em alusão à personagem Yara. Na mitologia tupi-guarani, ela é filha de Pajé e temida guerreira que, para escapar da morte, se refugiou nos rios amazônicos. Por essa razão, é conhecida em partes do país como a “senhora das águas”. Para atletas do passado e do presente, a força do nome Yaras reside no valor à coletividade, que é um traço comum entre a cultura dos povos indígenas e os princípios do rugby.

“A essência de ser uma Yara é ter a consciência de que precisamos uma das outras para vencer nossos desafios e sonhar com mais conquistas. Esse reconhecimento é muito importante para esse grupo de mulheres que construiu identidade própria em um esporte que ainda é considerado essencialmente masculino”, ressalta Isadora “Izzy” Cerullo, uma das jogadoras mais experientes e vitoriosas do atual elenco. “Essa conexão com a natureza interna e externa que os povos indígenas nos ensinam é uma referência muito forte para quem pratica rugby e sabe que tem que acreditar em cada lance, em cada oportunidade”, observa Juliana Esteves, ex-pilar da seleção entre 2010 e 2016, período marcado na vida dela por muitos títulos, pelo encerramento da carreira após os Jogos Olímpicos do Rio e pelo aprendizado com a cultura indígena, à qual ela ainda se dedica por meio de estudos e vivências.

Criada pelo designer paulista e jogador de rugby Liam Piacente, a nova identidade visual foi uma encomenda das jogadoras da seleção à CBRu. Demandou do artista cerca de dois meses de pesquisas até atingir a expressão desejada, dividindo as referências com as atletas da seleção e buscando sintetizar o espírito coletivo do grupo. Também foi necessário utilizar como referência o guia de marcas da CBRu e o símbolo dos Tupis, para harmonizar os traços, as cores e as formas da lenda feminina que estará em campo a partir de agora com as Yaras. A ideia é mostrar que não deve existir contraposição entre os dois gêneros dentro e fora do esporte.

O uniforme, com versões nas cores amarela e branco, foi confeccionado pela marca esportiva KickBall, patrocinadora da Confederação Brasileira de Rugby. A coleção das Yaras inclui os uniformes de jogo, treino, passeio e do staff, além de peças de comunicação visual. Os produtos estão disponíveis para venda no e-commerce da CBRu. Em junho, será lançada uma linha casual junto a um projeto especial voltado ao rugby feminino. As novas peças serão inspiradas em histórias pessoais das atletas e na cultura dos povos originários brasileiros. O vídeo manifesto você vê aqui.

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