Rede Social Vitrini busca igualar atletas da periferia e grandes clubes
Na plataforma, esportistas podem criar seus perfis e atrair patrocinadores e olheiros; startup quer também estimular ação de empresas
Vinicius Lordello
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 10h24.
Última atualização em 11 de agosto de 2021 às 10h27.
Prosperar no esporte no Brasil requer muito mais do que superar adversários. As dificuldades são narradas cotidianamente por atletas de destaque no país: falta de patrocínio individual e de estrutura para treinar (até mesmo para os premiados), incerteza sobre a manutenção dos recursos e o efeito dessas preocupações sobre seus desempenhos são alguma delas.
Esses desafios foram aprofundados pela pandemia do novo coronavírus e ficaram ainda mais evidentes nos depoimentos de atletas durante a Olimpíada de Tóquio, que terminou no último domingo (8). Além de paralisar campeonatos e fechar clubes e academias, a crise sanitária foi responsável por reduzir os recursos privados públicos e privados destinados ao setor. “Tudo isso se refere apenas aos atletas profissionais. Quando falamos sobre aqueles que ainda estão em busca da profissionalização, de serem descobertos, as dificuldades são infinitamente maiores”, afirma o empreendedor Ricardo Di Leo.
Foi com isso em mente que ele e o sócio, Leonardo Jakubauskas, decidiram fundar o Vitrini, rede social voltada exclusivamente a impulsionar o esporte no país. Na plataforma, atletas de todas as modalidades têm a possibilidade de criar perfis para mostrar seus talentos e chamar a atenção de olheiros, agentes e patrocinadores. “Sabemos que os esportistas estão nas redes sociais conhecidas, como Facebook ou Instagram, mas esses são ambientes em que é difícil se destacar. Queríamos desenvolver um ambiente específico para o esporte, em que os atletas tivessem visibilidade e que facilitasse a conexão deles com quem busca novos campeões”, diz Di Leo.
Para encarar a empreitada, eles terão um parceiro que entende as dificuldades dos atletas em ascensão: o ex-lutador de MMA Matheus Serafim. “O que acontece hoje é que quem treina nas grandes academias consegue chamar a atenção de marcas e empresários. Mas a maioria dos atletas está nas comunidades, nas pequenas academias, no interior, e não consegue chegar aonde os outros chegam. Mesmo que tenham, muitas vezes, o mesmo potencial”, conta. “Nesse contexto, o Vitrini é uma ferramenta importantíssima para colocar em igualdade de condições o atleta que está na periferia ou numa pequena academia e o que treina numa academia grande.”
Serafim coordena também o projeto social Lutar para Vencer, que oferece treinos de jiu-jitsu a crianças e adolescentes de comunidades de São Paulo. No Vitrini, ele ajudará a ampliar o alcance da plataforma entre clubes e empresários, além de colaborar na busca por marcas que queiram se associar à startup para patrocinar os atletas de destaque. “O investimento no esporte é um importante investimento social no país. Por isso, queremos também atrair empresas que possuem recursos destinados a ações de impacto, mas ainda não encontraram a melhor maneira de aplicá-los”, diz Ricardo Di Leo.
Embora reconheçam as dificuldades impostas pelo novo coronavírus no cenário brasileiro, os sócios apostam na tecnologia como vetor para impulsionar a rede social e o esporte no país. “Já há hoje clubes que, em razão da pandemia, tornaram virtuais as suas peneiras, por exemplo. Agora, nós queremos acelerar esse processo e transformar o Vitrini em uma ferramenta de seleção digital de novos talentos”, afirma Leonardo Jakubauskas.
Prosperar no esporte no Brasil requer muito mais do que superar adversários. As dificuldades são narradas cotidianamente por atletas de destaque no país: falta de patrocínio individual e de estrutura para treinar (até mesmo para os premiados), incerteza sobre a manutenção dos recursos e o efeito dessas preocupações sobre seus desempenhos são alguma delas.
Esses desafios foram aprofundados pela pandemia do novo coronavírus e ficaram ainda mais evidentes nos depoimentos de atletas durante a Olimpíada de Tóquio, que terminou no último domingo (8). Além de paralisar campeonatos e fechar clubes e academias, a crise sanitária foi responsável por reduzir os recursos privados públicos e privados destinados ao setor. “Tudo isso se refere apenas aos atletas profissionais. Quando falamos sobre aqueles que ainda estão em busca da profissionalização, de serem descobertos, as dificuldades são infinitamente maiores”, afirma o empreendedor Ricardo Di Leo.
Foi com isso em mente que ele e o sócio, Leonardo Jakubauskas, decidiram fundar o Vitrini, rede social voltada exclusivamente a impulsionar o esporte no país. Na plataforma, atletas de todas as modalidades têm a possibilidade de criar perfis para mostrar seus talentos e chamar a atenção de olheiros, agentes e patrocinadores. “Sabemos que os esportistas estão nas redes sociais conhecidas, como Facebook ou Instagram, mas esses são ambientes em que é difícil se destacar. Queríamos desenvolver um ambiente específico para o esporte, em que os atletas tivessem visibilidade e que facilitasse a conexão deles com quem busca novos campeões”, diz Di Leo.
Para encarar a empreitada, eles terão um parceiro que entende as dificuldades dos atletas em ascensão: o ex-lutador de MMA Matheus Serafim. “O que acontece hoje é que quem treina nas grandes academias consegue chamar a atenção de marcas e empresários. Mas a maioria dos atletas está nas comunidades, nas pequenas academias, no interior, e não consegue chegar aonde os outros chegam. Mesmo que tenham, muitas vezes, o mesmo potencial”, conta. “Nesse contexto, o Vitrini é uma ferramenta importantíssima para colocar em igualdade de condições o atleta que está na periferia ou numa pequena academia e o que treina numa academia grande.”
Serafim coordena também o projeto social Lutar para Vencer, que oferece treinos de jiu-jitsu a crianças e adolescentes de comunidades de São Paulo. No Vitrini, ele ajudará a ampliar o alcance da plataforma entre clubes e empresários, além de colaborar na busca por marcas que queiram se associar à startup para patrocinar os atletas de destaque. “O investimento no esporte é um importante investimento social no país. Por isso, queremos também atrair empresas que possuem recursos destinados a ações de impacto, mas ainda não encontraram a melhor maneira de aplicá-los”, diz Ricardo Di Leo.
Embora reconheçam as dificuldades impostas pelo novo coronavírus no cenário brasileiro, os sócios apostam na tecnologia como vetor para impulsionar a rede social e o esporte no país. “Já há hoje clubes que, em razão da pandemia, tornaram virtuais as suas peneiras, por exemplo. Agora, nós queremos acelerar esse processo e transformar o Vitrini em uma ferramenta de seleção digital de novos talentos”, afirma Leonardo Jakubauskas.