Rayssa Leal e o perigo do altíssimo rendimento aos 13 anos
Nossa sociedade adora vitórias e medalhas. Como Rayssa Leal lidará se não seguir no auge? Realizada ou abandonada?
Vinicius Lordello
Publicado em 28 de julho de 2021 às 14h50.
As Olimpíadas exercem uma pressão psicológica enorme para atletas já acostumados ao alto rendimento. Temos o lamentável caso da maravilhosa Simone Biles que, corajosa, priorizou sua saúde mental. A icônica tenista japonesa Osaka também acusou uma pressão mental muito forte como componente de seu desempenho recente como atleta.
No último final de semana, o Brasil vibrou muito por Rayssa Leal, skatista que trouxe a medalha de prata para o país. Detalhe: ela, assim como a ganhadora do ouro, tem apenas treze anos. Em hipótese alguma acuso a família da “Fadinha” de pressão ou qualquer coisa parecida. É nítido o amor familiar que ela recebe. Mas considerando que o próprio COI indica que a prática do alto rendimento ocorra a partir dos 15 anos, como normalizar que crianças de 13 anos pratiquem esporte de alto rendimento? Qual o volume de treinos físicos e pressão mental, de superexposição?
Rayssa se diverte praticando o esporte. Mas a medicina não entende como salutar tamanha carga física e psicológica para seres humanos de treze anos. Nossa sociedade adora vitórias e medalhas. Como Rayssa lidará se não seguir no auge? Não estamos acostumados a enaltecer esses sucessos periféricos do Esporte, além dos títulos. Uma criança de 13 anos trazer pra casa uma medalha de prata na competição mais acirrada do mundo é tão motivo de felicidade quanto preocupação. Se a Fadinha sofrer adiante impactos psicológicos e físicos do que vive hoje, seremos fraternos ou lavaremos as mãos?
As Olimpíadas exercem uma pressão psicológica enorme para atletas já acostumados ao alto rendimento. Temos o lamentável caso da maravilhosa Simone Biles que, corajosa, priorizou sua saúde mental. A icônica tenista japonesa Osaka também acusou uma pressão mental muito forte como componente de seu desempenho recente como atleta.
No último final de semana, o Brasil vibrou muito por Rayssa Leal, skatista que trouxe a medalha de prata para o país. Detalhe: ela, assim como a ganhadora do ouro, tem apenas treze anos. Em hipótese alguma acuso a família da “Fadinha” de pressão ou qualquer coisa parecida. É nítido o amor familiar que ela recebe. Mas considerando que o próprio COI indica que a prática do alto rendimento ocorra a partir dos 15 anos, como normalizar que crianças de 13 anos pratiquem esporte de alto rendimento? Qual o volume de treinos físicos e pressão mental, de superexposição?
Rayssa se diverte praticando o esporte. Mas a medicina não entende como salutar tamanha carga física e psicológica para seres humanos de treze anos. Nossa sociedade adora vitórias e medalhas. Como Rayssa lidará se não seguir no auge? Não estamos acostumados a enaltecer esses sucessos periféricos do Esporte, além dos títulos. Uma criança de 13 anos trazer pra casa uma medalha de prata na competição mais acirrada do mundo é tão motivo de felicidade quanto preocupação. Se a Fadinha sofrer adiante impactos psicológicos e físicos do que vive hoje, seremos fraternos ou lavaremos as mãos?