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Plataforma mundial 90min busca maior avanço no Brasil

Conversamos com o CEO da holding Minute Media sobre os ousados planos da plataforma para o Brasil

VL

Vinicius Lordello

Publicado em 18 de julho de 2019 às 07h12.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 07h12.

A Minute Media, empresa global especializada em tecnologia e produção de conteúdo, foi criada em 2011 em Tel Aviv, terra natal de grandes empresas como o Waze, A holding conta com empresas de operações próprias e, no Brasil, atua com a plataforma 90min, das maiores comunidades de futebol digital do mundo. Com alcance de mais de 70 milhões de usuários únicos no mundo, o 90min tem conteúdo original em 12 idiomas diferentes e parcerias com mais de 800 comunidades sociais e parceiros de publicação que distribuem seu conteúdo.

No Brasil, o 90min entrou em operação em outubro de 2016. Em menos de 3 anos de atuação no Brasil, apresenta números importantes de audiência, chegando a atingir o 3° lugar na Comscore no ano da Copa do Mundo. Além disso, foi procurado por diversas marcas (como Amstel, Kaiser, Lay’s, Listerine, Hotéis.com, Brahma, Ipiranga, Sportingbet, entre outras) para ser o elo com os torcedores nas suas campanhas publicitárias.

Na última semana, o CEO e fundador do 90min (e do grupo Minute Media), Asaf Peled, visitou o Brasil. O Esporte Executivo aproveitou a passagem para conversar com o executivo e entender melhor sua estratégia de atuação.

Há alguma dificuldade em falar sobre esporte para públicos tão diversos mundo afora? Ou a forma de se falar sobre o esporte, além do acompanhamento dos resultados, acaba sendo homogênea?

Falando especificamente do 90min, o futebol tem uma temática global, as mesmas regras, ligas e campeonatos por todo o mundo. Mas, por outro lado, cada país tem suas especificidades. Cada comunidade de torcedores tem sua nuance. Então é justamente aí que nós nos destacamos. Nós produzimos 15 mil matérias/peças de conteúdo por mês em 12 línguas diferentes. São todas peças de conteúdo original, sem nenhuma tradução, produzido sob medida para o torcedor local. A nossa tecnologia de publicação digital própria nos permite produzir este conteúdo em escala via nossos cinco newsrooms pelo mundo, incluindo o de São Paulo. É muito importante reconhecer que cada país, cidade e torcida tem suas características próprias. Isto faz toda a diferença.

-(Divulgação Minute Media/Divulgação)

Dentro do cenário multi-tela atual, o 90min se percebe como prioritariamente uma ferramenta de conteúdo, ou seja, os usuários a priorizam na busca por informações sobre o esporte, ou como uma tela prioritária de consulta aos resultados esportivos dos mais diversos países?

Nós oferecemos dados e resultados esportivos, mas isto é praticamente uma commodity e não é nosso foco. Nossa prioridade é usar nosso produto para criar conteúdo único e genuíno para a nova geração de torcedor de futebol. Conteúdo único de torcedor para torcedor. A nova geração de torcedores consome o futebol de maneira diferente, segue vários clubes e campeonatos, tem mais interesse pelo futebol internacional, foca nas estrelas mundiais, e dá valor à opinião de outros torcedores. Porém, a maior diferença é o consumo de conteúdo opinativo. O torcedor brasileiro se importa pela opinião do outro, dos demais torcedores. Então além de falarmos do dia a dia do jogador e do time, nós focamos no dia a dia do fã do futebol. É claro que oferecemos dados e resultados, breaking news, análises pré e pós jogo. Todos fazem e precisam disso. Mas nós queremos representar a voz do torcedor da nova geração e produzimos prioritariamente conteúdo que seja relevante.

Em um ambiente digital cada vez mais forte e competitivo, o que tem sido mais importante para a 90min: o foco no conteúdo que produz ou o formato apresentado para esse conteúdo? A plataforma hoje é tão relevante quanto o conteúdo?

Sim, a plataforma é tão relevante quanto o conteúdo. Nós encontramos o tom de voz ideal para aquele mercado, produzimos conteúdo de uma forma rápida, ágil e em diferentes formatos que atraem os torcedores. A nossa filosofia é estarmos onde os torcedores estão: na arquibancada, nas fan pages de clubes - redes sociais, em outras mídias. Porém usamos estas plataformas para convidar os torcedores para a nossa casa: o site 90min. E ali que interagimos com os usuários de diversas formas e com produtos próprios que têm índices de interação de 5-10%, muito acima da média. Usamos isto também como contrapartida comercial, é claro. A maioria dos publishers se tornaram dependentes das redes sociais para conseguir aumentar sua audiência e interagir com o seu público, porém as mudanças recentes nestas redes têm impactado muito o tráfego destas mídias. Nós decidimos depender das nossas próprias tecnologias e que estão sendo desenvolvidas e aprimoradas desde nosso nascimento, em 2011, em Tel Aviv. Acreditamos que nós temos que ter controle da experiência do nosso usuário.

Quais os planos da Minute Media especificamente para o mercado brasileiro?

Estamos construindo a nossa marca no Brasil. Esse foi nosso foco nos últimos três anos, quando iniciamos nossa operação por aqui. E agora, para os próximos três anos, nós queremos levar nossa marca para outro nível no mercado brasileiro. Recentemente fizemos três importantes aquisições no EUA, nas áreas de esporte e entretenimento. Nossa plataforma de tecnologia permite a fácil integração destas novas marcas e sites fazendo com que aumente a eficiência e escala. Nossa audiência já superou os 100 milhões de usuários únicos globalmente, mas isto é só o começo. Agora estamos investindo em outros mercados e esperamos que o Brasil seja o próximo no sentido de aquisição. O Brasil, por ser um dos centros do futebol mundial, é um mercado prioritário para a Minute Media. Queremos também crescer nossa equipe local e trazer também outras marcas do grupo Minute Media para o mercado brasileiro. Por enquanto, temos apenas o 90min aqui. Mas queremos trazer outras, como por exemplo o DBLTAP (e-sports) e The Big Lead (que faz cobertura dos esportes americanos: NBA, NFL, MLB). São planos concretos para os próximos anos. Acreditamos muito na nossa expansão e crescimento, e nossos investidores também. Não à toa acabam de investir mais 40M de USD na Minute Media, em um total mais de 100M de USD investidos.

A Minute Media, empresa global especializada em tecnologia e produção de conteúdo, foi criada em 2011 em Tel Aviv, terra natal de grandes empresas como o Waze, A holding conta com empresas de operações próprias e, no Brasil, atua com a plataforma 90min, das maiores comunidades de futebol digital do mundo. Com alcance de mais de 70 milhões de usuários únicos no mundo, o 90min tem conteúdo original em 12 idiomas diferentes e parcerias com mais de 800 comunidades sociais e parceiros de publicação que distribuem seu conteúdo.

No Brasil, o 90min entrou em operação em outubro de 2016. Em menos de 3 anos de atuação no Brasil, apresenta números importantes de audiência, chegando a atingir o 3° lugar na Comscore no ano da Copa do Mundo. Além disso, foi procurado por diversas marcas (como Amstel, Kaiser, Lay’s, Listerine, Hotéis.com, Brahma, Ipiranga, Sportingbet, entre outras) para ser o elo com os torcedores nas suas campanhas publicitárias.

Na última semana, o CEO e fundador do 90min (e do grupo Minute Media), Asaf Peled, visitou o Brasil. O Esporte Executivo aproveitou a passagem para conversar com o executivo e entender melhor sua estratégia de atuação.

Há alguma dificuldade em falar sobre esporte para públicos tão diversos mundo afora? Ou a forma de se falar sobre o esporte, além do acompanhamento dos resultados, acaba sendo homogênea?

Falando especificamente do 90min, o futebol tem uma temática global, as mesmas regras, ligas e campeonatos por todo o mundo. Mas, por outro lado, cada país tem suas especificidades. Cada comunidade de torcedores tem sua nuance. Então é justamente aí que nós nos destacamos. Nós produzimos 15 mil matérias/peças de conteúdo por mês em 12 línguas diferentes. São todas peças de conteúdo original, sem nenhuma tradução, produzido sob medida para o torcedor local. A nossa tecnologia de publicação digital própria nos permite produzir este conteúdo em escala via nossos cinco newsrooms pelo mundo, incluindo o de São Paulo. É muito importante reconhecer que cada país, cidade e torcida tem suas características próprias. Isto faz toda a diferença.

-(Divulgação Minute Media/Divulgação)

Dentro do cenário multi-tela atual, o 90min se percebe como prioritariamente uma ferramenta de conteúdo, ou seja, os usuários a priorizam na busca por informações sobre o esporte, ou como uma tela prioritária de consulta aos resultados esportivos dos mais diversos países?

Nós oferecemos dados e resultados esportivos, mas isto é praticamente uma commodity e não é nosso foco. Nossa prioridade é usar nosso produto para criar conteúdo único e genuíno para a nova geração de torcedor de futebol. Conteúdo único de torcedor para torcedor. A nova geração de torcedores consome o futebol de maneira diferente, segue vários clubes e campeonatos, tem mais interesse pelo futebol internacional, foca nas estrelas mundiais, e dá valor à opinião de outros torcedores. Porém, a maior diferença é o consumo de conteúdo opinativo. O torcedor brasileiro se importa pela opinião do outro, dos demais torcedores. Então além de falarmos do dia a dia do jogador e do time, nós focamos no dia a dia do fã do futebol. É claro que oferecemos dados e resultados, breaking news, análises pré e pós jogo. Todos fazem e precisam disso. Mas nós queremos representar a voz do torcedor da nova geração e produzimos prioritariamente conteúdo que seja relevante.

Em um ambiente digital cada vez mais forte e competitivo, o que tem sido mais importante para a 90min: o foco no conteúdo que produz ou o formato apresentado para esse conteúdo? A plataforma hoje é tão relevante quanto o conteúdo?

Sim, a plataforma é tão relevante quanto o conteúdo. Nós encontramos o tom de voz ideal para aquele mercado, produzimos conteúdo de uma forma rápida, ágil e em diferentes formatos que atraem os torcedores. A nossa filosofia é estarmos onde os torcedores estão: na arquibancada, nas fan pages de clubes - redes sociais, em outras mídias. Porém usamos estas plataformas para convidar os torcedores para a nossa casa: o site 90min. E ali que interagimos com os usuários de diversas formas e com produtos próprios que têm índices de interação de 5-10%, muito acima da média. Usamos isto também como contrapartida comercial, é claro. A maioria dos publishers se tornaram dependentes das redes sociais para conseguir aumentar sua audiência e interagir com o seu público, porém as mudanças recentes nestas redes têm impactado muito o tráfego destas mídias. Nós decidimos depender das nossas próprias tecnologias e que estão sendo desenvolvidas e aprimoradas desde nosso nascimento, em 2011, em Tel Aviv. Acreditamos que nós temos que ter controle da experiência do nosso usuário.

Quais os planos da Minute Media especificamente para o mercado brasileiro?

Estamos construindo a nossa marca no Brasil. Esse foi nosso foco nos últimos três anos, quando iniciamos nossa operação por aqui. E agora, para os próximos três anos, nós queremos levar nossa marca para outro nível no mercado brasileiro. Recentemente fizemos três importantes aquisições no EUA, nas áreas de esporte e entretenimento. Nossa plataforma de tecnologia permite a fácil integração destas novas marcas e sites fazendo com que aumente a eficiência e escala. Nossa audiência já superou os 100 milhões de usuários únicos globalmente, mas isto é só o começo. Agora estamos investindo em outros mercados e esperamos que o Brasil seja o próximo no sentido de aquisição. O Brasil, por ser um dos centros do futebol mundial, é um mercado prioritário para a Minute Media. Queremos também crescer nossa equipe local e trazer também outras marcas do grupo Minute Media para o mercado brasileiro. Por enquanto, temos apenas o 90min aqui. Mas queremos trazer outras, como por exemplo o DBLTAP (e-sports) e The Big Lead (que faz cobertura dos esportes americanos: NBA, NFL, MLB). São planos concretos para os próximos anos. Acreditamos muito na nossa expansão e crescimento, e nossos investidores também. Não à toa acabam de investir mais 40M de USD na Minute Media, em um total mais de 100M de USD investidos.

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