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Os desafios fotográficos com Jogos na era do tempo real

Conversamo com Mike Heiman, Chefe de Operações Editoriais da Getty Images

TOKYO, JAPAN - JULY 21: Takuya Haneda of Team Japan during training at the Kasai Canoe Slalom Center ahead of the Tokyo 2020 Olympic Games on July 21, 2021 in Tokyo, Japan. (Photo by Adam Pretty/Getty Images) (Adam Pretty/Getty Images)
TOKYO, JAPAN - JULY 21: Takuya Haneda of Team Japan during training at the Kasai Canoe Slalom Center ahead of the Tokyo 2020 Olympic Games on July 21, 2021 in Tokyo, Japan. (Photo by Adam Pretty/Getty Images) (Adam Pretty/Getty Images)
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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 14 de agosto de 2021 às, 11h56.

O consumo do Esporte está em processo de mudança intensa mundo afora. Consumimos em multitela e esse processo parece irreversível. Nesse contexto, os registros fotográficos de eventos esportivos, antes feitos para jornais e revistas, com tempo maor para edição e consumo, agora precisam trabalhar num cenário de imediatismo. Isso exige adapatações de trabalho e estrutura mais ágil pra entrega. 

Pra entender esses desafios, conversamos com Mike Heiman, Chefe de Operações Editoriais da Getty Images. Além de uma galeria com fotos lindas e marcantes, esclarcimentos importantes sobre essa nova realidade na seqência.

A tecnologia permite avanços na qualidade dos registros e, também, pressuponho, na quantidade. Ao longo de todo evento, qual o volume de fotografias feitas e qual o percentual disso ganha “relevância editorial” mundo afora? Qual o tamanho da estrutura montada pela Getty para esse trabalho?

Como empresa de fotografia oficial do Comitê Olímpico Internacional, a Getty Images passa dois anos se preparando para os Jogos Olímpicos. Para se preparar, nossa equipe de Operações Editoriais passa cabos, instala câmeras remotas em telhados, subaquáticas e nos estandes de locais que permitem aos fotógrafos tirar uma foto e publicá-la em nosso site em menos de 30 segundos. Cobrimos tudo nas Olimpíadas, normalmente isso significa que estamos capturando cerca de 2 milhões de imagens. Cerca de 100.000 dessas imagens são distribuídas em nosso site para clientes em todo o mundo.

A instantaneidade vem sendo um requisito fundamental do trabalho desenvolvido. Qual o tempo entre o registro da fotografia e sua disponibilização nas plataformas para uso? 

Graças aos avanços na tecnologia da Getty Images e aos meses de preparação de nossa equipe, durante grandes eventos como a final dos 100 Metros rasos, por exemplo, nossos fotógrafos podem tirar uma imagem e disponibilizá-la em nosso site em menos de 30 segundos.

Os Jogos tem absorvido como modalidades atividades esportivas mais conectadas com o público jovem, como Surf e Skate e em breve Break Dance. É um desafio também “rejuvenescer” os registros fotográficos para alcançar novos públicos? 

Certamente, os novos esportes dos Jogos Olímpicos são emocionantes e convidam uma geração mais jovem a assistir ao torneio. Na Getty Images, nosso trabalho é fazer fotografias impressionantes e criativas que contextualizem os feitos incríveis dos atletas que vemos durante as Olimpíadas. Seja a fotógrafa da equipe Maddie Meyer cobrindo o Saltos Ornamentais ou o fotógrafo Patrick Smith cobrindo a esgrima, nossos fotógrafos estão fazendo imagens que ressoam nos fãs ao redor do mundo. 

O evento, infelizmente, não teve público. O quanto isso fez com que a atmosfera local estive menos emotiva e, se sim, como transpassar isso aos registros feitos?

Obviamente, a falta de fãs tornou essas Olimpíadas um pouco diferentes. No entanto, como fotógrafos, os cenários e iluminações variadas devido a essas circunstâncias realmente criaram algumas fotos incríveis, como você pode ver nas imagens que fornecemos.