O desafio da comunicação dos clubes com concorrência tão diversa
Veículos de imprensa e canais de influência nas redes atraem atenções por trazer informações ainda não confirmadas, especulações e bastidores
Especialista em Gestão de Reputação e Crises no Esporte
Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 15h14.
Recentemente vi no LinkedIn uma discussão interessante sobre a baixa capacidade do clubes de futebol em deixar atraentes seus meios de comunicação além das redes sociais. Um dos fatos trazidos era que veículos de imprensa e formadores que cobrem os clubes alcançavam maior audiência e eram mais divertidos. Trata-se de um equilíbrio importante de ser alcançado pelos clubes mas, definitivamente, não está aí o problema.
A grande questão é que veículos de imprensa e canais de influência nas redes podem trazer informações ainda não confirmadas, especulações, bastidores. O canal oficial de um clube comunica apenas o que já é oficial, e é, portanto, mais formal e menos instigante. Já os veículos que fazem essa cobertura mais interessantes, porque analíticos e especulativos.
Há, ainda, outro ponto em discussão, sobre a diferença do jornalismo sério – que até pode abordar especulações, mas baseado em informações que consegue, e veículos caça-cliques. O preço por essa confusão entre jornalismo, opinião e análise, brincadeira, representantes de torcida está ficando cada vez mais caro. E está muito perto de se tornar impagável. Há, em tese, espaço para todos esses segmentos. Só não é aceitável tratar de um como se fosse outro. E de tanto misturar, aberrações seguem aparecendo.
Para piorar, dentro dos clubes, tem figuras que querem ser maiores que o clube em si. Porque se tem recados que não cabem na comunicação oficial do clube e precisam ser dados pelos seus Executivos, há tantos outros, e maioria, que devem estar necessariamente no perfil dos clubes.
É sempre muito ruim quando o canal oficial de um clube para comunicar importantes movimentações é um indivíduo, seja presidente, CEO, Diretor ou o que for. Canal oficial de comunicação de um clube precisa ser o próprio clube. Profissionais esclarecem, ponderam. Isso enfraquece o próprio clube nas redes, com fãs e patrocinadores, seja no alcance seja na relevância.
Porque se é necessário ter a coragem como ingrediente fundamental para uma boa comunicação no esporte, desenvolver conexão passional e presença, com muita transparência e agilidade, regados obviamente à sensibilidade, é fundamental. Um clube não pode querer comunicar como se fora um influenciador, porque em si reside – ou deveria residir – a instância máxima do que um torcedor precisa ter em sua paixão: confiança e credibilidade. Mas precisa lembrar sempre que para ser sério, jamais precisará ser chato.
Recentemente vi no LinkedIn uma discussão interessante sobre a baixa capacidade do clubes de futebol em deixar atraentes seus meios de comunicação além das redes sociais. Um dos fatos trazidos era que veículos de imprensa e formadores que cobrem os clubes alcançavam maior audiência e eram mais divertidos. Trata-se de um equilíbrio importante de ser alcançado pelos clubes mas, definitivamente, não está aí o problema.
A grande questão é que veículos de imprensa e canais de influência nas redes podem trazer informações ainda não confirmadas, especulações, bastidores. O canal oficial de um clube comunica apenas o que já é oficial, e é, portanto, mais formal e menos instigante. Já os veículos que fazem essa cobertura mais interessantes, porque analíticos e especulativos.
Há, ainda, outro ponto em discussão, sobre a diferença do jornalismo sério – que até pode abordar especulações, mas baseado em informações que consegue, e veículos caça-cliques. O preço por essa confusão entre jornalismo, opinião e análise, brincadeira, representantes de torcida está ficando cada vez mais caro. E está muito perto de se tornar impagável. Há, em tese, espaço para todos esses segmentos. Só não é aceitável tratar de um como se fosse outro. E de tanto misturar, aberrações seguem aparecendo.
Para piorar, dentro dos clubes, tem figuras que querem ser maiores que o clube em si. Porque se tem recados que não cabem na comunicação oficial do clube e precisam ser dados pelos seus Executivos, há tantos outros, e maioria, que devem estar necessariamente no perfil dos clubes.
É sempre muito ruim quando o canal oficial de um clube para comunicar importantes movimentações é um indivíduo, seja presidente, CEO, Diretor ou o que for. Canal oficial de comunicação de um clube precisa ser o próprio clube. Profissionais esclarecem, ponderam. Isso enfraquece o próprio clube nas redes, com fãs e patrocinadores, seja no alcance seja na relevância.
Porque se é necessário ter a coragem como ingrediente fundamental para uma boa comunicação no esporte, desenvolver conexão passional e presença, com muita transparência e agilidade, regados obviamente à sensibilidade, é fundamental. Um clube não pode querer comunicar como se fora um influenciador, porque em si reside – ou deveria residir – a instância máxima do que um torcedor precisa ter em sua paixão: confiança e credibilidade. Mas precisa lembrar sempre que para ser sério, jamais precisará ser chato.