Nordeste: novo campeão brasileiro de planejamento
É possível encontrar esportes sendo praticados profissionalmente em todos os estados do Brasil. Em função do futebol e considerando a probabilidade, é natural pensar que os principais exemplos de gestão vêm do Sudeste ou do Sul do país. Pois o último fim de semana mostrou que o Nordeste tem muito a ensinar. O principal exemplo vem do basquete feminino, mais especificamente do Sport Club Recife, campeão da última edição da […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 12h30.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h04.
É possível encontrar esportes sendo praticados profissionalmente em todos os estados do Brasil. Em função do futebol e considerando a probabilidade, é natural pensar que os principais exemplos de gestão vêm do Sudeste ou do Sul do país. Pois o último fim de semana mostrou que o Nordeste tem muito a ensinar.
O principal exemplo vem do basquete feminino, mais especificamente do Sport Club Recife, campeão da última edição da Liga de Basquete Feminino (LBF). Após três anos de ausência, o clube voltou à competição. Chegar a disputar a final já era um feito inédito a ser alcançado. Mas a equipe competentemente montada foi além e conquistou o título.
O investimento para a temporada atinge R$ 1,5 milhão e tem a contribuição da Secretaria de Educação e Esporte de Pernambuco (Estadual) e da prefeitura de Recife, com a Secretaria de Esportes. Mas o clube entendeu que além de investimentos, planejar era necessário. Porque se planejamento não garante a conquista de um título, garante a certeza de disputá-lo.
“Quando houve a decisão pela volta, com a filiação à Liga em 2011, passamos um ano nos preparando. Temos uma equipe multidisciplinar completa, apoio de academia e hospital, e agora vamos trazer piso flutuante para a quadra, tabelas internacionais” aponta o vice-presidente de Esportes Amadores do clube, Yuri Romão.
Transformar um dos clubes mais tradicionais do Brasil em campeão nacional de basquete feminino exigiu empenho e cuidados especiais com a logística, já que a maioria dos demais times da competição está na “metade de baixo” do território brasileiro. E o Sport ainda não era um clube tradicional na modalidade. Mas o título conquistado na manhã do último sábado de forma inédita e invicta mostra que o planejamento é um dos melhores amigos da gestão profissional no esporte. Mas o clube quer ainda mais. “O time de basquete feminino não será desmontado. E também queremos colocar o basquete masculino para disputar o título brasileiro”, acrescenta Romão.
E quando toda a parte de gestão faz sua parte, a torcida retribui. As imagens do Ginásio Jorge Maia, na capital pernambucana, durante o jogo de sábado contra o time de Americana/SP são impressionantes!
Esse cuidado com quem vai a um evento esportivo remete ao segundo exemplo que vem do Nordeste. A inauguração da Itaipava Arena Fonte Nova na Bahia no último domingo foi espetacular, como merece o público que prestigia o esporte. Um evento com música, conforto e tendo como grande prioridade os torcedores. Como deveria ser sempre, não apenas em estreias. As falhas ficaram por conta de alguns lugares no estádio que não tinham plena visão do gramado. Mas os pontos, como prometido por quem administra o novo estádio, serão devidamente adequados.
Porque falhar é admissível. O que não se admite é ignorar as falhas e fazer com que as pessoas que vão a um estádio ou ginásio se acostumem com isso. O público quer se acostumar a ser bem tratado, ser respeitado, ver seus clubes planejando bem a participação de suas equipes nos campeonatos que disputarem, nas mais diversas modalidades. O público quer ter retribuída a paixão que o movimenta. E o esporte só subirá de patamar no Brasil quando lembrar de quem dele nunca esquece. O Nordeste mostrou ao Brasil nos últimos dias que pode dar o exemplo de como se portar nesse novo momento e estar na “metade de cima” do país muito além do simplório olhar geográfico.
É possível encontrar esportes sendo praticados profissionalmente em todos os estados do Brasil. Em função do futebol e considerando a probabilidade, é natural pensar que os principais exemplos de gestão vêm do Sudeste ou do Sul do país. Pois o último fim de semana mostrou que o Nordeste tem muito a ensinar.
O principal exemplo vem do basquete feminino, mais especificamente do Sport Club Recife, campeão da última edição da Liga de Basquete Feminino (LBF). Após três anos de ausência, o clube voltou à competição. Chegar a disputar a final já era um feito inédito a ser alcançado. Mas a equipe competentemente montada foi além e conquistou o título.
O investimento para a temporada atinge R$ 1,5 milhão e tem a contribuição da Secretaria de Educação e Esporte de Pernambuco (Estadual) e da prefeitura de Recife, com a Secretaria de Esportes. Mas o clube entendeu que além de investimentos, planejar era necessário. Porque se planejamento não garante a conquista de um título, garante a certeza de disputá-lo.
“Quando houve a decisão pela volta, com a filiação à Liga em 2011, passamos um ano nos preparando. Temos uma equipe multidisciplinar completa, apoio de academia e hospital, e agora vamos trazer piso flutuante para a quadra, tabelas internacionais” aponta o vice-presidente de Esportes Amadores do clube, Yuri Romão.
Transformar um dos clubes mais tradicionais do Brasil em campeão nacional de basquete feminino exigiu empenho e cuidados especiais com a logística, já que a maioria dos demais times da competição está na “metade de baixo” do território brasileiro. E o Sport ainda não era um clube tradicional na modalidade. Mas o título conquistado na manhã do último sábado de forma inédita e invicta mostra que o planejamento é um dos melhores amigos da gestão profissional no esporte. Mas o clube quer ainda mais. “O time de basquete feminino não será desmontado. E também queremos colocar o basquete masculino para disputar o título brasileiro”, acrescenta Romão.
E quando toda a parte de gestão faz sua parte, a torcida retribui. As imagens do Ginásio Jorge Maia, na capital pernambucana, durante o jogo de sábado contra o time de Americana/SP são impressionantes!
Esse cuidado com quem vai a um evento esportivo remete ao segundo exemplo que vem do Nordeste. A inauguração da Itaipava Arena Fonte Nova na Bahia no último domingo foi espetacular, como merece o público que prestigia o esporte. Um evento com música, conforto e tendo como grande prioridade os torcedores. Como deveria ser sempre, não apenas em estreias. As falhas ficaram por conta de alguns lugares no estádio que não tinham plena visão do gramado. Mas os pontos, como prometido por quem administra o novo estádio, serão devidamente adequados.
Porque falhar é admissível. O que não se admite é ignorar as falhas e fazer com que as pessoas que vão a um estádio ou ginásio se acostumem com isso. O público quer se acostumar a ser bem tratado, ser respeitado, ver seus clubes planejando bem a participação de suas equipes nos campeonatos que disputarem, nas mais diversas modalidades. O público quer ter retribuída a paixão que o movimenta. E o esporte só subirá de patamar no Brasil quando lembrar de quem dele nunca esquece. O Nordeste mostrou ao Brasil nos últimos dias que pode dar o exemplo de como se portar nesse novo momento e estar na “metade de cima” do país muito além do simplório olhar geográfico.