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Lojas oficiais de clubes inovam e vão além da venda

Para alcançar os fãs, as lojas do esporte se reinventam com eventos e ídolos

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 31 de maio de 2017 às, 17h23.

Última atualização em 1 de junho de 2017 às, 09h52.

Passou o tempo em que as lojas oficiais de clubes de futebol tinham a preocupação apenas de vender produtos e em encher os cofres. Nos últimos anos, tem sido cada vez mais frequente a interação com os clientes, tanto por meio de eventos e ações quanto na aproximação com ídolos da história do clube.

As lojas de Palmeiras (Academia Store), Santos (Santos Store) e Fluminense (Fluminense FC), por exemplo, se tornaram adeptas deste tipo de operação. As seis lojas oficiais do Santos em São Paulo lançarão nesta quinta-feira, dia 01, de forma simultânea, o uniforme 2 de jogo, contando com a presença dos atletas Ricardo Oliveira, Renato, Vitor Bueno, Lucas Lima, Victor Ferraz, David Braz, o técnico Dorival Jr., entre outros. Além de Santos, o evento acontece a partir das 20h nas lojas Rua Augusta e nos shoppings Metro Tatuapé, Campo Limpo, Guarulhos e SBC.

"Temos sempre a preocupação de ser uma via de mão dupla. Mais do que trazer o cliente para dentro dos nossos estabelecimentos, temos o dever de também oferecer algo em troca, seja com alguma experiência marcante, seja aproximando o torcedor cada vez mais para dentro da vida do seu clube de coração", conta Márcio Bueno, gerente de marketing da Meltex Franchising, empresa que administra as lojas do clube, ao Esporte Executivo.

No Palmeiras, ações envolvendo jogadores do atual elenco e ex-atletas são corriqueiras. Desde 2013, foram promovidos mais de 200 eventos, como um churrasco com o ex-goleiro Marcos na Academia de Futebol, viagem para a Itália com tudo pago, lançamento de livros e produtos e mesa redonda com jornalistas e ex-atletas. Neste ano, um dos principais eventos da Academia Store tem sido o tour do livro do ídolo Evair, que até o final de 2017 deverá ter passado por mais de 10 estabelecimentos. Além disso, a Academia Store tem promovido em todos os jogos a ida de clientes para o camarote localizado no Allianz Parque, com conforto, segurança e alimentação inclusa, além de, ao final, ter acesso próximo ao vestiário para tirar fotos e conseguir autógrafos com o elenco palmeirense.

Já na Ponte Preta, Fabiana Fantini, do departamento de marketing do clube, aponta para um caminho de experiências inesquecíveis para o torcedor. “Acredito que a existência de uma loja oficial passa pela venda de produtos e disponibilidade de um leque cada vez maior de produtos. Por outro lado, é preciso um algo a mais quando falamos da realidade atual. A Ponte Preta tem como premissa promover ações cada vez mais atrativas e inesquecíveis, para os sócios-torcedores, clientes e público em geral. Por isso, a importância de sempre inovar".

Para Mozart Neto, especialista em marketing esportivo e diretor da CSM (Chime Sports Marketing), as lojas oficiais já ocupam um papel muito importante, especialmente quando associadas aos programas de sócio-torcedor de alguns times. "Desde descontos exclusivo para associados até o trabalho de venda dos planos de assinaturas, os estabelecimentos são um importante ponto de contato com os sócios e público em geral", aponta.

O caminho, obviamente, simples não é. Mas é possível que no Brasil, mesmo em mercados não prioritários do esporte, encontremos alternativas. Não é preciso ser o maior clube para vender. É preciso que os clubes entendam seu tamanho e potência, mesmo que fortes regionalmente, e saibam alcançar seus consumidores. Não é de portas fechadas ou apenas esperando que do céu caiam, que alcançarão.