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VP deixa UFC para fazer o surfe crescer. Confira a entrevista

Joe Carr anunciou nesta terça-feira, 15, que passa a ser o novo Líder de Estratégia Internacional da WSL (World Surf League)

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 15 de agosto de 2017 às, 16h33.

Última atualização em 15 de agosto de 2017 às, 21h44.

O até então vice-presidente sênior internacional do UFC, Joe Carr, deixou a organização. O destino, a princípio improvável, se mostra desafiador: a WSL (World Surf League) para ser o mais novo líder de estratégia internacional da Liga. Em parceria com o time sênior de gestão, ele ficará responsável por supervisionar a estratégia da Liga, o desenvolvimento corporativo, e a execução internacional de operações, vendas, eventos e desenvolvimento de atletas. Carr se junta a WSL após passagem pelo Ultimate Fighting Championship (UFC), onde ele dirigiu a estratégia global da empresa, operações e negócios de mídia.

Em seu novo papel na WSL, Carr irá liderar a estratégia e execução do negócio internacional da Liga. Após o anúncio feito, Carr falou com exclusividade no Brasil ao blog Esporte Executivo, e garantiu ver semelhanças nos desafios anterior e atual: “olhar para o esporte como um ambiente capaz de satisfazer patrocinadores, parceiros, atletas e, principalmente, os fãs”. Carr sabe que o novo projeto exigirá dele atenção às novas perspectivas: “O surfe está em crescimento no mundo inteiro e isso é ainda mais nítido no Brasil. É preciso pensar em contínua inovação digital”.

- (UFC/Divulgação)

Perguntado pelo blog sobre similaridades no trabalho de imagem de lutadores e surfistas, Carr aponta a atenção que pretende dar aos seus atletas: “Minha prioridade é valorizar os surfistas e fazer eles se tornarem ídolos no Brasil, como conquistamos com os lutadores no UFC. É fundamental que criemos uma plataforma de interação deles com nossos parceiros e fãs. Vejo um time de atletas incríveis! ”. Ainda para este questionamento, apontou que uma de suas principais prioridades “é desenvolver a presença durante todo o ano da marca da WSL e demonstrar ao mercado a força e o potencial do surfe. ”

Sobre a diferença geográfica do antigo trabalho, que pode ter um octógono e academias em toda e qualquer cidade do mundo, para o atual, que depende do mar para a prática, Carr apontou que o caminho é uma maior integração com a Kelly Slater Wave Co. Ou seja, haverá a busca pela implementação de ondas artificiais nos principais pontos do mundo. No Brasil, deve começar por São Paulo. “Queremos encontrar piscinas onde possamos desenvolver ondas artificiais e atrair fãs e novos atletas para fortalecer a WSL, ”, apontou de forma estratégia Carr.

Quando o blogueiro finalizou apontando que sua experiência poderia ser crucial para o crescimento e ainda maior profissionalismo do surfe, Carr encerrou: “poucos esportes têm uma base de fãs global e apaixonada e um componente de estilo de vida que se estende para além da competição. Tenho a chance de liderar os esforços de expansão da Liga e fazer da WSL uma marca globalmente conhecida. E o Brasil é peça chave nisso”.