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Eurico, o cara com a cara do futebol no Brasil

Dirigente esteve longe de ser o melhor. Mas ainda mais longe de ser o retrato solitário do que há de pior na gestão do nosso futebol

 (Vasco da Gama/Divulgação)
(Vasco da Gama/Divulgação)
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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 12 de março de 2019 às, 14h12.

Última atualização em 12 de março de 2019 às, 14h14.

Eurico Miranda sempre gritou amar o Vasco da Gama. Cada um ama e demonstra seu amor de forma diferente. Com sua forma, Eurico arrebatou parceiros e inimigos dentro e fora do clube.

Eurico esteve longe de ser o maior gestor do futebol brasileiro. Mesmo os vascaínos reconhecem acertos e muitos erros. Mas Eurico esteve longe também, e é preciso que seja dito, de ser a exceção negativa no futebol brasileiro. Para o que tivemos e ainda temos aqui, ao longo de década, Eurico pode ter sido pior, mas não puxa sozinho a curva pra baixo. A gestão do futebol no Brasil ainda é ruim.

Eurico soube ser um personagem, o que é um mérito. O triste é que foi um personagem ruim. Eurico conseguia ser carismático (quando queria) para o público e até imprensa. Mas era difícil querer. Parte dos atletas que jogou com ele tem só elogios. O que dá o tom que o que ele era pra dentro do clube nem sempre era o que demonstrava publicamente.

Eurico errou. Eurico acertou. Mas Eurico soube se construir Eurico, dominou a arte de construir sua reputação, seja ela qual for e pra quem for, no Esporte. Agora, cabe à sua família e aos amigos próximos terem orgulho ou não do que foi por ele construído.