Espanholização do Brasileirão? LaLiga desempenha e escancara abismo
Liga espanhola apresenta relatório com números bastante positivos e distantes do que praticamos em nosso camponato nacional
Vinicius Lordello
Publicado em 15 de maio de 2019 às 08h40.
Última atualização em 15 de maio de 2019 às 09h30.
Durante muito tempo (e quiçá, até os dias atuais) muitos debatem sobre a espanholização do Brasileirão. O que não falamos é que, embora tenha-se preocupações naturais em relação à competitividade, no aspecto de gestão, os espanhóis tem nos dado um banho.
Na última temporada (2017/18), os clubes da LaLiga registraram uma receita de € 4,479 bilhões, representando um crescimento de 20,6% em relação à temporada anterior, segundo relatório apresentado pela Liga. Trata-se da maior variação anual positiva nos últimos anos. O lucro operacional bruto (EBITDA) da LaLiga foi de € 945 milhões, o lucro operacional (EBIT) foi de € 325 milhões e o lucro líquido do ano foi de € 189 milhões. São os melhores resultados financeiros na história da competição.
A temporada 2017/18 teve dois novos fatores que contribuíram bastante para os resultados: receita comercial e receita de transferências. Estes agora assumiram um papel central, juntamente com as receitas de transmissão como principais impulsionadores do crescimento anual. No caso das receitas comerciais (sem incluir o volume de negócios da publicidade), o aumento anual foi de 34,1%, representando um volume de negócios de 838 milhões de euros, o que é demonstra que os clubes espanhóis tem se tornado cada vez mais atrativos para patrocinadores.
Já no caso das receitas das transferências de jogadores (ou seja, o preço de venda), o aumento anual de 104,3% permitiu que o volume de negócios duplicasse num único ano. A entrada de 1,018 bilhão de euros é significativa acerca da capacidade dos clubes espanhóis de promover boas transações.
O volume de negócios de transmissão recebido pelos clubes conseguiu ultrapassar pela primeira vez a marca de € 1,5bi e irá aumentar a partir da temporada 2019/20, em resultado do novo ciclo negociado para o mercado nacional e dos acordos internacionais assinados. LaLiga também analisou dois grupos especiais para análises financeiras internas, Netted LaLiga e Netted LaLiga Santander, que excluem os dois maiores clubes, Real Madrid e Barcelona. Ambos os agrupamentos estão mostrando um rápido nível de convergência em termos de receita. Em termos relativos, alguns índices ou proporções são ainda melhores. Isso orienta para um negócio cada vez mais sustentável a longo prazo.
LaLiga ainda destina cerca de 2,0% de seu faturamento para projetos de responsabilidade social corporativa, um montante significativamente maior do que a maioria das empresas e indústrias de natureza similar. Isso permite o desenvolvimento de iniciativas pioneiras mencionadas no relatório, que continuam a ser uma imensa fonte de orgulho.
No geral, os clubes da LaLiga criam uma indústria de futebol profissional que produz um impacto sobre o PIB nacional equivalente a 1,37% e que, direta ou indiretamente, emprega cerca de 185.000 pessoas (0,98% da população média empregada na Espanha no ano passado). A isto podem ser adicionados os mais de 4 mil milhões de euros que a LaLiga contribui para os cofres do Estado sob a forma de impostos. Que pena não estarmos “sofrendo” dessa espanholização no Brasileirão.
Durante muito tempo (e quiçá, até os dias atuais) muitos debatem sobre a espanholização do Brasileirão. O que não falamos é que, embora tenha-se preocupações naturais em relação à competitividade, no aspecto de gestão, os espanhóis tem nos dado um banho.
Na última temporada (2017/18), os clubes da LaLiga registraram uma receita de € 4,479 bilhões, representando um crescimento de 20,6% em relação à temporada anterior, segundo relatório apresentado pela Liga. Trata-se da maior variação anual positiva nos últimos anos. O lucro operacional bruto (EBITDA) da LaLiga foi de € 945 milhões, o lucro operacional (EBIT) foi de € 325 milhões e o lucro líquido do ano foi de € 189 milhões. São os melhores resultados financeiros na história da competição.
A temporada 2017/18 teve dois novos fatores que contribuíram bastante para os resultados: receita comercial e receita de transferências. Estes agora assumiram um papel central, juntamente com as receitas de transmissão como principais impulsionadores do crescimento anual. No caso das receitas comerciais (sem incluir o volume de negócios da publicidade), o aumento anual foi de 34,1%, representando um volume de negócios de 838 milhões de euros, o que é demonstra que os clubes espanhóis tem se tornado cada vez mais atrativos para patrocinadores.
Já no caso das receitas das transferências de jogadores (ou seja, o preço de venda), o aumento anual de 104,3% permitiu que o volume de negócios duplicasse num único ano. A entrada de 1,018 bilhão de euros é significativa acerca da capacidade dos clubes espanhóis de promover boas transações.
O volume de negócios de transmissão recebido pelos clubes conseguiu ultrapassar pela primeira vez a marca de € 1,5bi e irá aumentar a partir da temporada 2019/20, em resultado do novo ciclo negociado para o mercado nacional e dos acordos internacionais assinados. LaLiga também analisou dois grupos especiais para análises financeiras internas, Netted LaLiga e Netted LaLiga Santander, que excluem os dois maiores clubes, Real Madrid e Barcelona. Ambos os agrupamentos estão mostrando um rápido nível de convergência em termos de receita. Em termos relativos, alguns índices ou proporções são ainda melhores. Isso orienta para um negócio cada vez mais sustentável a longo prazo.
LaLiga ainda destina cerca de 2,0% de seu faturamento para projetos de responsabilidade social corporativa, um montante significativamente maior do que a maioria das empresas e indústrias de natureza similar. Isso permite o desenvolvimento de iniciativas pioneiras mencionadas no relatório, que continuam a ser uma imensa fonte de orgulho.
No geral, os clubes da LaLiga criam uma indústria de futebol profissional que produz um impacto sobre o PIB nacional equivalente a 1,37% e que, direta ou indiretamente, emprega cerca de 185.000 pessoas (0,98% da população média empregada na Espanha no ano passado). A isto podem ser adicionados os mais de 4 mil milhões de euros que a LaLiga contribui para os cofres do Estado sob a forma de impostos. Que pena não estarmos “sofrendo” dessa espanholização no Brasileirão.