Dibradoras e a indispensável presença das mulheres (também) no Esporte
Conversa com Angélica Souza, co-fundadora do grupo que é voz fundamental sobre a a participação ampla das mulheres no esporte
Publicado em 3 de julho de 2020 às, 08h49.
Última atualização em 3 de julho de 2020 às, 11h22.
O esporte passa por enormes transformações. Algumas delas típicas e perfeitamente ajustadas ao momento em que vivemos. Outras transformações, contudo, se apresentam com enorme atraso. O protagonismo que vem sendo conquistado pelas mulheres, com muito esforço, frisa-se, é um deles. É notório que vivemos em um ambiente esportivo que, ainda em sua esmagadora maioria das vezes, prioriza os homens na transmissão de eventos, na gestão, no desenvolvimento técnico e, entre outros aspectos, um dos mais importantes, o financeiro.
Ainda bem que temos vozes, cada vez mais potentes e essenciais, para nos lembrar dessas diferenças. O Esporte Executivo dessa semana entrevista Angélica Souza, co-fundadora do Canal Dibradoras. Este que vos escreve é fiel seguidor de seus conteúdos, fundamentalmente os escritos. É um aprendizado constante. E as tais vozes potentes tem chegado, felizmente, à cada vez mais pessoas. Para se ter ideia, o podcast das Dibradoras tem uma importante média mensal de 10 mil downloads e, claro, parte desse público não consome o conteúdo sozinho. No Instagram, já são mais de 100 mil seguidores, com até 10 mil pessoas alcançadas organicamente, além dos “publiposts”. No Twitter, caminham para os 50 mil seguidores.
As Dibradoras conseguem tratar sobre assuntos relevantes com um olhar que, lamentavelmente, ainda precisa ser fortalecido. Conversam diretamente com quem se interessa pela presença das mulheres no esporte, não apenas atletas, mas dirigentes, profissionais de áreas técnicas e de gestão do esporte, mulheres que atuam na imprensa cobrindo esporte, etc. Trata-se de um conteúdo sobre mulheres no esporte sempre, não apenas em datas, diante de campeonatos ou vitórias. Afinal, como elas mesmas afirmam, as mulheres não são anexo do esporte masculino.
Na conversa, falamos sobre investimentos, exposição, inserção e equilíbrio profissional e sobre assuntos importante de serem debatidos, como a comparação de recordes entre homens e mulheres na mesma modalidade e, inclusive, o caso da jogadora Tifanny no vôlei. Enfim, me calo. Porque fundamental é ouvi-las. Com vocês, Angélica Souza, das Dibradoras.