Contratação de japonês pelo Palmeiras ainda é rara no Brasil
Dificuldades de adaptação e burocracia, além de questões culturais e técnicas, estão entre as observações principais
Vinicius Lordello
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 09h11.
Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 09h11.
Nesta semana, o Palmeiras anunciou Daiju Sasaki, meia-atacante japonês de 18 anos do Vissel Kobe, inicialmente para atuar nas categorias de base, mas com a possibilidade de aparecer na equipe principal. Pelo o que corre nos bastidores, a vinda do atleta é uma estratégia de marketing e negócios, já que o dono do clube japonês é o bilionário empresário Hiroshi Mikitani, dono de diferentes empresas pelo mundo, entre elas, a Rakuten, patrocinadora do Barcelona.
Os mercados asiático e africano ainda são pouco explorados pelas agremiações brasileiras. Atualmente, apenas cinco estão em equipes profissionais do país: Aaron Ibilola, do Benim, e Yaya Banhoro, de Burkina Faso (Ponte Preta), Yerien Richmind, da Nigéria (Imperatriz-MA), Zhang Yuanshu, da China (Desportivo Brasil-SP) e "Toshi" Tashiya Tojo, do Japão (Inter de Lages emprestado pelo Avaí).
Pela proximidade dos mercados, o sul-americano ainda é a primeira fronteira de expansão de marca para os clubes brasileiros. Para Danyel Braga, diretor de novos negócios da CSM Golden Goal, empresa de gestão e marketing esportivo, a visibilidade com a contratação de um profissional asiático só terá retorno se os clubes souberem capitalizar esse ativo: “A contratação de jogadores asiáticos ou africanos, principalmente se forem de renome ou com potencial crescimento, pode criar oportunidades. O impacto comercial e de mídia pode ir muito além do país de origem do jogador", explica.
De concreto, a relação do Brasil com o futebol africano a África ainda é pequena, mas existe um exemplo prático. O Atlético-PR é o único clube brasileiro a ter uma escola própria em continente africano. Desde julho de 2017, há exatamente um ano, o clube abriu uma escola própria no Quênia. A 'Escola Furacão' fica no vilarejo de Mugae, próximo à cidade de Meru, em parceria com a ONG Endeleza. Periodicamente, o Atlético-PR leva kits com uniformes, chuteiras, bolas e materiais de treinamento, para aproximadamente 250 crianças.
O ponto é que o Palmeiras tem agora uma grande oportunidade de atuação. O planejamento estratégico precisa ser estruturado considerando o real potencial que tem. Porque se a contratação tem também o viés mercadológico, que assim seja aproveitada. E, desde que o primeiro critério, o técnico, seja respeitado, não há mal algum nisso.
Nesta semana, o Palmeiras anunciou Daiju Sasaki, meia-atacante japonês de 18 anos do Vissel Kobe, inicialmente para atuar nas categorias de base, mas com a possibilidade de aparecer na equipe principal. Pelo o que corre nos bastidores, a vinda do atleta é uma estratégia de marketing e negócios, já que o dono do clube japonês é o bilionário empresário Hiroshi Mikitani, dono de diferentes empresas pelo mundo, entre elas, a Rakuten, patrocinadora do Barcelona.
Os mercados asiático e africano ainda são pouco explorados pelas agremiações brasileiras. Atualmente, apenas cinco estão em equipes profissionais do país: Aaron Ibilola, do Benim, e Yaya Banhoro, de Burkina Faso (Ponte Preta), Yerien Richmind, da Nigéria (Imperatriz-MA), Zhang Yuanshu, da China (Desportivo Brasil-SP) e "Toshi" Tashiya Tojo, do Japão (Inter de Lages emprestado pelo Avaí).
Pela proximidade dos mercados, o sul-americano ainda é a primeira fronteira de expansão de marca para os clubes brasileiros. Para Danyel Braga, diretor de novos negócios da CSM Golden Goal, empresa de gestão e marketing esportivo, a visibilidade com a contratação de um profissional asiático só terá retorno se os clubes souberem capitalizar esse ativo: “A contratação de jogadores asiáticos ou africanos, principalmente se forem de renome ou com potencial crescimento, pode criar oportunidades. O impacto comercial e de mídia pode ir muito além do país de origem do jogador", explica.
De concreto, a relação do Brasil com o futebol africano a África ainda é pequena, mas existe um exemplo prático. O Atlético-PR é o único clube brasileiro a ter uma escola própria em continente africano. Desde julho de 2017, há exatamente um ano, o clube abriu uma escola própria no Quênia. A 'Escola Furacão' fica no vilarejo de Mugae, próximo à cidade de Meru, em parceria com a ONG Endeleza. Periodicamente, o Atlético-PR leva kits com uniformes, chuteiras, bolas e materiais de treinamento, para aproximadamente 250 crianças.
O ponto é que o Palmeiras tem agora uma grande oportunidade de atuação. O planejamento estratégico precisa ser estruturado considerando o real potencial que tem. Porque se a contratação tem também o viés mercadológico, que assim seja aproveitada. E, desde que o primeiro critério, o técnico, seja respeitado, não há mal algum nisso.