Como a Nike tem atuado no caso Pistorius
O atleta sul-africano Oscar Pistorius não raramente é citado como o “Blade Runner” esportivo. O apelido existe porque utiliza próteses para correr, já que nasceu sem as fíbulas nas duas pernas. Mesmo com tais dificuldades, Pistorius foi o primeiro atleta duplo amputado a disputar provas de atletismo numa Olimpíada. Um grande destaque da Paraolimpíada que chegou à semifinal dos 400 metros da Olimpíada em 2012, em Londres. Conhecido no universo esportivo, é […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 04h33.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h09.
O atleta sul-africano Oscar Pistorius não raramente é citado como o “Blade Runner” esportivo. O apelido existe porque utiliza próteses para correr, já que nasceu sem as fíbulas nas duas pernas. Mesmo com tais dificuldades, Pistorius foi o primeiro atleta duplo amputado a disputar provas de atletismo numa Olimpíada. Um grande destaque da Paraolimpíada que chegou à semifinal dos 400 metros da Olimpíada em 2012, em Londres. Conhecido no universo esportivo, é ídolo em seu país.
Com esse perfil de superação, não foi difícil chamar a atenção da Nike. A empresa passou a patrociná-lo, transformando-o em seu garoto propaganda na África do Sul, com direito a anúncio na tv local. Na peça publicitária, o atleta, de tão rápido, é comparado a uma bala de revólver.
Na última quinta-feira, a polícia sul-africana efetuou a prisão de Pistorius, suspeito de ter assassinado sua namorada, a modelo e também celebridade no país Reeva Steenkamp, que foi encontrada na casa do esportista atingida justamente por quatro disparos de revólver.
É um caso de polícia e não do esporte. Logo, o blog comentará exclusivamente a ação da Nike.
Mesmo diante das investigações ainda feitas pela polícia, a Nike não titubeou e agiu rapidamente, retirando do ar, tanto do site do atleta como da tv, o anúncio que o mostrava correndo ao lado da frase “Eu sou uma bala no cano”.
Por qual motivo a empresa de material esportivo permitiria a continuidade de sua inapropriada exposição e, por que não, do ainda patrocinado (provavelmente por pouquíssimo tempo) Pistorius? Com a decisão de tirar a campanha do ar, a Nike não demonstra um arrependimento por tê-la feito, tampouco faz do ato um julgamento precipitado. Mas faz questão de se preservar, como recentemente fez em casos envolvendo o golfista Tiger Woods e o ciclista Lance Armstrong, em situações evidentemente menos violentas.
Há quem agora aponte o dedo para a Nike, questionando a agressividade do anúncio feito com Pistorius. A campanha, contudo, é boa. São as empresas que precisam estar atentas o tempo todo a seu público e à forma como se comunicam com ele. Evidentemente, isso também serve para aquelas que preferem trabalhar com campanhas menos ousadas.
Porque não foi o anúncio que gerou problema. Foi o problema que atingiu o anúncio. E a Nike, com perspicácia, o tirou de evidência. Rápida, como uma… empresa precisa ser.
O atleta sul-africano Oscar Pistorius não raramente é citado como o “Blade Runner” esportivo. O apelido existe porque utiliza próteses para correr, já que nasceu sem as fíbulas nas duas pernas. Mesmo com tais dificuldades, Pistorius foi o primeiro atleta duplo amputado a disputar provas de atletismo numa Olimpíada. Um grande destaque da Paraolimpíada que chegou à semifinal dos 400 metros da Olimpíada em 2012, em Londres. Conhecido no universo esportivo, é ídolo em seu país.
Com esse perfil de superação, não foi difícil chamar a atenção da Nike. A empresa passou a patrociná-lo, transformando-o em seu garoto propaganda na África do Sul, com direito a anúncio na tv local. Na peça publicitária, o atleta, de tão rápido, é comparado a uma bala de revólver.
Na última quinta-feira, a polícia sul-africana efetuou a prisão de Pistorius, suspeito de ter assassinado sua namorada, a modelo e também celebridade no país Reeva Steenkamp, que foi encontrada na casa do esportista atingida justamente por quatro disparos de revólver.
É um caso de polícia e não do esporte. Logo, o blog comentará exclusivamente a ação da Nike.
Mesmo diante das investigações ainda feitas pela polícia, a Nike não titubeou e agiu rapidamente, retirando do ar, tanto do site do atleta como da tv, o anúncio que o mostrava correndo ao lado da frase “Eu sou uma bala no cano”.
Por qual motivo a empresa de material esportivo permitiria a continuidade de sua inapropriada exposição e, por que não, do ainda patrocinado (provavelmente por pouquíssimo tempo) Pistorius? Com a decisão de tirar a campanha do ar, a Nike não demonstra um arrependimento por tê-la feito, tampouco faz do ato um julgamento precipitado. Mas faz questão de se preservar, como recentemente fez em casos envolvendo o golfista Tiger Woods e o ciclista Lance Armstrong, em situações evidentemente menos violentas.
Há quem agora aponte o dedo para a Nike, questionando a agressividade do anúncio feito com Pistorius. A campanha, contudo, é boa. São as empresas que precisam estar atentas o tempo todo a seu público e à forma como se comunicam com ele. Evidentemente, isso também serve para aquelas que preferem trabalhar com campanhas menos ousadas.
Porque não foi o anúncio que gerou problema. Foi o problema que atingiu o anúncio. E a Nike, com perspicácia, o tirou de evidência. Rápida, como uma… empresa precisa ser.