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Com bolsas de até 100%, DCEI leva jovens para estudar e jogar no exterior

Com valor distribuído em bolsas de estudo que ultrapassa R$ 16 milhões

O empreendedor Jorge de Sá criou, em 2018, o Departamento de Conexões Esportivas Internacionais (DCEI) (DCEI/Divulgação)
Vinicius Lordello

Especialista em Gestão de Reputação e Crises no Esporte

Publicado em 1 de setembro de 2023 às 12h16.

Última atualização em 1 de setembro de 2023 às 12h17.

Uma empresa que começou com investimento inicial de apenas R$ 900, hoje contabiliza mais de R$ 16 milhões em bolsas de estudos ofertadas. Para facilitar o acesso de jovens a bolsas de estudo para jogar e estudar no exterior, o empreendedor Jorge de Sá criou, em 2018, o Departamento de Conexões Esportivas Internacionais (DCEI). O DCEI já conseguiu mais de 950 propostas aprovadas para estudantes e atletas ingressarem nos EUA, Canadá e Europa. O projeto também inclui moradia, alimentação, estudos e esporte com estrutura completa.

Em 2022 foram mais de 150 atletas brasileiros de basquete, vôlei e futebol que conseguiram uma oportunidade em uma (ou mais) das 195 instituições de ensino e clubes parceiros do DCEI. “O principal diferencial do DCEI é a garantia de uma oferta de bolsa de 30%, independentemente do nível do atleta. Quanto melhor a preparação do jovem, maiores as chances de conseguir uma bolsa de 100%”, explica Jorge, acrescentando que em média, a cada 50 inscritos no projeto, o DCEI concede bolsa social a dois jovens.

Além de garantir oportunidades de estudos e esportes no exterior, a iniciativa desenvolve a alta performance física, acadêmica, mental e esportiva para que os jovens consigam uma bolsa maior. São oferecidos mentoria com médicos, nutricionista, fisioterapeuta e personal trainer, preparo esportivo e desenvolvimento do atleta, além de curso prático de inglês e espanhol.

Se o investimento inicial em 2018 foi de apenas R$ 900,00, é para se celebrar o faturamento alcançado em 2022, de R$ 2.5 milhões. Para 2023, a previsão faturamento é de R$ 9 milhões. O Esporte Executivo conversou de forma exclusiva com Jorge de Sá para compreender melhor o projeto:

Como veio a ideia de viabilizar o DCEI e quais os maiores desafios no início da trajetória?

A ideia veio da minha vontade de continuar trabalhando com esporte e poder ajudar pessoas a fazer o que fiz. Eu me senti muito impactado quando percebi que dava para conseguir uma proposta de bolsa de estudos para jogar, estudar e prosperar fora do país sem pagar R$ 200 mil para uma agência de intercâmbio. Quando voltei para o Brasil, parei de jogar e comecei a trabalhar como ator, iniciei uma busca incessante por oportunidades em que pudesse seguir a carreira artística, mas também trabalhando com esporte. Com o sucesso como comentarista no SporTV, criei o DCEI, assessoria por meio de bolsas acadêmicas que leva estudantes e atletas de basquete, futebol, vôlei, tênis e natação, entre 11 e 30 anos, para jogar e estudar em escolas de Ensino Médio, faculdades e pós-graduações fora do país.

O DCEI é um negócio que trabalha, de alguma forma, com sonhos. Como ter a sensibilidade do equilíbrio entre o pragmatismo e a relação com as pessoas?

Temos duas etapas que são fundamentais no programa. Primeiro, mandamos todas as possibilidades, materiais, contratos e contatos para que os responsáveis e os atletas, claramente antes de se empolgar, possam ter acesso a tudo e possam entender as dificuldades e as possibilidades, em quais aspectos precisam se esforçar e o que fica por nossa conta. Depois disso, antes de qualquer tipo de finalização com a família, fazemos uma reunião individual por meio de videoconferência para falar também sobre as dificuldades, os desafios e a necessidade do jovem estar 100% focado no objetivo e no sonho principal. Então, antes de iniciarmos o trabalho, compartilhamos todas as informações para que a família tenha total clareza que, de fato, é aquele sonho que vamos buscar.

Vocês têm ampliado o número de Universidades e países? Qual a variedade de destinos e os mais demandados?

Estamos trabalhando com colégios e universidades nos Estados Unidos, Canadá e Europa. A grande demanda e o nosso foco principal são as escolas de Ensino Médio nos Estados Unidos.

Você enxerga esse amadurecimento de mercado com Universidades no Brasil ou culturalmente estamos limitados?

Ainda estamos muito limitados em oferecer educação e esporte de alto nível, simultaneamente, nas redes acadêmicas como faculdades e até mesmo escolas de Ensino Médio. Como no exterior, principalmente nos Estados Unidos, que é a grande demanda, os campeonatos pré-profissionais são acadêmicos. Necessariamente, todos os atletas de esportes variados precisam estar em uma escola de Ensino Médio ou faculdade. É incrível ver jogos universitários com 40 mil espectadores, porque esse é o campeonato de base norte-americano. No Brasil, infelizmente, para jogar e estudar em alto nível, você ainda precisa escolher. Quando um jovem está cursando uma faculdade de Medicina ou Direito, por exemplo, dificilmente vai ter sucesso se continuar em uma carreira de atleta de futebol, paralela e vice-versa. Se quiser ser um atleta de futebol, dificilmente vai poder mergulhar numa faculdade de Medicina ou de Direito. No exterior é bem diferente.

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Em 2022 foram mais de 150 atletas brasileiros de basquete, vôlei e futebol que conseguiram uma oportunidade em uma (ou mais) das 195 instituições de ensino e clubes parceiros do DCEI. “O principal diferencial do DCEI é a garantia de uma oferta de bolsa de 30%, independentemente do nível do atleta. Quanto melhor a preparação do jovem, maiores as chances de conseguir uma bolsa de 100%”, explica Jorge, acrescentando que em média, a cada 50 inscritos no projeto, o DCEI concede bolsa social a dois jovens.

Além de garantir oportunidades de estudos e esportes no exterior, a iniciativa desenvolve a alta performance física, acadêmica, mental e esportiva para que os jovens consigam uma bolsa maior. São oferecidos mentoria com médicos, nutricionista, fisioterapeuta e personal trainer, preparo esportivo e desenvolvimento do atleta, além de curso prático de inglês e espanhol.

Se o investimento inicial em 2018 foi de apenas R$ 900,00, é para se celebrar o faturamento alcançado em 2022, de R$ 2.5 milhões. Para 2023, a previsão faturamento é de R$ 9 milhões. O Esporte Executivo conversou de forma exclusiva com Jorge de Sá para compreender melhor o projeto:

Como veio a ideia de viabilizar o DCEI e quais os maiores desafios no início da trajetória?

A ideia veio da minha vontade de continuar trabalhando com esporte e poder ajudar pessoas a fazer o que fiz. Eu me senti muito impactado quando percebi que dava para conseguir uma proposta de bolsa de estudos para jogar, estudar e prosperar fora do país sem pagar R$ 200 mil para uma agência de intercâmbio. Quando voltei para o Brasil, parei de jogar e comecei a trabalhar como ator, iniciei uma busca incessante por oportunidades em que pudesse seguir a carreira artística, mas também trabalhando com esporte. Com o sucesso como comentarista no SporTV, criei o DCEI, assessoria por meio de bolsas acadêmicas que leva estudantes e atletas de basquete, futebol, vôlei, tênis e natação, entre 11 e 30 anos, para jogar e estudar em escolas de Ensino Médio, faculdades e pós-graduações fora do país.

O DCEI é um negócio que trabalha, de alguma forma, com sonhos. Como ter a sensibilidade do equilíbrio entre o pragmatismo e a relação com as pessoas?

Temos duas etapas que são fundamentais no programa. Primeiro, mandamos todas as possibilidades, materiais, contratos e contatos para que os responsáveis e os atletas, claramente antes de se empolgar, possam ter acesso a tudo e possam entender as dificuldades e as possibilidades, em quais aspectos precisam se esforçar e o que fica por nossa conta. Depois disso, antes de qualquer tipo de finalização com a família, fazemos uma reunião individual por meio de videoconferência para falar também sobre as dificuldades, os desafios e a necessidade do jovem estar 100% focado no objetivo e no sonho principal. Então, antes de iniciarmos o trabalho, compartilhamos todas as informações para que a família tenha total clareza que, de fato, é aquele sonho que vamos buscar.

Vocês têm ampliado o número de Universidades e países? Qual a variedade de destinos e os mais demandados?

Estamos trabalhando com colégios e universidades nos Estados Unidos, Canadá e Europa. A grande demanda e o nosso foco principal são as escolas de Ensino Médio nos Estados Unidos.

Você enxerga esse amadurecimento de mercado com Universidades no Brasil ou culturalmente estamos limitados?

Ainda estamos muito limitados em oferecer educação e esporte de alto nível, simultaneamente, nas redes acadêmicas como faculdades e até mesmo escolas de Ensino Médio. Como no exterior, principalmente nos Estados Unidos, que é a grande demanda, os campeonatos pré-profissionais são acadêmicos. Necessariamente, todos os atletas de esportes variados precisam estar em uma escola de Ensino Médio ou faculdade. É incrível ver jogos universitários com 40 mil espectadores, porque esse é o campeonato de base norte-americano. No Brasil, infelizmente, para jogar e estudar em alto nível, você ainda precisa escolher. Quando um jovem está cursando uma faculdade de Medicina ou Direito, por exemplo, dificilmente vai ter sucesso se continuar em uma carreira de atleta de futebol, paralela e vice-versa. Se quiser ser um atleta de futebol, dificilmente vai poder mergulhar numa faculdade de Medicina ou de Direito. No exterior é bem diferente.

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