ATP São Paulo traz Nadal ao Brasil. E pode trazer muito mais.
Pessoal, o desafio deste novo blog é trazer o olhar de gestão e marketing para o esporte de uma forma simples, mas qualificada. Que seja um espaço de trocas e opiniões. O Brasil Open começou nessa semana, sendo disputado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O torneio ATP 250, que é considerado de pequeno porte no mundo do tênis, traz uma atração excepcional: Rafael Nadal. Há tempos que os […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 16h43.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h09.
Pessoal, o desafio deste novo blog é trazer o olhar de gestão e marketing para o esporte de uma forma simples, mas qualificada. Que seja um espaço de trocas e opiniões.
O Brasil Open começou nessa semana, sendo disputado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O torneio ATP 250, que é considerado de pequeno porte no mundo do tênis, traz uma atração excepcional: Rafael Nadal. Há tempos que os torneios brasileiros de tênis tentavam trazer um tenista do nível de Nadal. Ele mesmo, assim como Roger Federer, foram convidados anteriormente com propostas milionárias. Mas os tenistas tops preferem evitar viagens cansativas que pouco agregam em pontuação no ranking. Desta vez, por estar voltando de contusão e o torneio ocorrer no saibro, Nadal topou.
Sua vinda ao Brasil não se dá, contudo, exclusivamente pela vontade do atleta em participar. O incentivo financeiro oferecido ao tenista deve tê-lo feito tomar a decisão mais rapidamente: cerca de um milhão de dólares. Considerando que o evento dura apenas alguns dias e distribui um pouco mais de 455 mil dólares de premiação, o valor pode ser considerado alto. A venda dos ingressos, com 1.800 bilhetes por dia, com preços entre 15 e 300 reais, também aponta para o entendimento do valor como sendo alto. Mas pensando exclusivamente na proposta de investimento e exposição, não é.
Nadal não jogava há meses. Voltou às competições na última semana no Chile, onde foi vice-campeão. Mas continua sendo um fenômeno do tênis. Já alcançou o topo no ranking de tenistas e acumula uma carreira de vitórias. Por isso, a imprensa mundial está de olho no evento como, talvez, nunca esteve. Especialistas de vários cantos do mundo buscam informações sobre o torneio e muitos jornalistas vieram cobrir o evento aqui no Brasil.
O torneio não vinha trazendo tamanha expectativa em nenhuma de suas últimas edições e Nadal, só por participar, proporciona tudo isso. Hora também, claro, de mostrar que somos competetentes em eventos dessa grandeza. Em 2014 a IMX de Eike Batista estreará o ATP 500 do Rio de Janeiro, mas agora é do Brasil Open, organizado pela Koch Tavares, a chance de mostrar que pode ser um bom torneio para os tenistas no início de uma temporada. O desafio maior está no quesito organização.
Porque atraiu interessados habituados com um alto nível que, com ressalvas específicas, será exigido. E com pouco tempo de exposição, o torneio precisa aparecer bem. Se o fizer, o Brasil poderá almejar a tão esperada mudança de patamar, contando principalmente com a crise econômica que atinge a Europa. Mas se não fizer, a conta futura dos torneios de tênis no Brasil pode ser alta. Quanto? Bem mais que um milhão de dólares.
Pessoal, o desafio deste novo blog é trazer o olhar de gestão e marketing para o esporte de uma forma simples, mas qualificada. Que seja um espaço de trocas e opiniões.
O Brasil Open começou nessa semana, sendo disputado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O torneio ATP 250, que é considerado de pequeno porte no mundo do tênis, traz uma atração excepcional: Rafael Nadal. Há tempos que os torneios brasileiros de tênis tentavam trazer um tenista do nível de Nadal. Ele mesmo, assim como Roger Federer, foram convidados anteriormente com propostas milionárias. Mas os tenistas tops preferem evitar viagens cansativas que pouco agregam em pontuação no ranking. Desta vez, por estar voltando de contusão e o torneio ocorrer no saibro, Nadal topou.
Sua vinda ao Brasil não se dá, contudo, exclusivamente pela vontade do atleta em participar. O incentivo financeiro oferecido ao tenista deve tê-lo feito tomar a decisão mais rapidamente: cerca de um milhão de dólares. Considerando que o evento dura apenas alguns dias e distribui um pouco mais de 455 mil dólares de premiação, o valor pode ser considerado alto. A venda dos ingressos, com 1.800 bilhetes por dia, com preços entre 15 e 300 reais, também aponta para o entendimento do valor como sendo alto. Mas pensando exclusivamente na proposta de investimento e exposição, não é.
Nadal não jogava há meses. Voltou às competições na última semana no Chile, onde foi vice-campeão. Mas continua sendo um fenômeno do tênis. Já alcançou o topo no ranking de tenistas e acumula uma carreira de vitórias. Por isso, a imprensa mundial está de olho no evento como, talvez, nunca esteve. Especialistas de vários cantos do mundo buscam informações sobre o torneio e muitos jornalistas vieram cobrir o evento aqui no Brasil.
O torneio não vinha trazendo tamanha expectativa em nenhuma de suas últimas edições e Nadal, só por participar, proporciona tudo isso. Hora também, claro, de mostrar que somos competetentes em eventos dessa grandeza. Em 2014 a IMX de Eike Batista estreará o ATP 500 do Rio de Janeiro, mas agora é do Brasil Open, organizado pela Koch Tavares, a chance de mostrar que pode ser um bom torneio para os tenistas no início de uma temporada. O desafio maior está no quesito organização.
Porque atraiu interessados habituados com um alto nível que, com ressalvas específicas, será exigido. E com pouco tempo de exposição, o torneio precisa aparecer bem. Se o fizer, o Brasil poderá almejar a tão esperada mudança de patamar, contando principalmente com a crise econômica que atinge a Europa. Mas se não fizer, a conta futura dos torneios de tênis no Brasil pode ser alta. Quanto? Bem mais que um milhão de dólares.