A Libertadores mostra ao mundo o que temos de pior
O episódio River x Boca não é um ponto fora da curva na histórica recente da Conmebol. É o ápice da curva.
Vinicius Lordello
Publicado em 25 de novembro de 2018 às 12h07.
Era para ter sido a final que levaria a Libertadores a um outro patamar. Após muitos anos, o mundo esportivo novamente olhava com curiosidade e atenção para uma final do torneio sul-americano. Até porque, Boca x River disputando xadrez já é atrativo, imaginem a primeira final de Libertadores de suas histórias? Mas a Conmebol, novamente, fez questão de escancarar que tem vocação para o erro.
O sábado 24.11.2018 de fato levou a Libertadores a um outro patamar. Mas inferior. Foi absolutamente vergonhoso o que aconteceu em Buenos Aires. Mas o sábado em si não foi responsável único por essa decadência. Pensando estritamente em Reputação e Gestão de Crises no Esporte, especialidade deste blog, A Conmebol apenas formalizou sua incompetência neste sábado.
Olhando apenas os últimos anos da competição, tivemos momentos estapafúrdios. Gás de pimenta em solo argentino em 2015, doping em 2016, pancadaria em Montevidéu em 2017, equipe chegando com atraso de três horas para uma partida ainda disputada, o caso Sanchez este ano (“méritos” divididos com a gestão santista) e por fim, mas não menos gritante, o treinador do próprio River assumindo publicamente, nas semifinais da atual competição, ter desobedecido as regras do torneio. Consequência? Deixa pra lá....
A Conmebol se especializou nos últimos anos em mostrar que tua bússola chama bagunça. O episódio River x Boca não é um ponto fora da curva na histórica recente da Conmebol. É o ápice da curva. A Conmebol não mostrou ontem o que nunca se imaginara. Ela entregou justamente o que vinha prometendo nos últimos anos. Não foi o episódio deste sábado que estragou por completo a reputação da Conmebol e da Libertadores. Ele apenas será, mundialmente, a representação desse estrago, do fiasco absoluto.
Os clubes? Fosse um ambiente sério, se negariam a participar dessa competição nessa bagunça estabelecida. Mas os clubes corroboram as decisões tomadas pela Conmebol. No mundo ideal, o River seria suspenso da competição por ao menos três anos. E a Conmebol mostraria que de agora em diante acabou a bagunça. Mas ela mesma deu mostras ao longo deste sábado, que é a própria personificação da bagunça. Não se muda a imagem ou reputação de uma competição se quem a organiza mantém os valores atrasados em si. Parabéns para a Conmebol que, finalmente, para o mundo inteiro, escancarou ser a zona que a América Latina sabia que já era. A crise a ser gerida não é a final da Libertadores. A Conmebol é a própria fábrica de crises.
Era para ter sido a final que levaria a Libertadores a um outro patamar. Após muitos anos, o mundo esportivo novamente olhava com curiosidade e atenção para uma final do torneio sul-americano. Até porque, Boca x River disputando xadrez já é atrativo, imaginem a primeira final de Libertadores de suas histórias? Mas a Conmebol, novamente, fez questão de escancarar que tem vocação para o erro.
O sábado 24.11.2018 de fato levou a Libertadores a um outro patamar. Mas inferior. Foi absolutamente vergonhoso o que aconteceu em Buenos Aires. Mas o sábado em si não foi responsável único por essa decadência. Pensando estritamente em Reputação e Gestão de Crises no Esporte, especialidade deste blog, A Conmebol apenas formalizou sua incompetência neste sábado.
Olhando apenas os últimos anos da competição, tivemos momentos estapafúrdios. Gás de pimenta em solo argentino em 2015, doping em 2016, pancadaria em Montevidéu em 2017, equipe chegando com atraso de três horas para uma partida ainda disputada, o caso Sanchez este ano (“méritos” divididos com a gestão santista) e por fim, mas não menos gritante, o treinador do próprio River assumindo publicamente, nas semifinais da atual competição, ter desobedecido as regras do torneio. Consequência? Deixa pra lá....
A Conmebol se especializou nos últimos anos em mostrar que tua bússola chama bagunça. O episódio River x Boca não é um ponto fora da curva na histórica recente da Conmebol. É o ápice da curva. A Conmebol não mostrou ontem o que nunca se imaginara. Ela entregou justamente o que vinha prometendo nos últimos anos. Não foi o episódio deste sábado que estragou por completo a reputação da Conmebol e da Libertadores. Ele apenas será, mundialmente, a representação desse estrago, do fiasco absoluto.
Os clubes? Fosse um ambiente sério, se negariam a participar dessa competição nessa bagunça estabelecida. Mas os clubes corroboram as decisões tomadas pela Conmebol. No mundo ideal, o River seria suspenso da competição por ao menos três anos. E a Conmebol mostraria que de agora em diante acabou a bagunça. Mas ela mesma deu mostras ao longo deste sábado, que é a própria personificação da bagunça. Não se muda a imagem ou reputação de uma competição se quem a organiza mantém os valores atrasados em si. Parabéns para a Conmebol que, finalmente, para o mundo inteiro, escancarou ser a zona que a América Latina sabia que já era. A crise a ser gerida não é a final da Libertadores. A Conmebol é a própria fábrica de crises.