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A delicadeza ao ter o papa como torcedor

O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito na última quarta-feira o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Nascido em Buenos Aires, o papa Francisco já explicitou mais de uma vez sua torcida pelo San Lorenzo, tradicional clube argentino que teve seus torcedores comemorando freneticamente ter a Sua Santidade entre os seus. Recentemente, o jesuíta que já celebrou a missa de comemoração do centenário da agremiação, posou para fotos […] Leia mais

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 19h19.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 09h06.

O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito na última quarta-feira o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Nascido em Buenos Aires, o papa Francisco já explicitou mais de uma vez sua torcida pelo San Lorenzo, tradicional clube argentino que teve seus torcedores comemorando freneticamente ter a Sua Santidade entre os seus. Recentemente, o jesuíta que já celebrou a missa de comemoração do centenário da agremiação, posou para fotos com camisas, flâmulas e bandeiras de seu time do coração, do qual, inclusive, é sócio.

San Lorenzo/Reuters

Os torcedores tomaram conta das redes sociais, com imagens e mensagens sobre o amor do papa pelo clube. Parece que o San Lorenzo também foi tomado pela euforia e mais da metade dos posts que o clube fez no Twitter desde a eleição do novo papa remete a essa ligação. “Para nós não é o primeiro papa argentino ou latino-americano; é o Papa do San Lorenzo”, descreve a diretoria do clube. Com isso, a agremiação argentina tem buscado transformar seu mais ilustre torcedor em seu garoto-propaganda, o que já lhe garantiu uma exposição internacional jamais vivida.

Mas há de ser ter cuidado. Enquanto as declarações vierem, como vieram, partindo do agora papa Francisco, o clube pode comemorar. Mas querer utilizar sua imagem como garoto-propaganda exige extrema sensibilidade e precaução. Considerando a história católica do clube, é natural que seja enaltecida a torcida do papa. Mas transformá-la em um aspecto comercial sem se preocupar com a história do clube ou mesmo com os católicos argentinos torcedores dos demais clubes do país, pode ser um passo arriscado. Que seja feito, mas com moderação.

É fundamental entender os limites que a apropriação do marketing oferece. O San Lorenzo tem um caminho pela frente que pede ações com planejamentos minimalistas. Errar o tom pode significar desrespeito ou prepotência. Porque se quando envolve só o esporte já é delicado, quando envolve religião, é quase imensurável. Que o clube saiba transformar a torcida que tem em uma religião, mas que pense não 7, mas 70 vezes 7, antes de querer transformar a religião em sua torcida.

O argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito na última quarta-feira o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Nascido em Buenos Aires, o papa Francisco já explicitou mais de uma vez sua torcida pelo San Lorenzo, tradicional clube argentino que teve seus torcedores comemorando freneticamente ter a Sua Santidade entre os seus. Recentemente, o jesuíta que já celebrou a missa de comemoração do centenário da agremiação, posou para fotos com camisas, flâmulas e bandeiras de seu time do coração, do qual, inclusive, é sócio.

San Lorenzo/Reuters

Os torcedores tomaram conta das redes sociais, com imagens e mensagens sobre o amor do papa pelo clube. Parece que o San Lorenzo também foi tomado pela euforia e mais da metade dos posts que o clube fez no Twitter desde a eleição do novo papa remete a essa ligação. “Para nós não é o primeiro papa argentino ou latino-americano; é o Papa do San Lorenzo”, descreve a diretoria do clube. Com isso, a agremiação argentina tem buscado transformar seu mais ilustre torcedor em seu garoto-propaganda, o que já lhe garantiu uma exposição internacional jamais vivida.

Mas há de ser ter cuidado. Enquanto as declarações vierem, como vieram, partindo do agora papa Francisco, o clube pode comemorar. Mas querer utilizar sua imagem como garoto-propaganda exige extrema sensibilidade e precaução. Considerando a história católica do clube, é natural que seja enaltecida a torcida do papa. Mas transformá-la em um aspecto comercial sem se preocupar com a história do clube ou mesmo com os católicos argentinos torcedores dos demais clubes do país, pode ser um passo arriscado. Que seja feito, mas com moderação.

É fundamental entender os limites que a apropriação do marketing oferece. O San Lorenzo tem um caminho pela frente que pede ações com planejamentos minimalistas. Errar o tom pode significar desrespeito ou prepotência. Porque se quando envolve só o esporte já é delicado, quando envolve religião, é quase imensurável. Que o clube saiba transformar a torcida que tem em uma religião, mas que pense não 7, mas 70 vezes 7, antes de querer transformar a religião em sua torcida.

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