A curiosa média de público da Copa das Confederações
O Brasil vive um momento delicado e importante na construção de sua história. Paralelamente a isso, bem aqui, acontece a Copa das Confederações, um dos grandes eventos esportivos mundiais. Passadas as duas primeiras rodadas, em um total de oito jogos, e com as fases finais ainda por vir, quando tradicionalmente o público é maior, a média é bastante interessante: 49.037 torcedores por partida. A média conquistada até agora é superior […] Leia mais
Publicado em 22 de junho de 2013 às, 15h33.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h58.
O Brasil vive um momento delicado e importante na construção de sua história. Paralelamente a isso, bem aqui, acontece a Copa das Confederações, um dos grandes eventos esportivos mundiais. Passadas as duas primeiras rodadas, em um total de oito jogos, e com as fases finais ainda por vir, quando tradicionalmente o público é maior, a média é bastante interessante: 49.037 torcedores por partida. A média conquistada até agora é superior às edições ocorridas em 2001 (Coreia do Sul/Japão) com 35 mil pessoas, 2005 (Alemanha) com 38.000 pessoas em 2009 (África do Sul) com 37 mil pessoas.
Curioso o fato de os dois maiores públicos não terem a participação da seleção brasileira: 1º México 1×2 Itália, com 73.123 pagantes e 2º Espanha 10×0 Taiti, com 71.806 pagantes. A vitória do Brasil sobre o Japão na rodada inicial é o 3º maior público, com 67.423 pagantes. Claro que a capacidade máxima de um estádio pode explicar o motivo do Brasil não estar em primeiro. Mas não diminui a incrível presença de público em jogos em que a seleção brasileira não está presente.
Isso porque o brasileiro ama futebol e adora ir aos estádios? Não! Porque mesmo a pior presença de público neste evento, a goleada de 6 a 1 da Nigéria sobre a seleção quase amadora do Taiti com 20.187 pessoas, superou a média dos grandes clubes nacionais em toda a temporada até agora, incluindo na contagem Estaduais, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e até Libertadores. São poucas as exceções: Corinthians e São Paulo. A explicação ainda não é certa. Mas o fato de se ter novos estádios, mais confortáveis, é um dos motivos. A possibilidade de ver seleções pouco ou jamais vistas antes em terras tupiniquins também. Mas, certamente, o respeito do evento com o torcedor é parte disso.
Que o país aproveite o momento em que se reescreve sua trajetória para olhar com mais carinho e respeito aqueles que vão aos estádios e ginásios para apreciar o esporte. Que não sejam olhados apenas como fonte de receita. Que seja oferecido entretenimento, e não só partidas. Afinal, pelo visto, para seduzir nem precisa ser uma demonstração do mais alto nível, como o futebol espanhol. O desespero é tamanho que até um clássico Taiti x Nigéria nos desperta mais que a realidade atual…
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