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Revitalização da Bacia do Rio Pardo: uma história de sucesso ambiental

Conheça o belo trabalho da ONG Rio Pardo Vivo

Revitalização da Bacia do Rio Pardo: uma história de sucesso ambiental (Wikimedia Commons)
Cris Arcangeli

CEO da beuty'in

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 13h20.

No interior de São Paulo, a Bacia do Rio Pardo, com seus 264 quilômetros de extensão, percorre um caminho vital através de municípios como Botucatu e Ourinhos. Este rio não só fornece água para cidades, gera energia e irriga culturas agrícolas e industriais, mas também, até recentemente, era uma importante fonte de renda e lazer por meio da pesca. No entanto, a poluição, o uso predatório e a construção de barragens ameaçaram a saúde do rio e, consequentemente, sua capacidade de sustentar a vida aquática.

A mudança começou em 2008, quando um grupo de amigos de Santa Cruz do Rio Pardo decidiu agir para proteger o rio que amavam. Eles fundaram a ONG Rio Pardo Vivo, com o objetivo de reverter os danos causados e promover a recuperação da bacia.

A primeira grande vitória da organização foi a impedimento da construção de quatro hidrelétricas planejadas para o rio. Embora três delas tenham sido construídas, a ação da ONG foi fundamental para limitar o impacto ambiental.

Desde então, o trabalho da Rio Pardo Vivo se concentrou na recuperação do rio e de seus ecossistemas. O esforço começou a mostrar resultados positivos: peixes retornaram, e com eles, a pesca – seja esportiva, comercial ou de subsistência. Mas o projeto mais notável da ONG é o Projeto Cardume, que visa repovoar o Rio Pardo com espécies que haviam desaparecido da região.

Até o momento, o Projeto Cardume já liberou mais de 3 milhões de peixes no rio. Entre as espécies reintroduzidas estão o Dourado, a Piapara, o Curimbatá, o Pacu-Guaçu e o Lambari, cada uma desempenhando um papel crucial no equilíbrio ecológico do rio. Este esforço não só restaurou a biodiversidade aquática, mas também reacendeu o potencial do rio como um destino para a pesca.

O projeto recebeu o importante apoio da CTG Brasil, uma empresa que, através de seu Programa de Manejo e Conservação, liderado pelo especialista em meio ambiente Norberto Castro, tem contribuído significativamente para a causa. A parceria também envolve a participação de estudantes da região, que se envolvem diretamente na ação e aprendem sobre conservação e ecologia.

O trabalho contínuo da ONG Rio Pardo Vivo e suas parcerias exemplificam como a mobilização comunitária e o apoio institucional podem transformar a realidade ambiental de um local. A revitalização do Rio Pardo não apenas restaurou um ecossistema vital, mas também devolveu à comunidade a oportunidade de usufruir dos benefícios que um rio saudável pode oferecer.

A história do Rio Pardo Vivo é uma prova inspiradora de que, com determinação e colaboração, é possível reverter danos ambientais e construir um futuro mais sustentável.

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No interior de São Paulo, a Bacia do Rio Pardo, com seus 264 quilômetros de extensão, percorre um caminho vital através de municípios como Botucatu e Ourinhos. Este rio não só fornece água para cidades, gera energia e irriga culturas agrícolas e industriais, mas também, até recentemente, era uma importante fonte de renda e lazer por meio da pesca. No entanto, a poluição, o uso predatório e a construção de barragens ameaçaram a saúde do rio e, consequentemente, sua capacidade de sustentar a vida aquática.

A mudança começou em 2008, quando um grupo de amigos de Santa Cruz do Rio Pardo decidiu agir para proteger o rio que amavam. Eles fundaram a ONG Rio Pardo Vivo, com o objetivo de reverter os danos causados e promover a recuperação da bacia.

A primeira grande vitória da organização foi a impedimento da construção de quatro hidrelétricas planejadas para o rio. Embora três delas tenham sido construídas, a ação da ONG foi fundamental para limitar o impacto ambiental.

Desde então, o trabalho da Rio Pardo Vivo se concentrou na recuperação do rio e de seus ecossistemas. O esforço começou a mostrar resultados positivos: peixes retornaram, e com eles, a pesca – seja esportiva, comercial ou de subsistência. Mas o projeto mais notável da ONG é o Projeto Cardume, que visa repovoar o Rio Pardo com espécies que haviam desaparecido da região.

Até o momento, o Projeto Cardume já liberou mais de 3 milhões de peixes no rio. Entre as espécies reintroduzidas estão o Dourado, a Piapara, o Curimbatá, o Pacu-Guaçu e o Lambari, cada uma desempenhando um papel crucial no equilíbrio ecológico do rio. Este esforço não só restaurou a biodiversidade aquática, mas também reacendeu o potencial do rio como um destino para a pesca.

O projeto recebeu o importante apoio da CTG Brasil, uma empresa que, através de seu Programa de Manejo e Conservação, liderado pelo especialista em meio ambiente Norberto Castro, tem contribuído significativamente para a causa. A parceria também envolve a participação de estudantes da região, que se envolvem diretamente na ação e aprendem sobre conservação e ecologia.

O trabalho contínuo da ONG Rio Pardo Vivo e suas parcerias exemplificam como a mobilização comunitária e o apoio institucional podem transformar a realidade ambiental de um local. A revitalização do Rio Pardo não apenas restaurou um ecossistema vital, mas também devolveu à comunidade a oportunidade de usufruir dos benefícios que um rio saudável pode oferecer.

A história do Rio Pardo Vivo é uma prova inspiradora de que, com determinação e colaboração, é possível reverter danos ambientais e construir um futuro mais sustentável.

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