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É necessário aumentar a representação feminina nos conselhos de empresas

Um leve avanço já começou, mas há muito mais a ser feito. A hora de agir é agora

 (Envato/Reprodução)
(Envato/Reprodução)

Recentemente, um levantamento conduzido pela Page Executive, em parceria com a IGCLA (rede de Institutos de Governança Corporativa da América Latina) e com o apoio da IFC (International Finance Corporation), do Banco Mundial, identificou uma realidade que não pode ser ignorada. O Brasil, apesar dos avanços, ainda está entre os países com menor representação feminina nos conselhos de administração de empresas na América Latina. Atualmente, apenas 25,3% das cadeiras dos boards no país são ocupadas por mulheres. Embora esse número represente um progresso em relação ao passado, ele ainda está aquém do ideal e muito distante de outras nações da região. 

Ao analisarmos os dados, fica claro que o Brasil precisa intensificar seus esforços para promover uma maior inclusão feminina nas esferas de decisão corporativa. Em comparação com o Peru (21,1%), a Argentina e o México (19,2% cada), o Brasil apresenta uma participação relativamente melhor. Contudo, quando olhamos para os exemplos do Chile (29,3%), Panamá (45,5%) e Colômbia (45,6%), o contraste é evidente e serve como um chamado à ação. 

Esses números não são apenas estatísticas; eles refletem uma realidade que impacta diretamente a dinâmica das empresas e a sociedade como um todo. A presença feminina nos conselhos não é apenas uma questão de justiça ou igualdade, mas uma necessidade estratégica. Diversidade nas lideranças traz novas perspectivas, estimula a inovação e pode melhorar a performance financeira das empresas. 

A pesquisa ouviu 900 conselheiros em toda a América Latina, com 411 deles sendo brasileiros. Esse esforço para mapear a representatividade de gênero nos boards corporativos é crucial. Mas o verdadeiro desafio está em transformar esses dados em ações concretas que promovam um equilíbrio mais justo. 

Portanto, é imperativo que o Brasil se empenhe para aumentar a participação feminina nos conselhos de administração. Precisamos de políticas mais eficazes, práticas corporativas inclusivas e um compromisso firme de todas as partes envolvidas para garantir que a representatividade feminina alcance níveis compatíveis com os das nações líderes da América Latina 

Mulheres, seguimos juntas nesse desafio. O avanço já começou, mas há muito mais a ser feito. A hora de agir é agora. A diversidade não deve ser apenas um objetivo, mas uma realidade palpável e prática nas salas de reuniões e decisões empresariais.