Três anos de jornada
Sou um otimista, mas custaria a acreditar se alguém profetizasse tais números ao fim de 2017, quando criamos o Renova
Victor Sena
Publicado em 23 de outubro de 2020 às 11h49.
Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 11h50.
“Hoje eu sou uma pessoa melhor e mais madura na política por incentivo de vocês”, “É sem tamanho a gratidão pelo crescimento que vocês me proporcionaram”, “Orgulho de ser aluno RenovaBR e levar à minha cidade boas práticas”.
É manhã de 8 de outubro e eu mal acabara de acordar quando me detive nos comentários do post publicado à véspera no perfil do Renova em comemoração a seu terceiro aniversário. Muitos outros fizeram questão de deixar mensagens. A onipresença da palavra “orgulho” chama atenção. Com quase dois mil ex-alunos, já não reconheço a todos. Visitando os três perfis vejo que são filiados ao DEM em Curitiba/PR, ao PV em Nova Iguaçu/RJ e ao PSB em Natal/RN.
“Muita gratidão e orgulho por essa história”. Desta vez conheço o autor do comentário. É Renan Ferreirinha, deputado estadual pelo Rio. Renan fez parte da primeira turma, em 2018, ao lado de outros 132 alunos. Naquele ano, 117 concorreram e 17 foram eleitos parlamentares por sete legendas diferentes. Nas eleições deste ano são 1.032, filiados a 29 dos 33 partidos brasileiros em 398 cidades de todos os Estados do país.
Sou um otimista, mas custaria a acreditar se alguém profetizasse tais números ao fim de 2017, quando criamos o Renova. O país acabara de atravessar os mares turbulentos de 2013 e naufragar na crise político-econômica que até hoje nos mantém meio à deriva. Essa ressaca interminável fez crescer em mim uma certeza: não existe país desenvolvido sem uma classe política desenvolvida.
Não me considero um especialista em política, mas tampouco era especialista em investimentos, sapatos ou energia quando participei da trajetória de empresas como a Tarpon, Ômega e Arezzo.
Procuro ser um solucionador de problemas e foi com essa premissa que fundei o Renova. Nunca fui de aceitar que as coisas “são assim mesmo”. Percebi que o processo eleitoral favorecia quem já estava no cargo, o estigma afastava pessoas talentosas e a falta de conhecimento sobre como organizar uma campanha, captar apoio ou pedir votos tornava improvável a eleição de pessoas comuns, sem familiares ou padrinhos políticos.
Apesar disso, vi a maré mudar. Conheci jovens qualificados como os hoje parlamentares Daniel José, Tiago Mitraud, Felipe Rigoni e Tabata Amaral. Fundei o Renova para servir de farol a esses e outros corajosos marinheiros de primeira viagem, com o propósito de conectá-los a grandes especialistas em políticas públicas e comunicação eleitoral.
Desde o princípio, o Renova é independente e aberto a pessoas de todas as ideologias. Evitando a polarização e a dicotomia limitante esquerda vs. direita conseguimos atrair cidadãos dispostos a dialogar, a defender o que acreditam com honestidade e a aprender e a ensinar orientados por dados e evidências. Por isso, as decisões e posicionamentos de ex-alunos não dizem respeito ao Renova. Nosso papel é oferecer conhecimento. Cabe a cada um decidir como utilizá-lo. É precisamente isso que faz do Renova uma escola de democracia.
“Hoje eu sou uma pessoa melhor e mais madura na política por incentivo de vocês”, “É sem tamanho a gratidão pelo crescimento que vocês me proporcionaram”, “Orgulho de ser aluno RenovaBR e levar à minha cidade boas práticas”.
É manhã de 8 de outubro e eu mal acabara de acordar quando me detive nos comentários do post publicado à véspera no perfil do Renova em comemoração a seu terceiro aniversário. Muitos outros fizeram questão de deixar mensagens. A onipresença da palavra “orgulho” chama atenção. Com quase dois mil ex-alunos, já não reconheço a todos. Visitando os três perfis vejo que são filiados ao DEM em Curitiba/PR, ao PV em Nova Iguaçu/RJ e ao PSB em Natal/RN.
“Muita gratidão e orgulho por essa história”. Desta vez conheço o autor do comentário. É Renan Ferreirinha, deputado estadual pelo Rio. Renan fez parte da primeira turma, em 2018, ao lado de outros 132 alunos. Naquele ano, 117 concorreram e 17 foram eleitos parlamentares por sete legendas diferentes. Nas eleições deste ano são 1.032, filiados a 29 dos 33 partidos brasileiros em 398 cidades de todos os Estados do país.
Sou um otimista, mas custaria a acreditar se alguém profetizasse tais números ao fim de 2017, quando criamos o Renova. O país acabara de atravessar os mares turbulentos de 2013 e naufragar na crise político-econômica que até hoje nos mantém meio à deriva. Essa ressaca interminável fez crescer em mim uma certeza: não existe país desenvolvido sem uma classe política desenvolvida.
Não me considero um especialista em política, mas tampouco era especialista em investimentos, sapatos ou energia quando participei da trajetória de empresas como a Tarpon, Ômega e Arezzo.
Procuro ser um solucionador de problemas e foi com essa premissa que fundei o Renova. Nunca fui de aceitar que as coisas “são assim mesmo”. Percebi que o processo eleitoral favorecia quem já estava no cargo, o estigma afastava pessoas talentosas e a falta de conhecimento sobre como organizar uma campanha, captar apoio ou pedir votos tornava improvável a eleição de pessoas comuns, sem familiares ou padrinhos políticos.
Apesar disso, vi a maré mudar. Conheci jovens qualificados como os hoje parlamentares Daniel José, Tiago Mitraud, Felipe Rigoni e Tabata Amaral. Fundei o Renova para servir de farol a esses e outros corajosos marinheiros de primeira viagem, com o propósito de conectá-los a grandes especialistas em políticas públicas e comunicação eleitoral.
Desde o princípio, o Renova é independente e aberto a pessoas de todas as ideologias. Evitando a polarização e a dicotomia limitante esquerda vs. direita conseguimos atrair cidadãos dispostos a dialogar, a defender o que acreditam com honestidade e a aprender e a ensinar orientados por dados e evidências. Por isso, as decisões e posicionamentos de ex-alunos não dizem respeito ao Renova. Nosso papel é oferecer conhecimento. Cabe a cada um decidir como utilizá-lo. É precisamente isso que faz do Renova uma escola de democracia.