Se sua empresa ainda aposta na mentira, cuidado!
É incrível perceber a quantidade de profissões que tem a mentira quase como regra
Talita Abrantes
Publicado em 26 de julho de 2017 às 14h53.
Chega um momento da vida em que você começa a questionar tudo. Se torna um chato mesmo, descrente das pessoas, das instituições e da possibilidade de existir um mundo melhor adiante. Equilibra-se na fina linha que separa a raiva da tristeza, a indignação da melancolia. Os anos passam e quanto mais você arranha a superfície do que existe ao redor mais percebe que as embalagens cumprem sempre o papel de esconder interesses pessoais e os instintos quase selvagens de sobrevivência que todos nós temos. E em um dado momento torna-se inevitável: a frustração leva ao isolamento. Vitória deles!
É incrível perceber a quantidade de profissões que tem a mentira quase como regra. Limitadas somente pelas penas da lei, seus profissionais parecem não preocupar-se com o que é moral ou ético. “Se não é ilegal, não é imoral” é a regra. Marqueteiros estudam comportamento humano para encontrar gatilhos automáticos de reação que façam as pessoas comprarem seus produtos enganosos. Bancos prometem cuidar do futuro de seus clientes e cobram tarifas recordes enquanto estão desempregados. Advogados decidem de que lado da mesa ficar e que tese assumir de acordo com o tamanho do cheque de seus clientes. E assim seguimos sendo... humanos.
É curioso, portanto, perceber que a expressão “humano” passou a ser utilizada para aquele que cuida, reparte e ajuda, quando na verdade nada mais distante de nossa natureza do que agir desta maneira. Deveria ser assim “Nossa, como aquele rapaz é não-humano, você viu como dedicou seu tempo para ajudar aos outros?”. Somos, como espécie, egoístas, autocentrados, acumuladores e destruidores. Foi exatamente sendo assim que passamos a ocupar o papel de “donos” do mundo e subjugar tudo o que mais existe. Crer no contrário é tolice.
Mesmo atitudes vistas como altruístas, quando analisadas mais a fundo mostram esse nosso traço “humano” ali escondido, dizem os evolucionistas. Sabiam que mais de dois terços dos doadores de sangue e de voluntários em ONGs fazem questão de dizer para os outros o que fizeram postando em suas redes sociais ou prendendo adesivos em seus carros? Estão no fundo atendendo a um interesse próprio de autopromoção para serem melhor vistos em sociedade.
O resultado disso? Vamos ficando cada vez mais desiludidos e amargos com o mundo que nos cerca. Nos tornamos agressivos naturalmente, como mecanismo de defesa. Cremos cada vez mais no que não podemos ver para fugir do que esta ao nosso redor, voltando nossas atenções para as crenças espirituais e religiosas. Não é a toa que vivemos o retorno dos grandes movimentos exotéricos e espirituais em meio ao maior conhecimento cientifico que já se teve. Nada de contraditório nisso. Antes de ser massacrado, alerto: sou religioso e ajudo a ONGs, estamos no mesmo barco.
Um estudo nos Estados Unidos mostra que aos 12 anos de idade pouco mais de 10% dos americanos ainda acredita que as propagandas veiculadas na televisão falam a verdade. É um numero que só tende a cair à medida que as pessoas passam a ter cada vez mais acesso as informações e podem comparar o que lhes é vendido com o que existe de fato. E é desse mundo de mentiras e de desilusões que algumas das empresas mais promissoras do mundo estão se aproveitando. Apostam em modelos absolutamente transparentes, em que seus clientes sabem exatamente o que estão comprando, quanto estão pagando e dão a eles a qualquer momento a chance de desistir e pedir seu dinheiro de volta. Ao agir assim, estão caindo nos braços dos consumidores. Amazon, Robin Hood, Betterment, Transferwise, Lemonade são alguns bons exemplos.
Se sua empresa ainda aposta na mentira, cuidado! Os tempos estão mudando mais rápido do que você imagina. O mundo 2.0 é o mundo da transparência. Não porque passamos a ser pessoas melhores. Mas sim porque é o que mais vende e atende a nossos próprios interesses. Nada mais humano do que agir desta forma...
Chega um momento da vida em que você começa a questionar tudo. Se torna um chato mesmo, descrente das pessoas, das instituições e da possibilidade de existir um mundo melhor adiante. Equilibra-se na fina linha que separa a raiva da tristeza, a indignação da melancolia. Os anos passam e quanto mais você arranha a superfície do que existe ao redor mais percebe que as embalagens cumprem sempre o papel de esconder interesses pessoais e os instintos quase selvagens de sobrevivência que todos nós temos. E em um dado momento torna-se inevitável: a frustração leva ao isolamento. Vitória deles!
É incrível perceber a quantidade de profissões que tem a mentira quase como regra. Limitadas somente pelas penas da lei, seus profissionais parecem não preocupar-se com o que é moral ou ético. “Se não é ilegal, não é imoral” é a regra. Marqueteiros estudam comportamento humano para encontrar gatilhos automáticos de reação que façam as pessoas comprarem seus produtos enganosos. Bancos prometem cuidar do futuro de seus clientes e cobram tarifas recordes enquanto estão desempregados. Advogados decidem de que lado da mesa ficar e que tese assumir de acordo com o tamanho do cheque de seus clientes. E assim seguimos sendo... humanos.
É curioso, portanto, perceber que a expressão “humano” passou a ser utilizada para aquele que cuida, reparte e ajuda, quando na verdade nada mais distante de nossa natureza do que agir desta maneira. Deveria ser assim “Nossa, como aquele rapaz é não-humano, você viu como dedicou seu tempo para ajudar aos outros?”. Somos, como espécie, egoístas, autocentrados, acumuladores e destruidores. Foi exatamente sendo assim que passamos a ocupar o papel de “donos” do mundo e subjugar tudo o que mais existe. Crer no contrário é tolice.
Mesmo atitudes vistas como altruístas, quando analisadas mais a fundo mostram esse nosso traço “humano” ali escondido, dizem os evolucionistas. Sabiam que mais de dois terços dos doadores de sangue e de voluntários em ONGs fazem questão de dizer para os outros o que fizeram postando em suas redes sociais ou prendendo adesivos em seus carros? Estão no fundo atendendo a um interesse próprio de autopromoção para serem melhor vistos em sociedade.
O resultado disso? Vamos ficando cada vez mais desiludidos e amargos com o mundo que nos cerca. Nos tornamos agressivos naturalmente, como mecanismo de defesa. Cremos cada vez mais no que não podemos ver para fugir do que esta ao nosso redor, voltando nossas atenções para as crenças espirituais e religiosas. Não é a toa que vivemos o retorno dos grandes movimentos exotéricos e espirituais em meio ao maior conhecimento cientifico que já se teve. Nada de contraditório nisso. Antes de ser massacrado, alerto: sou religioso e ajudo a ONGs, estamos no mesmo barco.
Um estudo nos Estados Unidos mostra que aos 12 anos de idade pouco mais de 10% dos americanos ainda acredita que as propagandas veiculadas na televisão falam a verdade. É um numero que só tende a cair à medida que as pessoas passam a ter cada vez mais acesso as informações e podem comparar o que lhes é vendido com o que existe de fato. E é desse mundo de mentiras e de desilusões que algumas das empresas mais promissoras do mundo estão se aproveitando. Apostam em modelos absolutamente transparentes, em que seus clientes sabem exatamente o que estão comprando, quanto estão pagando e dão a eles a qualquer momento a chance de desistir e pedir seu dinheiro de volta. Ao agir assim, estão caindo nos braços dos consumidores. Amazon, Robin Hood, Betterment, Transferwise, Lemonade são alguns bons exemplos.
Se sua empresa ainda aposta na mentira, cuidado! Os tempos estão mudando mais rápido do que você imagina. O mundo 2.0 é o mundo da transparência. Não porque passamos a ser pessoas melhores. Mas sim porque é o que mais vende e atende a nossos próprios interesses. Nada mais humano do que agir desta forma...