Nunca foi tão facil fazer
Lembro-me bem de quando ainda era pequeno nos tempos de colégio. O primeiro grande presente que os pais davam para seus filhos era uma enciclopédia. Coleções enormes de livros pesados, com capa dura e indexados com as letras do alfabeto em suas lombadas para ajudar nas pesquisas de seus leitores. Eram caras, muito caras, vendidas […]
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2016 às 11h53.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h01.
Lembro-me bem de quando ainda era pequeno nos tempos de colégio. O primeiro grande presente que os pais davam para seus filhos era uma enciclopédia. Coleções enormes de livros pesados, com capa dura e indexados com as letras do alfabeto em suas lombadas para ajudar nas pesquisas de seus leitores. Eram caras, muito caras, vendidas de porta em porta em parcelas a perder de vista pelos famosos “vendedores de enciclopédias” — termo que perdura até hoje como sinônimo de chato. As melhores eram a Britânia e a Barsa. A minha era a Conhecer, uma de segunda (ou terceira) linha que cabia no orçamento de meus pais. Poucos anos atrás a Britânia anunciou que lançava a última edição impressa de sua enciclopédia. Não fazia mais sentido imprimir em 24 volumes enormes o que cabe hoje dentro de um celular de segunda categoria. Fui um dos compradores desta última edição. Comprei para sempre me lembrar de como era mais difícil FAZER as coisas quando eu era mais jovem.
O conhecimento hoje se democratizou de uma forma espantosa. Consequência, principalmente, da internet. Basta um clique para termos à nossa disposição centenas de cursos de idiomas gratuitos; vídeos tutoriais que ensinam como consertar celulares, computadores, televisores; sites que ajudam a fazer folders, posters e até livros; e, é claro, enciclopédias como aquelas pelas quais pagávamos uma fortuna quando eu era pequeno.
O curioso é notar que o número de pessoas que domina outros idiomas não cresceu na mesma proporção. As pessoas seguem sem saber como consertar seus aparelhos eletrônicos e utensílios domésticos. A maioria segue desconhecendo a história do Oriente, as guerras pelas quais passou seu país e os mais recentes avanços da ciência. E isso acontece porque há um abismo enorme entre existirem os meios e as pessoas serem capazes de aproveitá-los. Seguimos com nossa enorme dificuldade de FAZER as coisas.
O caminho nunca foi tão fácil para alguém se destacar em meio a multidão como é hoje. Costumo dizer que o tripé para alcançar o sucesso é ter o mindset correto, conhecimento e agir. A perna do conhecimento está aí, à disposição de todos. No entanto, as pessoas têm focado muito mais em ter motivação do que em ter conhecimento. Debruçam-se em incontáveis livros de autoajuda e assistem centenas de vídeos motivacionais, como se eles sozinhos fossem capazes de algo. São apenas uma das pernas deste tripé. Se mergulhassem também de cabeça nos deliciosos e divertidos sites que oferecem um mundo de conhecimento de forma gratuita e ousassem arriscar FAZER o que aprenderam, chegariam voando onde nunca imaginaram ser capazes. Mas, não há como lutar contra a natureza humana. Seguiremos, a maioria de nós, sempre assim, relutantes em agir. E é exatamente por isso que a oportunidade de sobressair aos demais existe.
Lembro-me bem de quando ainda era pequeno nos tempos de colégio. O primeiro grande presente que os pais davam para seus filhos era uma enciclopédia. Coleções enormes de livros pesados, com capa dura e indexados com as letras do alfabeto em suas lombadas para ajudar nas pesquisas de seus leitores. Eram caras, muito caras, vendidas de porta em porta em parcelas a perder de vista pelos famosos “vendedores de enciclopédias” — termo que perdura até hoje como sinônimo de chato. As melhores eram a Britânia e a Barsa. A minha era a Conhecer, uma de segunda (ou terceira) linha que cabia no orçamento de meus pais. Poucos anos atrás a Britânia anunciou que lançava a última edição impressa de sua enciclopédia. Não fazia mais sentido imprimir em 24 volumes enormes o que cabe hoje dentro de um celular de segunda categoria. Fui um dos compradores desta última edição. Comprei para sempre me lembrar de como era mais difícil FAZER as coisas quando eu era mais jovem.
O conhecimento hoje se democratizou de uma forma espantosa. Consequência, principalmente, da internet. Basta um clique para termos à nossa disposição centenas de cursos de idiomas gratuitos; vídeos tutoriais que ensinam como consertar celulares, computadores, televisores; sites que ajudam a fazer folders, posters e até livros; e, é claro, enciclopédias como aquelas pelas quais pagávamos uma fortuna quando eu era pequeno.
O curioso é notar que o número de pessoas que domina outros idiomas não cresceu na mesma proporção. As pessoas seguem sem saber como consertar seus aparelhos eletrônicos e utensílios domésticos. A maioria segue desconhecendo a história do Oriente, as guerras pelas quais passou seu país e os mais recentes avanços da ciência. E isso acontece porque há um abismo enorme entre existirem os meios e as pessoas serem capazes de aproveitá-los. Seguimos com nossa enorme dificuldade de FAZER as coisas.
O caminho nunca foi tão fácil para alguém se destacar em meio a multidão como é hoje. Costumo dizer que o tripé para alcançar o sucesso é ter o mindset correto, conhecimento e agir. A perna do conhecimento está aí, à disposição de todos. No entanto, as pessoas têm focado muito mais em ter motivação do que em ter conhecimento. Debruçam-se em incontáveis livros de autoajuda e assistem centenas de vídeos motivacionais, como se eles sozinhos fossem capazes de algo. São apenas uma das pernas deste tripé. Se mergulhassem também de cabeça nos deliciosos e divertidos sites que oferecem um mundo de conhecimento de forma gratuita e ousassem arriscar FAZER o que aprenderam, chegariam voando onde nunca imaginaram ser capazes. Mas, não há como lutar contra a natureza humana. Seguiremos, a maioria de nós, sempre assim, relutantes em agir. E é exatamente por isso que a oportunidade de sobressair aos demais existe.