A felicidade que o dinheiro traz
O tema é batido, quase lugar comum — o que poderia nos levar a pensar que dessa fruta já se extraiu todo o caldo que havia. De um lado a abordagem material e pragmática que prega que SIM, o dinheiro traz felicidade e é hipocrisia defender o contrário. Do outro, a visão dos que se […]
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 11h50.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h29.
O tema é batido, quase lugar comum — o que poderia nos levar a pensar que dessa fruta já se extraiu todo o caldo que havia. De um lado a abordagem material e pragmática que prega que SIM, o dinheiro traz felicidade e é hipocrisia defender o contrário. Do outro, a visão dos que se colocam em um patamar mais elevado, sublime, quase espiritual, de que NÃO, afinal as coisas importantes da vida não podem ser compradas. Distantes uma da outra, as duas visões parecem tão antagônicas que ponte alguma seria capaz de fazê-las dialogar. Será?
Voltaire e Mario Quintana tinham algo em comum. Talvez muito mais do que somente “algo”. Mas tem uma coisa semelhante que ambos possuíam: os dois falavam que não existem respostas corretas. Diziam que o que existe na verdade são as perguntas corretas. É nelas, nas perguntas, que devemos sempre focar. Aí está o problema. Perguntar se dinheiro traz felicidade não me parece uma pergunta correta. Simplesmente porque não existe uma intersecção tangível entre a resposta “sim”, e o “não”. Eles não se tocam em hipótese alguma. Não há como se estar numa sala com dinheiro de um lado dentro de um pacote e felicidade dentro de outro para trocá-los. O que não se toca, não se troca. Então o que o dinheiro traz?
Essa é a pergunta correta: “o que o dinheiro traz?”. E a resposta é clara: dinheiro traz opções! Afinal, ele sempre existiu como meio de troca. Portanto, se há muito dele, há mais opções do outro lado para se trocar. O que não garante em hipótese alguma uma vida mais feliz. Isso porque a vida feliz dependerá sempre de trocas bem feitas. De se escolher as opções que tragam momentos felizes.
Existem os que defendem inclusive que o fato de se ter mais escolhas leva necessariamente a uma vida mais infeliz. É o caso do psicólogo americano Barry Schwartz, autor do livro O Paradoxo da Escolha. Segundo ele, mais escolhas consomem mais tempo no processo de decisão e aumentam o custo de oportunidade daquele que escolhe, aumentando a possibilidade de uma posterior frustração e arrependimento. Mais “gramas de vizinhos” para acharmos mais verdes…
Saber que dinheiro traz opções e entender que acertar na escolha é o que traz felicidade tem uma consequência fantástica. Traz de volta a responsabilidade de ser feliz para nós. Porque se fosse o dinheiro o garantir a felicidade, a responsabilidade seria dele. Como a felicidade está nas escolhas, voltamos a ser protagonistas de nossa própria vida. E junto com ela, de nosso sucesso e de nossa felicidade!
O tema é batido, quase lugar comum — o que poderia nos levar a pensar que dessa fruta já se extraiu todo o caldo que havia. De um lado a abordagem material e pragmática que prega que SIM, o dinheiro traz felicidade e é hipocrisia defender o contrário. Do outro, a visão dos que se colocam em um patamar mais elevado, sublime, quase espiritual, de que NÃO, afinal as coisas importantes da vida não podem ser compradas. Distantes uma da outra, as duas visões parecem tão antagônicas que ponte alguma seria capaz de fazê-las dialogar. Será?
Voltaire e Mario Quintana tinham algo em comum. Talvez muito mais do que somente “algo”. Mas tem uma coisa semelhante que ambos possuíam: os dois falavam que não existem respostas corretas. Diziam que o que existe na verdade são as perguntas corretas. É nelas, nas perguntas, que devemos sempre focar. Aí está o problema. Perguntar se dinheiro traz felicidade não me parece uma pergunta correta. Simplesmente porque não existe uma intersecção tangível entre a resposta “sim”, e o “não”. Eles não se tocam em hipótese alguma. Não há como se estar numa sala com dinheiro de um lado dentro de um pacote e felicidade dentro de outro para trocá-los. O que não se toca, não se troca. Então o que o dinheiro traz?
Essa é a pergunta correta: “o que o dinheiro traz?”. E a resposta é clara: dinheiro traz opções! Afinal, ele sempre existiu como meio de troca. Portanto, se há muito dele, há mais opções do outro lado para se trocar. O que não garante em hipótese alguma uma vida mais feliz. Isso porque a vida feliz dependerá sempre de trocas bem feitas. De se escolher as opções que tragam momentos felizes.
Existem os que defendem inclusive que o fato de se ter mais escolhas leva necessariamente a uma vida mais infeliz. É o caso do psicólogo americano Barry Schwartz, autor do livro O Paradoxo da Escolha. Segundo ele, mais escolhas consomem mais tempo no processo de decisão e aumentam o custo de oportunidade daquele que escolhe, aumentando a possibilidade de uma posterior frustração e arrependimento. Mais “gramas de vizinhos” para acharmos mais verdes…
Saber que dinheiro traz opções e entender que acertar na escolha é o que traz felicidade tem uma consequência fantástica. Traz de volta a responsabilidade de ser feliz para nós. Porque se fosse o dinheiro o garantir a felicidade, a responsabilidade seria dele. Como a felicidade está nas escolhas, voltamos a ser protagonistas de nossa própria vida. E junto com ela, de nosso sucesso e de nossa felicidade!