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Quem são os profissionais que ajudam as empresas a ter mais sucesso?

Cofundadora do Nubank conta como são escolhidos os membros de um conselho administrativo e como esses profissionais ajudam as empresas na prática

Sede do Nubank em São Paulo: O conselho administrativo é tão importante que é um requisito obrigatório em companhias de capital aberto. Mas muitas empresas privadas também escolhem ter um conselho, justamente pelo valor agregado trazido por essas pessoas. É o caso do Nubank, por exemplo (Nubank/Divulgação)
Sede do Nubank em São Paulo: O conselho administrativo é tão importante que é um requisito obrigatório em companhias de capital aberto. Mas muitas empresas privadas também escolhem ter um conselho, justamente pelo valor agregado trazido por essas pessoas. É o caso do Nubank, por exemplo (Nubank/Divulgação)
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Cristina Junqueira

Publicado em 10 de junho de 2021 às, 09h00.

Última atualização em 10 de junho de 2021 às, 11h26.

Conselhos administrativos são uma maneira excelente para empresas aprimorarem processos de governança e gestão, criando um alinhamento entre os membros do board, como se diz em inglês, e os donos ou acionistas da companhia e, assim, gerar melhores resultados e serem o melhor que podem ser.

Em sua coluna em vídeo para a EXAME desta quinzena, Cristina Junqueira explica quem são esses profissionais que fazem parte de  um conselho e quais experiências são consideradas ao selecionar alguém para esse grupo.

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O que são conselhos administrativos?

Para falar sobre isso, precisamos começar com o básico. O conselho administrativo é, em essência, um conjunto de especialistas contratados para ajudar a profissionalizar a administração de um negócio. Geralmente, são pessoas que têm mais experiência ou que atuaram em determinado mercado, e seu papel é focado em representar os interesses da organização.

O conselho administrativo é tão importante que é um requisito obrigatório em companhias de capital aberto. Mas muitas empresas privadas também escolhem ter um conselho, justamente pelo valor agregado trazido por essas pessoas. É o caso do Nubank, por exemplo. A verdade é que a criação de um conselho pode trazer benefícios significativos para empreendimentos de qualquer porte, inclusive startups. Nesse sentido, o conselho se torna uma camada a mais de governança corporativa, para qual os gestores da empresa se reportam, o que faz muita diferença no começo de um empreendimento.

O que fazem os membros de um conselho?

Os board members, como são chamados em inglês, têm a responsabilidade de orientar e guiar as estratégias de uma empresa. O objetivo dos conselheiros é estabelecer as melhores práticas de negócio para atingir o mais alto nível de sucesso possível em cada movimento. É uma tarefa grande e por isso é recomendado que essas pessoas tenham experiências e qualificações relevantes e diversas para a companhia.

Aqui no Nubank, por exemplo, temos representantes dos nossos principais investidores e também pessoas com trajetórias impressionantes em diferentes segmentos, tanto no setor financeiro quanto em outras disciplinas. É também fundamental que os conselheiros estejam alinhados com a cultura da empresa que representam, claro.

Como compor o conselho?

Para as empresas que levam o conselho administrativo a sério, o caminho para essa composição é como um processo seletivo mesmo, avaliando experiência e trajetória dos candidatos. Não existe uma fórmula única para compor um bom conselho ou então exigência de um currículo específico para ocupar este tipo de cargo. A principal ideia é que sejam pessoas que já enfrentaram desafios similares ao que a empresa vive hoje ou que enfrentará em um futuro próximo, trazendo uma perspectiva singular do que é necessário para lidar com a situação.

O objetivo é ter um grupo bastante diverso, em que cada indivíduo traga uma perspectiva diferente do outro. É assim também que pensamos quando vamos montar um time internamente. Por exemplo, se você tem uma equipe de cinco pessoas e todas pensam da mesma forma, vieram dos mesmos lugares e têm uma experiência parecida, a probabilidade é que as contribuições também sejam muito similares e não complementares, como deveriam ser.

Aqui, é importante dizer que experiência não é sinônimo de idade. Uma pessoa jovem, mas que já tenha uma experiência rica e super relevante, pode ser uma excelente opção de conselheira. O essencial é pensar nessa pluralidade, que é fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

Também há uma conversa muito relevante atualmente sobre a presença de mulheres nos conselhos administrativos. Sabemos que a diversidade no mundo corporativo em geral é muito desafiadora e por isso existe um movimento para aumentar a representatividade feminina nos boards. Essa movimentação é como um primeiro passo para que as iniciativas de D&I (Diversidade e Inclusão) venham da liderança das empresas.

Aqui no Brasil, são pouquíssimas as mulheres com posições em conselhos. Eu já estive no conselho de uma empresa de capital aberto, mas ainda é algo que precisa ser muito incentivado, não só a equidade de gênero, como todas as diversidades, para que a gente de fato veja a pluralidade de pensamentos sendo aplicada nas estratégias das empresas.

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