Não é só passar no vestibular!
Nos diversos eventos, debates e conversas informais que tenho participado junto com outros educadores algumas perguntas são frequentes: “Como manter os alunos motivados e engajados? O que eles, pais e professores esperam da escola? Estamos realmente preparando esta geração para enfrentar os desafios que encontrarão na vida profissional ou somente para passar no vestibular? Este post é resultado de um projeto colaborativo que buscou responder estas e outras perguntas. Há […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2015 às 12h40.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h59.
Nos diversos eventos, debates e conversas informais que tenho participado junto com outros educadores algumas perguntas são frequentes: “Como manter os alunos motivados e engajados? O que eles, pais e professores esperam da escola? Estamos realmente preparando esta geração para enfrentar os desafios que encontrarão na vida profissional ou somente para passar no vestibular?
Este post é resultado de um projeto colaborativo que buscou responder estas e outras perguntas. Há alguns meses fui procurada por Victor Macario, aluno do 2oano do Ensino Médio do Colégio Monteiro Lobato, de São Paulo. Ele, junto com mais 3 colegas, estavam interessados em buscar novos modelos educacionais para apresentar na Mostra Cultural que ocorrerá na escola em setembro.
A escolha do tema é fruto de uma reflexão que fizeram de que a escola atual não atende às suas necessidades, não está conectada aos seus interesses e que não querem que outros alunos passem pela mesma situação. Eles acreditam que este pode ser um bom momento para mostrar à comunidade escolar que há outros modelos educacionais que podem propiciar momentos de aprendizagem significativa aos alunos.
Fiquei instigada com a iniciativa dos estudantes. Afinal, não é toda hora que encontramos jovens dispostos a investigar e questionar a escola com uma proposta construtiva. Convidei-os para uma reunião, que foi acompanhada pelo Vice-Diretor da Escola, Diego Assis, e lancei o desafio: por que vocês não fazem uma pesquisa sobre o tema e depois analisamos os dados para sabermos o que os alunos pensam sobre a escola? Para minha surpresa, eles não só toparam fazer a pesquisa, mas resolveram ampliar o espectro e descobrir o que pais, professores e jovens recém-saídos do sistema educacional também pensam sobre isso.
Terminamos a reunião fazendo a divisão de tarefas entre os diferentes integrantes do grupo de trabalho. Posteriormente, mantivemos um contato contínuo por meio de um grupo no WhatsApp e reuniões por Skype para chegar ao que os próprios alunos apresentam aqui. Durante o projeto, assumi o papel de mentora e todo trabalho foi desenvolvido pelo grupo, desde a elaboração do questionário, a extração e análise dos dados, e, por fim, a redação do artigo que tomo a liberdade de reproduzir abaixo (optei por manter a redação para respeitar a autoria do texto).
Muito falamos em aprendizagem significativa e papel do professor como mediador. Esta experiência configura-se como um exemplo concreto, onde o interesse dos alunos pelo tema levou a oportunidades de desenvolverem competências para pesquisa, leitura e interpretação de diferentes tipos de texto, comunicação e expressão, usar tecnologias digitais e exercer a cidadania. Minha experiência como docente me ajudou a mediar este momento, propondo desafios e ajudando-os a superá-los. A curiosidade e brilho no olhar foram visíveis em todo processo, o que levou o grupo a ter desejo de continuar a trabalhar no projeto, mesmo entrando no período de férias. O texto que eles produziram foi construído após o encerramento das aulas. Querem demonstração de maior motivação do que esta?
A pesquisa foi conduzida através de um questionário publicado na Internet e divulgado pelas redes sociais e outros canais de comunicação. O levantamento obteve 422 respostas, sendo 117 professores, 133 alunos, 108 pais e responsáveis e 64 ex-alunos (jovens que saíram da Educação Básica há menos de 5 anos).
Uma apresentação completa da pesquisa pode ser acessada no Slideshare no link:http://pt.slideshare.net/institutocrescer/a-escola-e-o-sistema-de-educao-brasileiro-resultados-da-pesquisa
Vamos ao texto dos alunos que traz osresultados da pesquisa, alguns deles surpreendentes, como o vestibular não ser o principal foco da escola para 100% dos pais e professores e liderar a lista de prioridades para apenas 12% dos alunos.
Confiram:
A Escola e o Sistema de Educação Brasileiro
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção” (Paulo Freire)
Após uma aula muito desmotivadora, formamos um grupo de colegas e resolvemos começar a entender a educação e a escola hoje em dia. Pensamos então em realizar um trabalho sobre o assunto e apresentar na feira cultural realizada no colégio. Começamos a pesquisar para ficarmos mais informados. Encontramos vários artigos, vídeos, documentários, mas um, em particular, chamou muito nossa atenção – “Pelo fim da sala de aula”, da Doutora Luciana Maria Allan.
O conteúdo era muito bom e descrevia bem a realidade da educação atual. Resolvemos entrar em contato com a autora, para que pudesse nos ajudar a realizar o trabalho. Conseguimos o contato e mandamos o e-mail. Ela nos respondeu prontamente, aceitando a proposta de nos ajudar.
Alguns dias depois recebemos um convite inesperado de visitar o Instituto Crescer, do qual ela é diretora, para fazermos uma reunião. Fomos recebidos pela Luciana e apresentamos o que pretendíamos com nosso trabalho. Então, resolvemos fazer uma pesquisa para avaliar a satisfação da sociedade (alunos, professores, pais e ex-alunos) sobre a educação brasileira. Os resultados foram interessantes e alguns bem surpreendentes.
Confiram os principais:
DESMOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES
Os resultados da pesquisa mostraram que 34.2% dos professores estão desmotivados. Percebe-se pelas respostas que amam o que fazem, mas alguns aspectos os deixam desmotivados. Entre os mais citados estão baixos salários, péssimas condições de trabalho e o desinteresse dos alunos. Ao serem perguntados sobre como classificariam sua rotina, a maioria respondeu negativamente, destacando-se um deles, que resumiu como sendo “doentia”.
INFELICIDADE DENTRO DA SALA DE AULA
Os dados da pesquisa mostram também que 96.6% dos professores acreditam que eles não devem ser os únicos detentores do conhecimento, o que se reflete no descontentamento por parte dos alunos – 86.5% deles querem ter mais autonomia para escolher o que estudar e como estudar. 90% dos alunos também querem realizar atividades de aprendizagem fora da sala de aula, um dado que nos mostra o quão chato deve ser para um jovem passar uma manhã inteira sentado em uma carteira escolar.
PASSAR NO VESTIBULAR NÃO É O FOCO
Pelo menos é o que 100% dos pais e professores responderam sobre para o que, na visão deles, a escola deve capacitar o aluno. Entre os professores, “ser um bom cidadão” foi visto como o item mais importante por 31.6% dos docentes entrevistados. A maioria dos pais (55%) e alunos (33.1%) acredita que a escola deve principalmente desenvolver o aluno intelectualmente. O que mais impressiona é que entre 225 professores e pais, nenhum respondeu “passar no vestibular” e somente 12% dos alunos colocaram o vestibular como principal foco.
O QUE É FUNDAMENTAL PARA QUE HAJA APRENDIZAGEM?
Os resultados mostram que 31.6% dos professores acham que o interesse do aluno é fundamental para que ocorra aprendizagem. Já os alunos (34.6%) e os pais (34.3%) consideram que a metodologia de ensino é fundamental para que haja aprendizagem.
A INTERESSANTE MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS
Os dados mostram que 57% dos alunos estão motivados para ir à escola, mas é interessante observar que quando perguntados sobre o que os motiva, 26.8% responderam que são os amigos.
MUDANÇAS DEVERIAM OCORRER?
Quando questionados se são a favor de mudanças no sistema de ensino brasileiro, 96.4% dos alunos responderam a favor, 95.3% dos professores responderam positivamente e os pais favoráveis foram 95%.
Conseguimos 422 respostas para nossa pesquisa, sendo 117 professores, 133 alunos, 108 pais e 64 ex-alunos.
Destacamos duas respostas, uma de uma aluna e outra de uma professora, em relação às mudanças no sistema de ensino brasileiro:
“Que eu pudesse ter a liberdade de escolher o que fazer e quando fazer e que eu não fosse pressionada pelo sistema de educação. E que fosse muito mais do que passar em uma prova com o sistema falho (vestibular), que na verdade só existe porque tem uma máfia muito grande por trás disso e que traz muitos lucros para o governo, cursinhos, livros e a taxa de inscrição para fazer essa prova que pode decidir o seu futuro, o que não faz sentido para mim. Uma prova não pode me qualificar como capaz ou não de entrar no mercado de trabalho ou em uma instituição de ensino. Acredito que somos muito mais do que uma prova e a escola precisa parar de nos preparar para uma prova e nos preparar para a vida, ser intelectual, mas não por causa do vestibular e sim ser intelectual e inteligente para sermos capazes de conversar sobre qualquer assunto e sermos pessoas interessantes. Socializarmos melhor e participar da vida política etc.”
“Para que o plano de educação chegue até os alunos com eficiência, para começar as verbas destinadas à educação devem ser gastas de maneira inteligente. Muitas vezes vemos trocar carteiras das escolas sem necessidade, quando ainda trabalhamos com lousa e giz. Todos os cargos devem ser de efetivo e por concurso, inclusive coordenação e vice-direção. Cargos de comissão dão brecha para acertos políticos. Os professores são, infelizmente, mal remunerados, o que faz com que trabalhem em dois cargos ou mais, reduzindo seu tempo para estudar, planejar e elaborar aulas diversificadas. Esse ponto é importante também para chamar outros profissionais para a educação, pois o baixo salário e as condições precárias assustam outros profissionais e o déficit prejudica a organização escolar”.
CONCLUSÃO:
Deixamos para que cada um possa fazer sua própria reflexão sobre o assunto e sobre os dados. Ressaltamos apenas que muitos querem mudanças e não estão felizes com este sistema de ensino brasileiro. A escola tem que ser uma das instituições mais valorizadas. Ela é fundamental na hora de formar cidadãos.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”
(Nelson Mandela)
Caio Muniz de Sousa, Fernando Padoin Andrade de Oliveira, Gustavo Henrique Crisostomo Serafim e Victor Marques Macario, alunos do 2oano do Ensino Médio do Colégio Monteiro Lobato na cidade de São Paulo.
Nos diversos eventos, debates e conversas informais que tenho participado junto com outros educadores algumas perguntas são frequentes: “Como manter os alunos motivados e engajados? O que eles, pais e professores esperam da escola? Estamos realmente preparando esta geração para enfrentar os desafios que encontrarão na vida profissional ou somente para passar no vestibular?
Este post é resultado de um projeto colaborativo que buscou responder estas e outras perguntas. Há alguns meses fui procurada por Victor Macario, aluno do 2oano do Ensino Médio do Colégio Monteiro Lobato, de São Paulo. Ele, junto com mais 3 colegas, estavam interessados em buscar novos modelos educacionais para apresentar na Mostra Cultural que ocorrerá na escola em setembro.
A escolha do tema é fruto de uma reflexão que fizeram de que a escola atual não atende às suas necessidades, não está conectada aos seus interesses e que não querem que outros alunos passem pela mesma situação. Eles acreditam que este pode ser um bom momento para mostrar à comunidade escolar que há outros modelos educacionais que podem propiciar momentos de aprendizagem significativa aos alunos.
Fiquei instigada com a iniciativa dos estudantes. Afinal, não é toda hora que encontramos jovens dispostos a investigar e questionar a escola com uma proposta construtiva. Convidei-os para uma reunião, que foi acompanhada pelo Vice-Diretor da Escola, Diego Assis, e lancei o desafio: por que vocês não fazem uma pesquisa sobre o tema e depois analisamos os dados para sabermos o que os alunos pensam sobre a escola? Para minha surpresa, eles não só toparam fazer a pesquisa, mas resolveram ampliar o espectro e descobrir o que pais, professores e jovens recém-saídos do sistema educacional também pensam sobre isso.
Terminamos a reunião fazendo a divisão de tarefas entre os diferentes integrantes do grupo de trabalho. Posteriormente, mantivemos um contato contínuo por meio de um grupo no WhatsApp e reuniões por Skype para chegar ao que os próprios alunos apresentam aqui. Durante o projeto, assumi o papel de mentora e todo trabalho foi desenvolvido pelo grupo, desde a elaboração do questionário, a extração e análise dos dados, e, por fim, a redação do artigo que tomo a liberdade de reproduzir abaixo (optei por manter a redação para respeitar a autoria do texto).
Muito falamos em aprendizagem significativa e papel do professor como mediador. Esta experiência configura-se como um exemplo concreto, onde o interesse dos alunos pelo tema levou a oportunidades de desenvolverem competências para pesquisa, leitura e interpretação de diferentes tipos de texto, comunicação e expressão, usar tecnologias digitais e exercer a cidadania. Minha experiência como docente me ajudou a mediar este momento, propondo desafios e ajudando-os a superá-los. A curiosidade e brilho no olhar foram visíveis em todo processo, o que levou o grupo a ter desejo de continuar a trabalhar no projeto, mesmo entrando no período de férias. O texto que eles produziram foi construído após o encerramento das aulas. Querem demonstração de maior motivação do que esta?
A pesquisa foi conduzida através de um questionário publicado na Internet e divulgado pelas redes sociais e outros canais de comunicação. O levantamento obteve 422 respostas, sendo 117 professores, 133 alunos, 108 pais e responsáveis e 64 ex-alunos (jovens que saíram da Educação Básica há menos de 5 anos).
Uma apresentação completa da pesquisa pode ser acessada no Slideshare no link:http://pt.slideshare.net/institutocrescer/a-escola-e-o-sistema-de-educao-brasileiro-resultados-da-pesquisa
Vamos ao texto dos alunos que traz osresultados da pesquisa, alguns deles surpreendentes, como o vestibular não ser o principal foco da escola para 100% dos pais e professores e liderar a lista de prioridades para apenas 12% dos alunos.
Confiram:
A Escola e o Sistema de Educação Brasileiro
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção” (Paulo Freire)
Após uma aula muito desmotivadora, formamos um grupo de colegas e resolvemos começar a entender a educação e a escola hoje em dia. Pensamos então em realizar um trabalho sobre o assunto e apresentar na feira cultural realizada no colégio. Começamos a pesquisar para ficarmos mais informados. Encontramos vários artigos, vídeos, documentários, mas um, em particular, chamou muito nossa atenção – “Pelo fim da sala de aula”, da Doutora Luciana Maria Allan.
O conteúdo era muito bom e descrevia bem a realidade da educação atual. Resolvemos entrar em contato com a autora, para que pudesse nos ajudar a realizar o trabalho. Conseguimos o contato e mandamos o e-mail. Ela nos respondeu prontamente, aceitando a proposta de nos ajudar.
Alguns dias depois recebemos um convite inesperado de visitar o Instituto Crescer, do qual ela é diretora, para fazermos uma reunião. Fomos recebidos pela Luciana e apresentamos o que pretendíamos com nosso trabalho. Então, resolvemos fazer uma pesquisa para avaliar a satisfação da sociedade (alunos, professores, pais e ex-alunos) sobre a educação brasileira. Os resultados foram interessantes e alguns bem surpreendentes.
Confiram os principais:
DESMOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES
Os resultados da pesquisa mostraram que 34.2% dos professores estão desmotivados. Percebe-se pelas respostas que amam o que fazem, mas alguns aspectos os deixam desmotivados. Entre os mais citados estão baixos salários, péssimas condições de trabalho e o desinteresse dos alunos. Ao serem perguntados sobre como classificariam sua rotina, a maioria respondeu negativamente, destacando-se um deles, que resumiu como sendo “doentia”.
INFELICIDADE DENTRO DA SALA DE AULA
Os dados da pesquisa mostram também que 96.6% dos professores acreditam que eles não devem ser os únicos detentores do conhecimento, o que se reflete no descontentamento por parte dos alunos – 86.5% deles querem ter mais autonomia para escolher o que estudar e como estudar. 90% dos alunos também querem realizar atividades de aprendizagem fora da sala de aula, um dado que nos mostra o quão chato deve ser para um jovem passar uma manhã inteira sentado em uma carteira escolar.
PASSAR NO VESTIBULAR NÃO É O FOCO
Pelo menos é o que 100% dos pais e professores responderam sobre para o que, na visão deles, a escola deve capacitar o aluno. Entre os professores, “ser um bom cidadão” foi visto como o item mais importante por 31.6% dos docentes entrevistados. A maioria dos pais (55%) e alunos (33.1%) acredita que a escola deve principalmente desenvolver o aluno intelectualmente. O que mais impressiona é que entre 225 professores e pais, nenhum respondeu “passar no vestibular” e somente 12% dos alunos colocaram o vestibular como principal foco.
O QUE É FUNDAMENTAL PARA QUE HAJA APRENDIZAGEM?
Os resultados mostram que 31.6% dos professores acham que o interesse do aluno é fundamental para que ocorra aprendizagem. Já os alunos (34.6%) e os pais (34.3%) consideram que a metodologia de ensino é fundamental para que haja aprendizagem.
A INTERESSANTE MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS
Os dados mostram que 57% dos alunos estão motivados para ir à escola, mas é interessante observar que quando perguntados sobre o que os motiva, 26.8% responderam que são os amigos.
MUDANÇAS DEVERIAM OCORRER?
Quando questionados se são a favor de mudanças no sistema de ensino brasileiro, 96.4% dos alunos responderam a favor, 95.3% dos professores responderam positivamente e os pais favoráveis foram 95%.
Conseguimos 422 respostas para nossa pesquisa, sendo 117 professores, 133 alunos, 108 pais e 64 ex-alunos.
Destacamos duas respostas, uma de uma aluna e outra de uma professora, em relação às mudanças no sistema de ensino brasileiro:
“Que eu pudesse ter a liberdade de escolher o que fazer e quando fazer e que eu não fosse pressionada pelo sistema de educação. E que fosse muito mais do que passar em uma prova com o sistema falho (vestibular), que na verdade só existe porque tem uma máfia muito grande por trás disso e que traz muitos lucros para o governo, cursinhos, livros e a taxa de inscrição para fazer essa prova que pode decidir o seu futuro, o que não faz sentido para mim. Uma prova não pode me qualificar como capaz ou não de entrar no mercado de trabalho ou em uma instituição de ensino. Acredito que somos muito mais do que uma prova e a escola precisa parar de nos preparar para uma prova e nos preparar para a vida, ser intelectual, mas não por causa do vestibular e sim ser intelectual e inteligente para sermos capazes de conversar sobre qualquer assunto e sermos pessoas interessantes. Socializarmos melhor e participar da vida política etc.”
“Para que o plano de educação chegue até os alunos com eficiência, para começar as verbas destinadas à educação devem ser gastas de maneira inteligente. Muitas vezes vemos trocar carteiras das escolas sem necessidade, quando ainda trabalhamos com lousa e giz. Todos os cargos devem ser de efetivo e por concurso, inclusive coordenação e vice-direção. Cargos de comissão dão brecha para acertos políticos. Os professores são, infelizmente, mal remunerados, o que faz com que trabalhem em dois cargos ou mais, reduzindo seu tempo para estudar, planejar e elaborar aulas diversificadas. Esse ponto é importante também para chamar outros profissionais para a educação, pois o baixo salário e as condições precárias assustam outros profissionais e o déficit prejudica a organização escolar”.
CONCLUSÃO:
Deixamos para que cada um possa fazer sua própria reflexão sobre o assunto e sobre os dados. Ressaltamos apenas que muitos querem mudanças e não estão felizes com este sistema de ensino brasileiro. A escola tem que ser uma das instituições mais valorizadas. Ela é fundamental na hora de formar cidadãos.
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”
(Nelson Mandela)
Caio Muniz de Sousa, Fernando Padoin Andrade de Oliveira, Gustavo Henrique Crisostomo Serafim e Victor Marques Macario, alunos do 2oano do Ensino Médio do Colégio Monteiro Lobato na cidade de São Paulo.