Os grandes dilemas da economia em 2021 e a mangueira de Roosevelt
O Brasil, a despeito dos catastrofistas de plantão, está longe de uma hecatombe, apesar dos enormes desacertos do Ministério da Saúde no combate à Covid-19
André Martins
Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 11h18.
O Brasil está em chamas: investidores internacionais em fuga, bolsa em queda expressiva, taxa de desemprego atinge 25%, desordem nas ruas, cerca de 500 mil mortes causadas pela covid-19, o ministro Paulo Guedes é um impostor, segundo alguns analistas e a economia vai entrar em colapso. Se você leu até aqui essas previsões, veja que estas insanidades lembram uma dica de um grande escritor e cronista americano do fim do século XIX. Ele, notívago por excelência, ensinava, com fina ironia, que acordar com os passarinhos (antes das 4h) fazia bem à saúde, o que se tratava de uma estupidez.
Pois um sujeito, que seguiu à risca esta máxima, trombou com um cavalo na madrugada. Mark Twain não perdia uma oportunidade para ironizar verdades absolutas, no seu imperdível livro “Dicas úteis para uma vida fútil”. Portanto, a tese de que acordar muito cedo para ficar mais saudável é tão verdadeira quanto as previsões baseadas em dogmas e não na ciência econômica e política.
O Brasil, a despeito dos catastrofistas de plantão, está longe de uma hecatombe, apesar dos enormes desacertos do Ministério da Saúde no combate à Covid-19. Os indicadores de inadimplência seguem uma curva de queda desde agosto, a agricultura terá uma safra recorde (260 milhões de toneladas de grãos) e, como se sabe, o governo federal antecipou o 13º salário deste ano para os aposentados e os pensionistas do INSS e o abono salarial, o correspondente a uma vez e meia a todo programa Bolsa Família deste ano. São R$ 55 bilhões. Mas há problemas à vista.
Segmentos importantes, que cresceram na esteira de gastos públicos necessários, como o de resinas plásticas e o de materiais de construção, podem apresentar números medíocres. O gás de cozinha, que se expandiu 3%, deve sofrer uma redução. A Selic, a taxa de juros básica do Banco Central, permanecerá em 2% ao ano até meados de junho, o que é muito positivo. A liberação de R$ 250 bilhões em compulsórios irrigou, ano passado, o sistema financeiro, ainda que grandes bancos tenham retido parte dos recursos. O Brasil está barato e atrativo para o investidor estrangeiro desde que o governo transmita confiança no combate à Covid-19. Falta gestão, o que irrita a área econômica.
No último fim de semana e no feriado de São Sebastião (dia 20), as praias lotadas na cidade do Rio eram o retrato do descaso: os banhistas iam para a casa sem máscara e debochavam de qualquer repressão. “Meu corpo minhas regras”, diziam aos risos. A frase de Michael Foucault, dita pelo filósofo francês no contexto libertário dos anos 1960, virou um triste refrão, ao ser disseminada pela internet. Em Nova York e em Londres, os cidadãos repreendem os irresponsáveis que circulam sem máscaras. As polícias usam a repressão do bem. Não tem papinho. Ah, o novo prefeito não teve o apoio de Bolsonaro.
É preciso voltar no tempo e o ministro Paulo Guedes, ao contrário de boa parte do mercado financeiro, não tem memória curta. Pelo contrário, ele conheceu a prática em 1983, na antiga distribuidora Pactual, situada na rua Sete de Setembro, 71, no edifício apelidado de Hulk, Centro do Rio, em função da cor verde, usada nas marquises de proteção às vidraças. Foi um ano de recessão aguda. Duríssimo. Muitas empresas quebraram e bancos desapareceram do mercado.
E o que isso significa, cara leitora e caro leitor?
Confiança, confiança e confiança. Esta palavra, repetida por três vezes, serviu como pano de fundo para o presidente Franklin Delano Roosevelt, que, sob o descrédito dos grandes empresários, assumira a presidência dos Estados Unidos, em 1932. Apenas Abraham Lincoln, assassinado no exercício do mandato, em 1862, herdara um país tão destruído. Lincoln era um republicano conciliador, enquanto FDR – como era conhecido - vestia o figurino de um democrata moderado, como Joe Biden.
A situação americana era catastrófica e, embora não houvesse um vírus, predominava uma rara combinação de uma grande guerra bacteriana: depressão econômica, mercado de capitais destruído, bancos em naufrágio, e, sobretudo, a ausência de esperança. Desconfiança absoluta do investidor. O filho da elite da Nova York ganhara uma eleição de um corrupto e tinha como herança a sucessão de governantes irresponsáveis nos anos 1920, que deixam a Bolsa de Nova York quebrar na famosa crise de 1929. Vendas irregulares, papéis falsos e todo o tipo de patifaria dominavam a bolsa e a política. Notáveis escritores descrevem o crepúsculo dos EUA nos anos 1920.
O fato é que FDR, conforme relata a enxuta e competente biografia de Lord Roy Jenkins, morre em abril de 1945, durante o seu inédito quarto mandato, compondo com os republicanos para manter as condições de governabilidade e a entrada dos Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial, o que reforçou as grandes manobras militares dos ingleses na vitória contra o nazismo e o fascismo.
Confiança é uma palavra chave não apenas para governos, mas, sobretudo, no mercado financeiro. Bancos, como ensina vasta literatura econômica, quebram em 24 horas, da mesma forma que gestores de recursos veem seus fundos desidratarem em menos de 30 dias, dependendo do prazo de resgate.
Paulo Guedes, o maestro da Economia, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, são a garantia de que o pais poderá ter uma economia vigorosa para ultrapassar 2021 desde que dialogue com o Congresso para a aprovação de reformas, sobretudo a administrativa e a PEC Emergencial.
Mas, na prática, voltou firme a ideia do horroroso imposto CPMF em troca da desoneração da folha de pagamentos. A crise fiscal bateu firme à porta do país. Guedes não fala nem para si mesmo, mas sabe que a ampla reforma tributária, sem um presidente com muito protagonismo, terá muitas dificuldades em ser aprovada mesmo com a vitória de Arthur Lyra (PP-AL) para o comando da Câmara dos Deputados. Lyra tem chances desde que o governo demonstre proficiência no ataque ao coronavírus.
A dupla, Guedes, um carioca que estudou em Minas Gerais e em Chicago, e Campos Neto, outro carioca que estudou na Universidade da Califórnia, são as grandes âncoras da estabilidade monetária e fiscal. Campos como o responsável por acelerar programas que criam a competição bancária, enquanto Guedes tendo liderado a reforma da Previdência e em busca permanente por mudanças estruturais. Bolsonaro teve os votos e ganhou as eleições de forma limpa, tendo o reconhecimento de chefes de Estado do mundo. Bem oposto ao seu comportamento na vitória também limpa de Joe Biden.
Bolsonaro, eleito numa plataforma liberal, por vezes dá sinais que confundem o seu eleitor. Tome-se o exemplo das terras. O presidente vetará projeto de lei que facilita a venda de terras a estrangeiros por temor de ocorrer uma enxurrada de investidores internacionais querendo comprar o Brasil. O avô do presidente do BC dizia: “Mais um nacionalisteiro para atrasar o Brasil”. Era dessa forma que Roberto Campos se referia à reserva de mercado em informática às empresas nacionais, liderada por alguns militares e empresários espertos, o que fez o Brasil ficar uma década atrás no quesito inovação e tecnologia. Tristes trópicos.
O que o país precisa é de abandonar velhos modelos - alguns abusam do marketing para tratar de assuntos de interesse público. A vacina não tem dono. É de todos. Manipulam a opinião pública como em um seminário voltado a pretensos empresários. Um palco para tolos. Com todo o respeito.
Roosevelt falava que era preciso abandonar “o estúpido, o tolo, o velho cifrão”. E produziu uma das mais famosas comparações do século XX, segundo Jenkins:
“Olhem, vou lhes dar um exemplo. Suponham que a casa de meu vizinho pegou fogo e eu tenho uma mangueira de jardim a uns cem metros de distância. Se levar minha mangueira e ligá-la ao hidrante dele, posso ajudá-lo a apagar o fogo. Que faço então? Não vou dizer antes de correr e ajudá-lo: ‘Vizinho, minha mangueira custou-me 15 dólares, dê-me aí 15 dólares por ela. Que trato acontece então? Não quero os 15 dólares, quero a minha mangueira de volta depois que o fogo for apagado. Tudo bem. Se ela resistir ao fogo sem se estragar, ele me devolve e agradece ter podido usá-la. Mas suponhamos que se estrague tudo durante o incêndio, com furos, essas coisas; não vamos ficar com muita formalidade a respeito. Ele diz: ‘Tudo bem, dou-lhe outra nova’. Então se eu tiver uma boa mangueira de volta, ficarei muito bem”.
A mangueira é a nossa corrente para salvar vidas e impor políticas públicas responsáveis. O mundo dos negócios, o mercado, as empresas e os donos de quitandas torcem por isso. O país tem todas as oportunidades para crescer 4,5% neste ano e minimizar os efeitos perversos causados pelo novo coronavírus. “É sangue, labuta, suor e lágrimas”, na verdadeira frase de Churchill que empolgou os ingleses, em 1940.
O Brasil quer menos: basta começar a fazer as reformas que o mundo, líquido em recursos de trilhões de dólares, aportará dólares aqui. A equipe econômica transmite credibilidade e competência. A permanência do presidente do Banco do Brasil foi uma demonstração importante de que é possível gerir um grande banco público e aceitar as naturais pressões políticas.
O Brasil nunca esteve em chamas. “Mente quem diz que a lua é velha”, como cantava o grupo carioca MPB-4.
Coriolano Gatto é jornalista e colunista da EXAME
O Brasil está em chamas: investidores internacionais em fuga, bolsa em queda expressiva, taxa de desemprego atinge 25%, desordem nas ruas, cerca de 500 mil mortes causadas pela covid-19, o ministro Paulo Guedes é um impostor, segundo alguns analistas e a economia vai entrar em colapso. Se você leu até aqui essas previsões, veja que estas insanidades lembram uma dica de um grande escritor e cronista americano do fim do século XIX. Ele, notívago por excelência, ensinava, com fina ironia, que acordar com os passarinhos (antes das 4h) fazia bem à saúde, o que se tratava de uma estupidez.
Pois um sujeito, que seguiu à risca esta máxima, trombou com um cavalo na madrugada. Mark Twain não perdia uma oportunidade para ironizar verdades absolutas, no seu imperdível livro “Dicas úteis para uma vida fútil”. Portanto, a tese de que acordar muito cedo para ficar mais saudável é tão verdadeira quanto as previsões baseadas em dogmas e não na ciência econômica e política.
O Brasil, a despeito dos catastrofistas de plantão, está longe de uma hecatombe, apesar dos enormes desacertos do Ministério da Saúde no combate à Covid-19. Os indicadores de inadimplência seguem uma curva de queda desde agosto, a agricultura terá uma safra recorde (260 milhões de toneladas de grãos) e, como se sabe, o governo federal antecipou o 13º salário deste ano para os aposentados e os pensionistas do INSS e o abono salarial, o correspondente a uma vez e meia a todo programa Bolsa Família deste ano. São R$ 55 bilhões. Mas há problemas à vista.
Segmentos importantes, que cresceram na esteira de gastos públicos necessários, como o de resinas plásticas e o de materiais de construção, podem apresentar números medíocres. O gás de cozinha, que se expandiu 3%, deve sofrer uma redução. A Selic, a taxa de juros básica do Banco Central, permanecerá em 2% ao ano até meados de junho, o que é muito positivo. A liberação de R$ 250 bilhões em compulsórios irrigou, ano passado, o sistema financeiro, ainda que grandes bancos tenham retido parte dos recursos. O Brasil está barato e atrativo para o investidor estrangeiro desde que o governo transmita confiança no combate à Covid-19. Falta gestão, o que irrita a área econômica.
No último fim de semana e no feriado de São Sebastião (dia 20), as praias lotadas na cidade do Rio eram o retrato do descaso: os banhistas iam para a casa sem máscara e debochavam de qualquer repressão. “Meu corpo minhas regras”, diziam aos risos. A frase de Michael Foucault, dita pelo filósofo francês no contexto libertário dos anos 1960, virou um triste refrão, ao ser disseminada pela internet. Em Nova York e em Londres, os cidadãos repreendem os irresponsáveis que circulam sem máscaras. As polícias usam a repressão do bem. Não tem papinho. Ah, o novo prefeito não teve o apoio de Bolsonaro.
É preciso voltar no tempo e o ministro Paulo Guedes, ao contrário de boa parte do mercado financeiro, não tem memória curta. Pelo contrário, ele conheceu a prática em 1983, na antiga distribuidora Pactual, situada na rua Sete de Setembro, 71, no edifício apelidado de Hulk, Centro do Rio, em função da cor verde, usada nas marquises de proteção às vidraças. Foi um ano de recessão aguda. Duríssimo. Muitas empresas quebraram e bancos desapareceram do mercado.
E o que isso significa, cara leitora e caro leitor?
Confiança, confiança e confiança. Esta palavra, repetida por três vezes, serviu como pano de fundo para o presidente Franklin Delano Roosevelt, que, sob o descrédito dos grandes empresários, assumira a presidência dos Estados Unidos, em 1932. Apenas Abraham Lincoln, assassinado no exercício do mandato, em 1862, herdara um país tão destruído. Lincoln era um republicano conciliador, enquanto FDR – como era conhecido - vestia o figurino de um democrata moderado, como Joe Biden.
A situação americana era catastrófica e, embora não houvesse um vírus, predominava uma rara combinação de uma grande guerra bacteriana: depressão econômica, mercado de capitais destruído, bancos em naufrágio, e, sobretudo, a ausência de esperança. Desconfiança absoluta do investidor. O filho da elite da Nova York ganhara uma eleição de um corrupto e tinha como herança a sucessão de governantes irresponsáveis nos anos 1920, que deixam a Bolsa de Nova York quebrar na famosa crise de 1929. Vendas irregulares, papéis falsos e todo o tipo de patifaria dominavam a bolsa e a política. Notáveis escritores descrevem o crepúsculo dos EUA nos anos 1920.
O fato é que FDR, conforme relata a enxuta e competente biografia de Lord Roy Jenkins, morre em abril de 1945, durante o seu inédito quarto mandato, compondo com os republicanos para manter as condições de governabilidade e a entrada dos Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial, o que reforçou as grandes manobras militares dos ingleses na vitória contra o nazismo e o fascismo.
Confiança é uma palavra chave não apenas para governos, mas, sobretudo, no mercado financeiro. Bancos, como ensina vasta literatura econômica, quebram em 24 horas, da mesma forma que gestores de recursos veem seus fundos desidratarem em menos de 30 dias, dependendo do prazo de resgate.
Paulo Guedes, o maestro da Economia, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, são a garantia de que o pais poderá ter uma economia vigorosa para ultrapassar 2021 desde que dialogue com o Congresso para a aprovação de reformas, sobretudo a administrativa e a PEC Emergencial.
Mas, na prática, voltou firme a ideia do horroroso imposto CPMF em troca da desoneração da folha de pagamentos. A crise fiscal bateu firme à porta do país. Guedes não fala nem para si mesmo, mas sabe que a ampla reforma tributária, sem um presidente com muito protagonismo, terá muitas dificuldades em ser aprovada mesmo com a vitória de Arthur Lyra (PP-AL) para o comando da Câmara dos Deputados. Lyra tem chances desde que o governo demonstre proficiência no ataque ao coronavírus.
A dupla, Guedes, um carioca que estudou em Minas Gerais e em Chicago, e Campos Neto, outro carioca que estudou na Universidade da Califórnia, são as grandes âncoras da estabilidade monetária e fiscal. Campos como o responsável por acelerar programas que criam a competição bancária, enquanto Guedes tendo liderado a reforma da Previdência e em busca permanente por mudanças estruturais. Bolsonaro teve os votos e ganhou as eleições de forma limpa, tendo o reconhecimento de chefes de Estado do mundo. Bem oposto ao seu comportamento na vitória também limpa de Joe Biden.
Bolsonaro, eleito numa plataforma liberal, por vezes dá sinais que confundem o seu eleitor. Tome-se o exemplo das terras. O presidente vetará projeto de lei que facilita a venda de terras a estrangeiros por temor de ocorrer uma enxurrada de investidores internacionais querendo comprar o Brasil. O avô do presidente do BC dizia: “Mais um nacionalisteiro para atrasar o Brasil”. Era dessa forma que Roberto Campos se referia à reserva de mercado em informática às empresas nacionais, liderada por alguns militares e empresários espertos, o que fez o Brasil ficar uma década atrás no quesito inovação e tecnologia. Tristes trópicos.
O que o país precisa é de abandonar velhos modelos - alguns abusam do marketing para tratar de assuntos de interesse público. A vacina não tem dono. É de todos. Manipulam a opinião pública como em um seminário voltado a pretensos empresários. Um palco para tolos. Com todo o respeito.
Roosevelt falava que era preciso abandonar “o estúpido, o tolo, o velho cifrão”. E produziu uma das mais famosas comparações do século XX, segundo Jenkins:
“Olhem, vou lhes dar um exemplo. Suponham que a casa de meu vizinho pegou fogo e eu tenho uma mangueira de jardim a uns cem metros de distância. Se levar minha mangueira e ligá-la ao hidrante dele, posso ajudá-lo a apagar o fogo. Que faço então? Não vou dizer antes de correr e ajudá-lo: ‘Vizinho, minha mangueira custou-me 15 dólares, dê-me aí 15 dólares por ela. Que trato acontece então? Não quero os 15 dólares, quero a minha mangueira de volta depois que o fogo for apagado. Tudo bem. Se ela resistir ao fogo sem se estragar, ele me devolve e agradece ter podido usá-la. Mas suponhamos que se estrague tudo durante o incêndio, com furos, essas coisas; não vamos ficar com muita formalidade a respeito. Ele diz: ‘Tudo bem, dou-lhe outra nova’. Então se eu tiver uma boa mangueira de volta, ficarei muito bem”.
A mangueira é a nossa corrente para salvar vidas e impor políticas públicas responsáveis. O mundo dos negócios, o mercado, as empresas e os donos de quitandas torcem por isso. O país tem todas as oportunidades para crescer 4,5% neste ano e minimizar os efeitos perversos causados pelo novo coronavírus. “É sangue, labuta, suor e lágrimas”, na verdadeira frase de Churchill que empolgou os ingleses, em 1940.
O Brasil quer menos: basta começar a fazer as reformas que o mundo, líquido em recursos de trilhões de dólares, aportará dólares aqui. A equipe econômica transmite credibilidade e competência. A permanência do presidente do Banco do Brasil foi uma demonstração importante de que é possível gerir um grande banco público e aceitar as naturais pressões políticas.
O Brasil nunca esteve em chamas. “Mente quem diz que a lua é velha”, como cantava o grupo carioca MPB-4.
Coriolano Gatto é jornalista e colunista da EXAME