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Como o PT criou Bolsonaro?

Bolsonaro ganha adeptos por uma razão simples: é melhor jogar na loteria com chance baixíssima de ganhar do que entrar em um barco que certamente afundará

BOLSONARO: candidato ganha eleitores que se desiludiram com partidos e candidatos tradicionais / Rodolfo Buhrer | Reuters (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 13h11.

Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 16h25.

Fortalecer a democracia em uma nação emergente equivale a fazer reformas estruturais para destravar a economia. É impossível conseguir isso se as forças políticas não negociarem implícita ou explicitamente uma espécie de acordo sobre diagnósticos, direção dos ajustes e pilares da política macroeconômica. Ao defender um aumento da participação do estado por mais tributação visando atenuar desigualdades, por exemplo, é preciso reconhecer e levar em consideração que essa escolha pode ter efeitos colaterais perversos sobre a competitividade. Se todos entenderem mais ou menos os dilemas é mais fácil encontrar um ponto de equilíbrio para avançar.

O desenvolvimento presume igualmente a existência de normas e regras aceitas pela maioria para contrapor ideias e resolver controvérsias. A realidade deve ser acompanhada por meio de dados objetivos compilados por fontes confiáveis. Não pode haver espaço para “verdades alternativas”. Só assim é possível isolar dos argumentos a parcela normativa em torno da qual se dá a política. A necessidade de reformar a previdência, por exemplo, deriva de mudanças demográficas e do fato de que o país é uma jabuticaba em termos do tamanho dos dispêndios com aposentados. Trata-se aqui de dados de domínio público, encontrados facilmente. Ninguém é obrigado a concordar com essa ou aquela proposta específica, mas negar o problema e sua urgência fazendo fumaça com convenções contábeis, por exemplo, é desonesto e atrapalha o progresso.

Por fim, deve-se concordar que não há avanço possível sem garantias de que os custos das reformas serão distribuídos de forma justa e que haverá medidas de alívio para as camadas afetadas – até mesmo as que perdem pela eliminação de distorções abomináveis. Tome-se o caso de iniciativas de desburocratização e simplificação. Reformas importantíssimas como essas dificilmente andarão se as perdas de quem ganha com a complexidade não forem levadas em conta, pois esses segmentos tendem a ser bem organizados. O lobby dos cartórios, por exemplo, não concorda com o uso de duplicatas eletrônicas e com o cadastro positivo. A elite do funcionalismo público desfruta de privilégios imorais. Há inúmeros direitos que atrasam o país, mas só é possível mudar negociando compensações.

Há dez anos mais ou menos, a jovem democracia brasileira andava na direção correta. Tinha diversas imperfeições, é claro, mas parecia existir o embrião de um consenso que apontava para o desenvolvimento, especialmente quando Lula redigiu a famosa Carta aos Brasileiros. Infelizmente, no entanto, degringolamos epicamente nos últimos anos até chegar ao estágio atual em que apenas fingimos viver em uma nação saudável, pois o debate não preenche nenhum dos requisitos acima. O Brasil patina miseravelmente, desperdiçando tempo negando o que é óbvio. Ideias heterodoxas estapafúrdias foram desenterradas. Há “experts” inescrupulosos que emprestam suas credenciais para a defesa de qualquer coisa, propagando lixo e desinformação, às vezes em espaços nobres. Persiste uma enorme sensação de impunidade e de insegurança jurídica. Tudo parece ser possível para alguns. O diálogo democrático transformou-se em um jogo de empurra-empurra para ver quem aplica o calote em quem. Como chegamos a este ponto?

O país avançou muito com Lula, mas dentre suas pisadas na bola talvez a maior tenha sido forçar a barra nas eleições de 2010, entregando a economia superaquecida para uma nulidade (porque ele queria voltar em 2014). Se fôssemos um país maduro (como se imaginava na época), a política econômica deveria ter avançado em três frentes. Primeiro, as políticas monetária e creditícia deveriam ter sido apertadas e os estímulos anticíclicos retirados para controlar a inflação. Segundo, os esforços da política fiscal deveriam ter sido concentrados na melhoria da qualidade dos dispêndios, sem abandono do objetivo de manter a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas. Terceiro, o crescimento deveria ter sido estimulado por meio de medidas horizontais de redução do Custo-Brasil e de elevação da produtividade. Nada disso teria sido obstáculo à promoção da agenda social que, no papel, era a prioridade do governo.

Dilma rejeitou o roteiro timidamente no início do mandato e escancaradamente a partir de 2012. Jogou no lixo o progresso conseguido a duras penas desde 1994. O projeto bolivariano seu e de seu partido não apenas produziu uma recessão severíssima que trouxe miséria e desalento a milhões de brasileiros, mas também enlameou o país com o maior escândalo de corrupção que se conhece. O ritual que a defenestrou teve elementos exóticos como seria de se esperar, pois impedimentos são processos políticos e aqui até processos jurídicos são esdrúxulos. Se ela tivesse permanecido no comando dificilmente teria força e convicção para adotar as medidas que interromperam a queda livre da economia. É difícil imaginar o caos em que estaríamos hoje.

Dois terços da população apoiavam o impeachment. A presidente estava completamente isolada no congresso. Nunca soube dialogar e negociar. Não tinha, portanto, a menor condição de governar. Como o Lula uma vez disse, o Palácio Nereu Ramos está recheado de picaretas, mas infelizmente eles retratam fielmente a sociedade brasileira e não há perspectiva de haver um legislativo melhor nas próximas décadas – pensando com otimismo. Dizer que um processo validado pela suprema corte no qual o réu teve ampla oportunidade de defesa foi um “golpe parlamentar” é uma balela de quem não respeita as instituições, compreensível no calor do momento, mas não anos depois. Todos lamentam a substituição por um velhaco e sua quadrilha, é verdade, mas essa turma foi eleita democraticamente junto com Dilma, com o apoio maciço da Vila Madalena, Leblon, Unicamp e a nata de nossa inteligência.

A crise, o trauma do impeachment e o mi-mi-mi do “golpe” (incluindo a farsa em torno da prisão de Lula) fragilizaram a democracia brasileira, viabilizando uma candidatura populista de extrema direita para fazer frente à radicalização esquerdista. Bolsonaro e PT são idênticos no apreço miúdo que têm pelas instituições democráticas. Sob este prisma, representam as faces da mesma moeda. Em condições normais, a pretensão do militar seria impensável. Trata-se de congressista inexpressivo, com parca estrutura partidária e visão de mundo retrógrada. Votou inúmeras vezes contra o bom senso em seus quase 30 anos de política o que faz dele tudo menos novo. Não esconde o despreparo quando confrontado pelas perguntas que usualmente são feitas a qualquer candidato. Gosta de dizer que é o Trump brasileiro. Quem dera, pois temos que estudar e aprender muito para chegar ao nível de estupidez dos americanos. O que é ruim lá é péssimo cá.

Uma aberração dessas não surge no vácuo. Nasceu no campo semeado pela falta de escrúpulos e desonestidade intelectual de quem se recusa a ver as falhas do petismo. Em particular, pela inacreditável cara dura ao negar o protagonismo que o partido teve na roubalheira que assolou a nação e pelo despudor ao jogar no colo alheio a responsabilidade pelo colapso da economia, sugerindo que a crise veio porque Dilma acenou com o liberalismo, argumento que é usado para propor o retorno das barbeiragens da “Nova Matriz” caso o partido ocupe o poder novamente.

A despeito do descalabro que bombardeia o noticiário desde que um assessor da Casa Civil petista foi gravado extorquindo um bicheiro (!) há 12 anos, a esquerda zomba da inteligência alheia apologizando a pretensa superioridade moral ao mesmo tempo em que delira com a fábula da conspiração elitista contra os “guerreiros do povo” (pegos um a um com a boca na botija). Seria apenas irritante se ficasse nisso, mas vira escárnio quando as mesmas pessoas se calam diante de conchavos regionais com o que há de mais abjeto na política nacional, os mesmos “golpistas” que conspiraram contra a presidente. Pior ainda quando revelam uma condescendência espantosa com o genocídio que se dá na Venezuela e demais atrocidades de regimes autoritários mundo afora. Não é de admirar, portanto, ver uma parte relevante da população encorajada a dar suporte ao primeiro falastrão que escolheu jogar no mesmo (baixo) nível, mandando a corja pentear asno ou qualquer equivalente impublicável.

Além de representar o contraponto à maior cara de pau da história desse país, Bolsonaro também ganha adeptos que normalmente nem sonhariam em escolher alguém tão medíocre por uma razão pragmática: é melhor jogar uma loteria com chance baixíssima de vingar do que entrar em um barco que certamente afundará, pois ao invés de se modernizar após o fracasso assombroso, o PT tornou-se mais tacanho. O raciocínio é cartesiano: se todos são ladrões e não estão nem aí para as instituições e normas da democracia, voto em quem tiver mais chance de evitar o retorno da insensatez econômica. O país não tem como escapar das reformas que estão sobre a mesa. Há uma bomba-relógio fiscal cuja data de explosão foi antecipada em pelo menos uma década pela porcaria produzida por Dilma. Pessoas lúcidas temem o despreparo do “mito”, mas votariam no belzebu para evitar o retorno dos que seguem à risca o manual do idiota latino-americano.

Assim nasceu a monstruosidade que até agora vem jogando direitinho, nadando de braçada nas raras manifestações. Sua receita é simples e, nesse caso, realmente parecida com a fórmula usada por Trump. Não economizar nas atrocidades para forçar os entrevistadores a jogar em seu campo, garantindo ao mesmo tempo espaço na mídia. Essa dinâmica mantém a polarização, elevando a chance de atração de eleitores, muitos dos quais moderados que se chocam com as atrocidades, mas que não aguentam mais a mistura de arrogância, incompetência e desonestidade da “ala progressista”.

A coluna hiberna por umas semanas. Sorte a todos – precisaremos dela.

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Fortalecer a democracia em uma nação emergente equivale a fazer reformas estruturais para destravar a economia. É impossível conseguir isso se as forças políticas não negociarem implícita ou explicitamente uma espécie de acordo sobre diagnósticos, direção dos ajustes e pilares da política macroeconômica. Ao defender um aumento da participação do estado por mais tributação visando atenuar desigualdades, por exemplo, é preciso reconhecer e levar em consideração que essa escolha pode ter efeitos colaterais perversos sobre a competitividade. Se todos entenderem mais ou menos os dilemas é mais fácil encontrar um ponto de equilíbrio para avançar.

O desenvolvimento presume igualmente a existência de normas e regras aceitas pela maioria para contrapor ideias e resolver controvérsias. A realidade deve ser acompanhada por meio de dados objetivos compilados por fontes confiáveis. Não pode haver espaço para “verdades alternativas”. Só assim é possível isolar dos argumentos a parcela normativa em torno da qual se dá a política. A necessidade de reformar a previdência, por exemplo, deriva de mudanças demográficas e do fato de que o país é uma jabuticaba em termos do tamanho dos dispêndios com aposentados. Trata-se aqui de dados de domínio público, encontrados facilmente. Ninguém é obrigado a concordar com essa ou aquela proposta específica, mas negar o problema e sua urgência fazendo fumaça com convenções contábeis, por exemplo, é desonesto e atrapalha o progresso.

Por fim, deve-se concordar que não há avanço possível sem garantias de que os custos das reformas serão distribuídos de forma justa e que haverá medidas de alívio para as camadas afetadas – até mesmo as que perdem pela eliminação de distorções abomináveis. Tome-se o caso de iniciativas de desburocratização e simplificação. Reformas importantíssimas como essas dificilmente andarão se as perdas de quem ganha com a complexidade não forem levadas em conta, pois esses segmentos tendem a ser bem organizados. O lobby dos cartórios, por exemplo, não concorda com o uso de duplicatas eletrônicas e com o cadastro positivo. A elite do funcionalismo público desfruta de privilégios imorais. Há inúmeros direitos que atrasam o país, mas só é possível mudar negociando compensações.

Há dez anos mais ou menos, a jovem democracia brasileira andava na direção correta. Tinha diversas imperfeições, é claro, mas parecia existir o embrião de um consenso que apontava para o desenvolvimento, especialmente quando Lula redigiu a famosa Carta aos Brasileiros. Infelizmente, no entanto, degringolamos epicamente nos últimos anos até chegar ao estágio atual em que apenas fingimos viver em uma nação saudável, pois o debate não preenche nenhum dos requisitos acima. O Brasil patina miseravelmente, desperdiçando tempo negando o que é óbvio. Ideias heterodoxas estapafúrdias foram desenterradas. Há “experts” inescrupulosos que emprestam suas credenciais para a defesa de qualquer coisa, propagando lixo e desinformação, às vezes em espaços nobres. Persiste uma enorme sensação de impunidade e de insegurança jurídica. Tudo parece ser possível para alguns. O diálogo democrático transformou-se em um jogo de empurra-empurra para ver quem aplica o calote em quem. Como chegamos a este ponto?

O país avançou muito com Lula, mas dentre suas pisadas na bola talvez a maior tenha sido forçar a barra nas eleições de 2010, entregando a economia superaquecida para uma nulidade (porque ele queria voltar em 2014). Se fôssemos um país maduro (como se imaginava na época), a política econômica deveria ter avançado em três frentes. Primeiro, as políticas monetária e creditícia deveriam ter sido apertadas e os estímulos anticíclicos retirados para controlar a inflação. Segundo, os esforços da política fiscal deveriam ter sido concentrados na melhoria da qualidade dos dispêndios, sem abandono do objetivo de manter a sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas. Terceiro, o crescimento deveria ter sido estimulado por meio de medidas horizontais de redução do Custo-Brasil e de elevação da produtividade. Nada disso teria sido obstáculo à promoção da agenda social que, no papel, era a prioridade do governo.

Dilma rejeitou o roteiro timidamente no início do mandato e escancaradamente a partir de 2012. Jogou no lixo o progresso conseguido a duras penas desde 1994. O projeto bolivariano seu e de seu partido não apenas produziu uma recessão severíssima que trouxe miséria e desalento a milhões de brasileiros, mas também enlameou o país com o maior escândalo de corrupção que se conhece. O ritual que a defenestrou teve elementos exóticos como seria de se esperar, pois impedimentos são processos políticos e aqui até processos jurídicos são esdrúxulos. Se ela tivesse permanecido no comando dificilmente teria força e convicção para adotar as medidas que interromperam a queda livre da economia. É difícil imaginar o caos em que estaríamos hoje.

Dois terços da população apoiavam o impeachment. A presidente estava completamente isolada no congresso. Nunca soube dialogar e negociar. Não tinha, portanto, a menor condição de governar. Como o Lula uma vez disse, o Palácio Nereu Ramos está recheado de picaretas, mas infelizmente eles retratam fielmente a sociedade brasileira e não há perspectiva de haver um legislativo melhor nas próximas décadas – pensando com otimismo. Dizer que um processo validado pela suprema corte no qual o réu teve ampla oportunidade de defesa foi um “golpe parlamentar” é uma balela de quem não respeita as instituições, compreensível no calor do momento, mas não anos depois. Todos lamentam a substituição por um velhaco e sua quadrilha, é verdade, mas essa turma foi eleita democraticamente junto com Dilma, com o apoio maciço da Vila Madalena, Leblon, Unicamp e a nata de nossa inteligência.

A crise, o trauma do impeachment e o mi-mi-mi do “golpe” (incluindo a farsa em torno da prisão de Lula) fragilizaram a democracia brasileira, viabilizando uma candidatura populista de extrema direita para fazer frente à radicalização esquerdista. Bolsonaro e PT são idênticos no apreço miúdo que têm pelas instituições democráticas. Sob este prisma, representam as faces da mesma moeda. Em condições normais, a pretensão do militar seria impensável. Trata-se de congressista inexpressivo, com parca estrutura partidária e visão de mundo retrógrada. Votou inúmeras vezes contra o bom senso em seus quase 30 anos de política o que faz dele tudo menos novo. Não esconde o despreparo quando confrontado pelas perguntas que usualmente são feitas a qualquer candidato. Gosta de dizer que é o Trump brasileiro. Quem dera, pois temos que estudar e aprender muito para chegar ao nível de estupidez dos americanos. O que é ruim lá é péssimo cá.

Uma aberração dessas não surge no vácuo. Nasceu no campo semeado pela falta de escrúpulos e desonestidade intelectual de quem se recusa a ver as falhas do petismo. Em particular, pela inacreditável cara dura ao negar o protagonismo que o partido teve na roubalheira que assolou a nação e pelo despudor ao jogar no colo alheio a responsabilidade pelo colapso da economia, sugerindo que a crise veio porque Dilma acenou com o liberalismo, argumento que é usado para propor o retorno das barbeiragens da “Nova Matriz” caso o partido ocupe o poder novamente.

A despeito do descalabro que bombardeia o noticiário desde que um assessor da Casa Civil petista foi gravado extorquindo um bicheiro (!) há 12 anos, a esquerda zomba da inteligência alheia apologizando a pretensa superioridade moral ao mesmo tempo em que delira com a fábula da conspiração elitista contra os “guerreiros do povo” (pegos um a um com a boca na botija). Seria apenas irritante se ficasse nisso, mas vira escárnio quando as mesmas pessoas se calam diante de conchavos regionais com o que há de mais abjeto na política nacional, os mesmos “golpistas” que conspiraram contra a presidente. Pior ainda quando revelam uma condescendência espantosa com o genocídio que se dá na Venezuela e demais atrocidades de regimes autoritários mundo afora. Não é de admirar, portanto, ver uma parte relevante da população encorajada a dar suporte ao primeiro falastrão que escolheu jogar no mesmo (baixo) nível, mandando a corja pentear asno ou qualquer equivalente impublicável.

Além de representar o contraponto à maior cara de pau da história desse país, Bolsonaro também ganha adeptos que normalmente nem sonhariam em escolher alguém tão medíocre por uma razão pragmática: é melhor jogar uma loteria com chance baixíssima de vingar do que entrar em um barco que certamente afundará, pois ao invés de se modernizar após o fracasso assombroso, o PT tornou-se mais tacanho. O raciocínio é cartesiano: se todos são ladrões e não estão nem aí para as instituições e normas da democracia, voto em quem tiver mais chance de evitar o retorno da insensatez econômica. O país não tem como escapar das reformas que estão sobre a mesa. Há uma bomba-relógio fiscal cuja data de explosão foi antecipada em pelo menos uma década pela porcaria produzida por Dilma. Pessoas lúcidas temem o despreparo do “mito”, mas votariam no belzebu para evitar o retorno dos que seguem à risca o manual do idiota latino-americano.

Assim nasceu a monstruosidade que até agora vem jogando direitinho, nadando de braçada nas raras manifestações. Sua receita é simples e, nesse caso, realmente parecida com a fórmula usada por Trump. Não economizar nas atrocidades para forçar os entrevistadores a jogar em seu campo, garantindo ao mesmo tempo espaço na mídia. Essa dinâmica mantém a polarização, elevando a chance de atração de eleitores, muitos dos quais moderados que se chocam com as atrocidades, mas que não aguentam mais a mistura de arrogância, incompetência e desonestidade da “ala progressista”.

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