Episódio Creators com Farmax (Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 17h16.
Última atualização em 26 de setembro de 2025 às 14h44.
A creator economy entrou em um novo momento. Se antes a lógica era contratar um influenciador para um pacote de posts, hoje o jogo se desloca para algo mais profundo: a cocriação de narrativas que unem marcas, criadores e audiência em torno de valores compartilhados. Não se trata mais de “alugar alcance”, mas de construir relevância cultural.
Um exemplo claro desse movimento aconteceu na segunda temporada do Shark Tank Brasil – Versão Creators, projeto desenvolvido pela Sony Pictures Television em colaboração com o YouTube. O terceiro episódio, disponível no canal oficial do programa no YouTube, foi patrocinado pela Farmax, produzido pela Floresta e realizado em parceria com a agência Bloom 360, mostrando como experiências de mídia imersivas podem amplificar o posicionamento de marca de forma orgânica, relevante e o mais importante: conectar narrativas potentes com quem realmente importa.
O episódio, focado em empreendimentos de autocuidado, contou, além da shark Carol Paiffer, com Ronaldo Ribeiro (CEO da Farmax), Rafa Dias (fundador da Dia TV) além dos influenciadores Dani Diz e Luca Scarpelli no painel de sharks convidados. “A sociedade tem novas demandas e ela precisa ser reconstruída para um futuro melhor. As empresas, com suas marcas, precisam contar histórias verdadeiras e impulsionar as pessoas”, declara Ronaldo Ribeiro.
Samuel Gomes, do projeto “Guardei no Armário”, foi o creator escolhido entre os participantes Bruna Ianhez e Gustavo Borchardt para levar o grande prêmio: “O creators mostra como a história de cada pode virar um negócio que não só te impulsiona, mas impulsiona outras pessoas que estão assistindo e sonham empreender. Este apoio das marcas me possibilita mostrar para as pessoas, enquanto comunicador, que é possível”, conta Samuel. A escolha reforça a força de iniciativas que unem autenticidade, propósito e impacto social.
Samuel e Ronaldo (Divulgação)
Na versão especial do “tanque”, os tradicionais empreendedores dão lugar a creators que estão em busca de alavancar os seus conteúdos (que muitas vezes já representam suas principais fonte de receita) e impulsionarem seu posicionamento no mundo dos negócios. Diferente da busca por um aporte variável, os influenciadores que precisam estar ativos em plataformas como o Youtube, apresentam seus projetos aos sharks e disputam o prêmio já determinado de R$ 200 mil reais. Sob avaliação dos sharks, leva o criador que apresentar o melhor projeto e, neste caso, o fit cultural com a marca e o tema escolhido são pontos relevantes.
Nesse formato, todos ganham: a marca se associa a inovação, propósito e empreendedorismo; os criadores conquistam um espaço de autoridade e projeção; e o público acessa conversas que ultrapassam as telas e geram debates reais, conectando-se de forma mais genuína.
Carol Paiffer, que chega a sua sexta temporada como investidora no Shark Tank Brasil e sócia da Bloom 360, resume bem: “Esse tipo de inovação movimenta a creator economy porque rompe com o padrão de campanhas pontuais e cria espaços de cocriação. Quando uma marca se envolve, não apenas comunica um produto, mas compartilha valores e constrói comunidade em torno deles. Isso é muito mais poderoso do que uma simples inserção publicitária.”
Chegando a sua segunda edição dentro do programa - que este ano completa 10 anos de existência - o formato já rendeu indicação em Cannes no último ano e agora chega a sua segunda indicação como melhor marca e formato digital pela C21 International Format Awards 2025, que terá sua cerimônia de premiação também em Cannes no próximo dia 12 de outubro.
Carol Paiffer e Bianca Venturotti, sócias na Bloom 360, acreditam na potência da visão negócios somada a conexões reais como futuro dos novos formatos (Divulgação)
Para Bianca Venturotti, CEO da Bloom 360, agência de comunicação estratégica e posicionamento, esse movimento é só o começo: “O que vemos hoje é uma oportunidade de desenhar formatos novos que tenham a cara da marca e, ao mesmo tempo, potencializem a autenticidade dos criadores. Observar o comportamento de consumo do público e como isso muda a todo o tempo é essencial. Afinal, as pessoas não compram produtos, elas compram ideias. O futuro do posicionamento sai da lógica transacional. É preciso investir em experiências que aproximem, conectem e inspirem. A Sony apostou neste formato potente e as marcas que entenderem isso vão transformar atenção em valor duradouro”, afirma.
No horizonte, a tendência é clara: a creator economy 2.0 será marcada por relações mais maduras, onde marcas deixam de ser apenas anunciantes e passam a atuar como parceiras estratégicas de cocriação. E esse é o verdadeiro diferencial competitivo para os próximos anos.