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Restin, investida de Carol Paiffer, transforma desperdício em lucro

O combate ao desperdício de alimentos está no DNA da Foodtech Restin, uma plataforma on-line de impacto social que conecta empresas e consumidores

Na imagem, no centro Luciano Almeida (CEO e Co-founder, ao lado de seu time, à sua esquerda, Rafael Esposito (CCO e co-founder), Mariti Faustino (Gestão da Qualidade), no centro Luciano (CEO e Co-foounder). À sua direita, Mariá Possobon (CTO e Co-founder) e Franciele Barbosa (CFO e Co-founder) (Divulgação/Divulgação)
Na imagem, no centro Luciano Almeida (CEO e Co-founder, ao lado de seu time, à sua esquerda, Rafael Esposito (CCO e co-founder), Mariti Faustino (Gestão da Qualidade), no centro Luciano (CEO e Co-foounder). À sua direita, Mariá Possobon (CTO e Co-founder) e Franciele Barbosa (CFO e Co-founder) (Divulgação/Divulgação)
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Pontapé Empreendedor

Publicado em 21 de janeiro de 2022 às, 17h45.

Última atualização em 21 de janeiro de 2022 às, 17h45.

O combate ao desperdício de alimentos está no DNA da Foodtech Restin, uma plataforma on-line de impacto social que conecta empresas, supermercados, restaurantes, comércios, consumidores finais e outros empreendedores do setor alimentício com alguns objetivos em comum: comprar e vender alimentos de boa qualidade, próximas ao vencimento, descontinuados, excedentes ou fora do padrão estético. Todas essas ações acontecem dentro da plataforma da startup. Ao finalizar a operação, os alimentos são entregues no lugar escolhido pelos compradores, com qualidade do início ao fim. Todo mundo ganha!

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Foi esse olhar de 360º voltado à sustentabilidade alimentar e conectado à tecnologia que despertou o interesse da investidora Carol Paiffer, que hoje é sócia da startup e ocupa o cargo de Head de Novos Negócios. Com tino para empreender, ela percebeu que ao combater o desperdício de alimentos também é possível reduzir despesas com água, energia elétrica, combustível, entre outros custos administrativos, reinvestindo essa economia no próprio negócio e, consequentemente, no bem-estar da população. Inovadora, a iniciativa une todas as partes envolvidas na cadeia de alimentos, das indústrias ao food service, passando pelos consumidores finais, todos empenhados em pagar menos, aproveitar o máximo de cada alimento e evitar desperdícios. 

O primeiro a se atentar para essas possibilidades no mercado brasileiro foi Luciano Almeida. CEO da Restin Brasil, graduado em nutrição com foco na área clínica esportiva e com mais de dez anos de experiência em Food Service e cozinhas industriais de uma importante multinacional, ele se aprofundou no assunto, criou estratégias voltadas ao aproveitamento máximo dos alimentos e deu vida à Foodtech. Ciente de que restaurantes e indústrias podem transformar desperdício em lucro, o empreendedor compartilha aqui dicas valiosas para quem também quer abraçar o propósito. 

Restaurantes

Compre produtos próximos à data de validade: eles podem ter de 10% a 70% de desconto do preço original. Ao adquirir grandes quantidades, o valor tende a ser ainda menor, gerando mais economia no custo do CMV (Custo de Mercadoria Vendida).

Cardápio planejado: faça um planejamento quinzenal ou mensal das refeições que serão vendidas no restaurante. Assim, dá para prever o que precisa ser comprado, otimizar as compras e evitar o desperdício de alimentos.

Compre em plataformas digitais: além de ser mais prático, há variedade de produtos e fornecedores disponíveis, economia tempo e dinheiro.

Treine a equipe: conheça detalhadamente todas as etapas percorridas pelos alimentos dentro do seu restaurante. Depois, identifique os pontos de desperdício. Com essas informações em mãos, treine os profissionais. Um time qualificado vira parceiro da causa e se dedica para garantir que os objetivos sejam alcançados. 

Atenção aos detalhes: monitore o desperdício durante os horários em que as refeições são servidas aos clientes. Produzir de acordo com a demanda e evitar as sobras garantem custos menores. Outra dica é vender, num valor mais acessível, uma parte do que não terá saída. O que sobrar, tiver qualidade e não for comercializado, pode ser doado. Faça parcerias com instituições que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade social e ajude a matar a fome de milhares de pessoas com alimentos nutritivos e preparados de modo profissional. Lembre-se de ter um especialista em nutrição para acompanhar todas as etapas de manipulação dos alimentos. 

Indústrias 

Mudança na cultura organizacional: crie e introduza políticas de perda dentro da produção da companhia e deixe uma equipe responsável pela área de FIFO (First in, First out), que tem conhecimento técnico para gerir os produtos próximos ao vencimento e em dar o destino certo a eles. 

Conquiste aliados: faça parceria com startups de combate ao desperdício. Elas atuam para que os produtos próximos à data de validade tenham destino certo e transformam o que não seria utilizado em lucro.

Doe: tenha uma política de doação. A ação impede que alimentos de qualidade sejam descartados e ajuda a saciar a fome de quem precisa. 

Preços atrativos: tenha uma ação de rebaixa de preços após atingir o shelf life (prazo de validade do produto na prateleira e que o classifica como ideal para o consumo) especificado na política de perda de alimentos. A próxima etapa é dar destaque à promoção e avisar aos clientes. Quando os consumidores entendem o propósito de uma causa, sabem que podem ajudar a melhorar o mundo comprando produtos de excelente qualidade com valores acessíveis, aderem à iniciativa e trazem outras pessoas para ajudar. Todo mundo ganha, principalmente o meio ambiente.

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