Apostas esportivas: empresa brasileira se tornou líder graças ao atendimento e tecnologia (Getty images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 08h02.
No Brasil, o endividamento é um desafio alarmante: 78% da população adulta enfrenta dificuldades financeiras, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio). Essa realidade é impulsionada por práticas culturais como o excesso de parcelamentos e a falta de planejamento financeiro, além da crescente influência das apostas esportivas.
Com isso em mente, a Atom Educacional promoveu a Semana da Educação Financeira, uma iniciativa voltada para conscientizar a população e oferecer soluções práticas e gratuitas para melhorar a relação com o dinheiro. Reunimos especialistas como Edu, o Primo Pobre, a Carol Paiffer e o Joaquim Paiffer, discutindo temas essenciais, desde o impacto das apostas até estratégias de diversificação de renda.
O descontrole financeiro no Brasil não é apenas resultado de falta de dinheiro, mas também de má gestão e decisões impulsivas. Gastos superiores à renda, ausência de ferramentas de planejamento e a cultura do parcelamento criam um cenário onde muitas pessoas entram em um ciclo vicioso de dívidas.
Uma história relatada por Kim reforçou o impacto desse problema: em uma padaria, encontrou uma mulher em desespero porque seu marido havia perdido tudo em apostas, comprometendo o sustento da família. "Isso não afeta apenas o pobre. Até bilionários caem em pirâmides financeiras, prejudicando a economia e as oportunidades de geração de emprego".
Esse panorama se agrava com a popularização das apostas esportivas. Movimentando bilhões de reais anualmente, esse mercado vende a promessa de ganhos rápidos e fáceis, mas esconde uma realidade brutal: menos de 0,5% dos apostadores têm lucro real. Para a maioria, as apostas levam ao endividamento, comprometem os lares e afetam a saúde mental.
Durante as lives da Semana da Educação Financeira, especialistas destacaram que a combinação de falta de educação financeira e o apelo emocional das apostas cria um ambiente perigoso, onde as chances de vitória são ilusórias. Como Edu destacou:
“A única maneira de vencer as armadilhas financeiras é entender as regras do jogo e usar o conhecimento a seu favor.”
Apesar da importância crescente da educação financeira, o tema ainda é negligenciado no Brasil. Sua introdução nas escolas é recente e, muitas vezes, não é aplicada de maneira prática. No entanto, mudar essa realidade exige mais do que políticas públicas: é preciso que as pessoas assumam o protagonismo de suas finanças.
Ao longo da semana, discutimos os três pilares da educação financeira:
Como Edu compartilhou, antes de se tornar criador de conteúdo, ele tinha seis fontes de renda adicionais ao seu emprego CLT, o que o ajudou a construir uma base sólida para investir em sua carreira atual.
O Edu disse que o brasileiro não foi ensinado a lidar com dinheiro: “A maioria sabe tudo sobre futebol, mas quase nada sobre a Bolsa de Valores ou investimentos.”
As discussões também trouxeram críticas ao sistema econômico brasileiro. O INSS, por exemplo, foi apontado como insustentável a longo prazo, deixando milhões de pessoas sem uma garantia real de segurança financeira. Além disso, a falta de educação prática nas escolas reforça a vulnerabilidade da população diante de decisões financeiras importantes.
No entanto, a solução começa com o indivíduo. Investir em educação financeira e buscar conhecimento prático são passos fundamentais para transformar não apenas a vida pessoal, mas também o cenário econômico do país.
Kim acrescentou: "Os americanos, por exemplo, têm em média quatro fontes de renda. Esse modelo diversificado protege suas economias em momentos de crise."
Edu apresentou um conceito simples para mudar essa realidade: o tripé da educação financeira, que envolve:
“Renda extra não é coisa de pobre, é coisa de gente inteligente. Não conheço nenhum milionário que tenha apenas uma fonte de renda”, afirmou Edu, reforçando a necessidade de diversificação.
A Semana da Educação Financeira mostrou que o conhecimento pode ser a principal arma contra o endividamento e as armadilhas financeiras. Nossa missão na Atom é simples: oferecer ferramentas acessíveis para que mais pessoas assumam o controle de suas finanças.
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