(Shark Tank Brasil/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 06h03.
Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 08h05.
Criada em 2021 em Osasco (SP), durante a pandemia, a Afropé Chinelos é um exemplo de como origem não limita destino. A ideia surgiu de um desejo simples: Sueli Lessa queria um chinelo diferente, com identidade e beleza. Em família, com o marido, Décio Lessa, e a filha, Aline Lessa, investiram R$ 800 — menos do que um salário mínimo — e produziram os primeiros 30 pares. No programa, o investimento foi de 600 mil por 50% da empresa, dividido entre os Sharks Carol Paiffer, Caito Maio e Sérgio Zimmerman.
O que começou pequeno ganhou força e se transformou em um movimento de valorização da cultura afro-brasileira por meio da moda. Cada estampa e cada detalhe dos produtos carregam ancestralidade, identidade e representatividade. Hoje, a marca busca expandir sua linha para tênis, meias, acessórios e colaborações especiais, sempre com impacto social e engajamento comunitário como pilares.
A Afropé já conquistou reconhecimento e parcerias relevantes. Mas foi no Shark Tank Brasil que o sonho da família ganhou um novo capítulo. Carol Paiffer foi a primeira a levantar a mão e apresentar uma proposta, validando de imediato o potencial do negócio.
“Quando percebemos a proposta da Carol, foi como se o tempo tivesse parado. Aos 62 anos, senti uma emoção intensa e entendi que tudo que construímos, cada conquista e cada batalha valeu a pena. A Carol trouxe confiança, visão estratégica e a certeza de que não se tratava apenas de investimento financeiro, mas de um compromisso real com propósito e impacto social”, conta Décio.
“Meu trabalho não é só colocar recursos, mas amplificar essa voz, estruturar, conectar pessoas, fazer com que esse propósito vire escala. Investir na Afropé é investir em legado de identidade e de pertencimento. E isso não se mede só em lucro, mas em impacto real, em gente que sente que pode se ver nos produtos que veste, nos chinelos que calça”, diz Carol Paiffer.