Black Fraude: 3 dicas da Carol Paiffer pra você não cair nessa furada

Estamos próximos de uma das datas mais movimentadas para o varejo, a Black Friday. A data já é a terceira maior do ano em faturamento, ficando atrás apenas do Natal e Dias das Mães.

Para a ABComm - Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a estimativa de arrecadação para a Black Friday de 2021 deve ser acima dos 5 bilhões de reais. E a tendência é só aumentar nos próximos anos.

Porém, os números de fraudes e golpes nesta época também têm aumentado consideravelmente. De acordo com a empresa especializada em soluções antifraude e Score de crédito, a ClearSale, as práticas ilícitas, em 2021, devem aumentar mais de 52% em comparação ao ano passado.

Você consegue imaginar o seu negócio na capa da EXAME? Nós conseguimos! Entenda como.

São números que não podem ser ignorados, ainda mais levando em conta a grande migração dos negócios para o ambiente virtual, devido à pandemia do Covid-19. Muitas dessas empresas são novas neste universo digital e estão despreparadas para prover toda a segurança que o seu cliente precisa para realizar uma compra totalmente segura.

Desta forma nós, enquanto consumidores, devemos tomar diversas medidas para evitar que possamos ser ludibriados por essas pessoas más-intencionadas.

A seguir, conheça 3 dicas simples para evitar muitas dores de cabeça após um dia de compras online.

Dica 1. Faça Sempre uma Pesquisa Antes de Comprar

 

Essa dica vai ser dividida em duas partes, ambas igualmente importantes.

 A) Produtos

            No Brasil damos o apelido de Black Fraude àquela prática de, semanas antes da Black Friday, determinado produto, principalmente eletroeletrônicos e eletrônicos, terem seus preços elevados para depois, dias antes da data, terem seu preço reduzido aos valores anteriores. “Tudo pela metade de dobro do preço” como costumam dizer. Ou seja, não há desconto real nenhum.

            A melhor forma de evitar cair nesse tipo de engodo é fazer a boa e velha pesquisa.

            Felizmente, graças à agilidade da Internet, dispomos de diversas ferramentas on-line que fazem comparativos de preços entre diversas lojas, além de mostrar o histórico de preços dos produtos desejados.

Há soluções nos mais diversos formatos, como aplicativos para celulares, plugins para navegadores e sites especializados neste tipo de serviço.

 B) Empresa

Verifique o histórico da loja do qual você está comprando. Procure se há reclamações sobre a mesma em sites oficiais de defesa do consumidor, como o PROCON.

Veja também em sites especializados em captar reclamações dos consumidores. Pesquise nas redes sociais, não só da loja, mas também em grupos de pessoas que utilizam ou procuram o mesmo tipo de produto/serviço que você está atrás. No Google é possível verificar a nota que a empresa tem recebido dos seus clientes.

Desconfie de empresas que a toda hora mudam de site ou até mesmo de nome, principalmente as que importam produtos a preços bem atrativos.

Dica 2. Verifique a Segurança do Site

 

Antes de mais nada, eu preciso te falar:

Nunca clique naquele link que você recebeu via e-mail, redes sociais ou aplicativos de mensagem sem antes fazer uma varredura minuciosa da procedência da mensagem. Mesmo que seja de alguém de sua confiança, repito, não clique.

Recebeu uma oferta da sua operadora de celular via SMS? Confirme com a operadora a veracidade da promoção.

Apareceu uma oferta excelente via e-mail para você de uma grande loja de departamentos? Entre no site oficial, ou ligue no SAC, e verifique se a oferta é verdadeira.

Observe atentamente se o link leva a algum site que não seja o oficial da loja. A troca de letras por números, como o “o” pelo “0” ou a inclusão de sublinhados “_” ou traços "-” indicam a possibilidade do site de destino ser falso.

Outra coisa a nunca se fazer é responder e-mail solicitando seus dados pessoais e/ou número do cartão, seja débito ou crédito. Ainda mais se você não entrou em contato com a loja.

Para saber se o site de e-commerce é seguro, observe atentamente ao entrar em um deles se na barra de endereços do seu navegador surge a figura de um cadeado fechado ou iniciam com a sigla HTTPS. Se sim, o site possui protocolos que garantem a segurança dos seus dados.

Uma dica extra para sua segurança: O Procon, todos os anos perto da Black Friday, divulga uma lista com mais de 500 sites considerados não-confiáveis.

Dica 3. Desconfie de Promoções Surpreendentes

 

Em se tratando de uma data onde o grande chamariz são produtos em promoção, é normal acharmos, em nossa pesquisa, uma certa variação de preços.

Fique atento a promoções que oferecem valores muito abaixo do que uma média geral que está sendo praticada pelo mercado.

Ofertas prometendo de 70% a 90% de desconto merecem ser vistas com um olhar mais cuidadoso.

Não que não seja impossível acharmos bens que tenham esse tipo de desconto, mas eles são dados geralmente a produtos, ou serviços, cujo verdadeiro lucro para o lojista está em outros negócios agregados a este bem. Por exemplo: em um pacote de viagem é totalmente possível a passagem ter 70% de desconto, mas possivelmente o hotel e a comida vão cobrir uma parte deste desconto.

Você deve ficar atento com produtos cujo mercado não costuma fazer esse tipo de oferta. Uma Smart TV de 55 polegadas custar 70% a menos do que custaria em qualquer outra loja do tipo é muito provável que seja algum tipo de armadilha. Ou a TV não existe ou ela é fruto de alguma atividade ilícita.

Resista a esse tipo de oportunidade, pois ela pode parecer vantajosa agora, mas pode te trazer muitos prejuízos mais adiante.

Viu como 3 dicas simples podem evitar um grande perigo para sua saúde financeira? Nada como se prevenir!     

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