Líderes de 70 países debatem a importância do setor privado para os ODS
Pacto Global inova a sua atuação para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com o apoio das empresas
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2021 às 15h17.
Tive o prazer de ser membro do conselho de administração do Pacto Global da ONU por dois anos, representando as 70 Redes Locais da iniciativa ao redor do mundo. Foi uma satisfação dividir esta instância de governança com pessoas como António Guterres (Secretário-geral da ONU), Paul Polman (ex-CEO da Unilever), Bola Adesola (vice-chair do Standard Chartered Bank), Anand Mahindra (chair do Mahindra Group), Sir Mark Moody-Stuart (ex-CEO Shell), Fiona Reynolds (CEO PRI), entre outros líderes com quem tive a oportunidade de aprender muito.
Pela primeira vez, tivemos o prazer de ter o secretário-geral da ONU como presidente do conselho. Para além de um grande líder, ele é um grande ser humano. No entanto, mais do que seu bom humor e precisão nas palavras, o que mais me chamava a atenção era a sua energia e o seu senso de urgência. “O setor privado precisa promover impacto efetivo, vocês são o motor da transformação”, dizia de forma recorrente. O recado era claro, precisávamos acelerar o passo.
Por isso, o Pacto Global, que sempre foi muito inovador – responsável pelo termo ESG; pelos lançamentos do PRI (Princípios para Investimento Responsável), Sustainable Stock Exchanges, Princípios do Empoderamento das Mulheres, 10º Princípio Anticorrupção etc. – iniciou um processo de revisão de seus processos e iniciativas. Nesta tarefa, contamos sempre com o apoio das maiores lideranças empresariais, da sociedade civil e de governos, e ouvimos nossos mais de 12 mil signatários ao redor do mundo.
A reforma começou em 2018, com um estreitamento das relações com Sistema ONU, posterior mudança de CEO e um novo planejamento estratégico de longo prazo, sempre com o eco dos dizeres do secretário-geral: “Mudança do clima me traz medo, o alcance dos ODS me tira o sono, a desigualdade de gênero é um grande entrave para uma sociedade mais justa, e não podemos perder o foco na juventude”. Além dele, Amina J. Mohammed (Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas) sempre foi muito persistente quanto a uma participação efetiva dos países em desenvolvimento na revisão das operações do Pacto Global.
Muito foi testado ao longo dos últimos anos para chegarmos ao modelo atual da iniciativa. O novo planejamento tem como fundamentos:
- Empresas comprometidas com os ODS e os Dez Princípios;
- Crescimento equilibrado de redes locais e regionais;
- Impacto mensurável em áreas priorizadas;
- Apoiar as PMEs;
- Atuação mais intensa com todo o Sistema ONU.
No fim de maio, estivemos reunidos com mais de 250 líderes de 70 Redes Locais do Pacto Global para discutirmos modelos de implementação efetivos para este planejamento. Representei não apenas o Brasil neste encontro, mas os 15 países com redes locais na América Latina, tão maltratada pela pandemia de covid-19.
Pude levar a nossa visão para uma Rede Local forte, que auxilia as empresas em ações ambiciosas pela sustentabilidade. No Brasil, aceleraremos ainda mais a implementação de projetos coletivos com impacto relevante. Queremos trabalhar iniciativas que tragam resultados concretos em gênero, raça, clima, salário digno, corrupção, entre outros temas. Em paralelo, fortaleceremos apoio às empresas para que estabeleçam metas para os temas citados acima. Se a estratégia não tem meta, não é séria!
Além disso, precisamos citar que todo trabalho por um mundo melhor deve ser feito sempre em parcerias. O Pacto Global é uma grande plataforma de ação que visa o impacto, seja por meio de iniciativas que surjam dentro da nossa rede ou por meio de parceiros.
Não temos mais tempo a perder com iniciativas midiáticas ou egóicas – ao melhor estilo do filme Quanto Vale ou é por Quilo. Precisamos agir juntos e agora!
Tive o prazer de ser membro do conselho de administração do Pacto Global da ONU por dois anos, representando as 70 Redes Locais da iniciativa ao redor do mundo. Foi uma satisfação dividir esta instância de governança com pessoas como António Guterres (Secretário-geral da ONU), Paul Polman (ex-CEO da Unilever), Bola Adesola (vice-chair do Standard Chartered Bank), Anand Mahindra (chair do Mahindra Group), Sir Mark Moody-Stuart (ex-CEO Shell), Fiona Reynolds (CEO PRI), entre outros líderes com quem tive a oportunidade de aprender muito.
Pela primeira vez, tivemos o prazer de ter o secretário-geral da ONU como presidente do conselho. Para além de um grande líder, ele é um grande ser humano. No entanto, mais do que seu bom humor e precisão nas palavras, o que mais me chamava a atenção era a sua energia e o seu senso de urgência. “O setor privado precisa promover impacto efetivo, vocês são o motor da transformação”, dizia de forma recorrente. O recado era claro, precisávamos acelerar o passo.
Por isso, o Pacto Global, que sempre foi muito inovador – responsável pelo termo ESG; pelos lançamentos do PRI (Princípios para Investimento Responsável), Sustainable Stock Exchanges, Princípios do Empoderamento das Mulheres, 10º Princípio Anticorrupção etc. – iniciou um processo de revisão de seus processos e iniciativas. Nesta tarefa, contamos sempre com o apoio das maiores lideranças empresariais, da sociedade civil e de governos, e ouvimos nossos mais de 12 mil signatários ao redor do mundo.
A reforma começou em 2018, com um estreitamento das relações com Sistema ONU, posterior mudança de CEO e um novo planejamento estratégico de longo prazo, sempre com o eco dos dizeres do secretário-geral: “Mudança do clima me traz medo, o alcance dos ODS me tira o sono, a desigualdade de gênero é um grande entrave para uma sociedade mais justa, e não podemos perder o foco na juventude”. Além dele, Amina J. Mohammed (Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas) sempre foi muito persistente quanto a uma participação efetiva dos países em desenvolvimento na revisão das operações do Pacto Global.
Muito foi testado ao longo dos últimos anos para chegarmos ao modelo atual da iniciativa. O novo planejamento tem como fundamentos:
- Empresas comprometidas com os ODS e os Dez Princípios;
- Crescimento equilibrado de redes locais e regionais;
- Impacto mensurável em áreas priorizadas;
- Apoiar as PMEs;
- Atuação mais intensa com todo o Sistema ONU.
No fim de maio, estivemos reunidos com mais de 250 líderes de 70 Redes Locais do Pacto Global para discutirmos modelos de implementação efetivos para este planejamento. Representei não apenas o Brasil neste encontro, mas os 15 países com redes locais na América Latina, tão maltratada pela pandemia de covid-19.
Pude levar a nossa visão para uma Rede Local forte, que auxilia as empresas em ações ambiciosas pela sustentabilidade. No Brasil, aceleraremos ainda mais a implementação de projetos coletivos com impacto relevante. Queremos trabalhar iniciativas que tragam resultados concretos em gênero, raça, clima, salário digno, corrupção, entre outros temas. Em paralelo, fortaleceremos apoio às empresas para que estabeleçam metas para os temas citados acima. Se a estratégia não tem meta, não é séria!
Além disso, precisamos citar que todo trabalho por um mundo melhor deve ser feito sempre em parcerias. O Pacto Global é uma grande plataforma de ação que visa o impacto, seja por meio de iniciativas que surjam dentro da nossa rede ou por meio de parceiros.
Não temos mais tempo a perder com iniciativas midiáticas ou egóicas – ao melhor estilo do filme Quanto Vale ou é por Quilo. Precisamos agir juntos e agora!