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Como promover empresas responsáveis, éticas, inclusivas e transparentes

Nova plataforma do Pacto Global reflete necessidades de governança do mercado

O Pacto Global da ONU está lançando um framework para apoiar as empresas na implementação efetiva destes compromissos de governança e integridade e, portanto, com impactos diretos no ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes (Klaus Vedfelt/Getty Images)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 15 de junho de 2021 às 16h15.

Em 2020, quando a Organização das Nações Unidas completou 75 anos, mais de 1300 CEOs espalhados por cerca de 100 países enviaram uma carta compromisso ao secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçando a necessidade de mobilização e cooperação global para lidar com os desafios do nosso tempo. Entre os compromissos, os CEOs manifestaram seu engajamento com:

A ONU ouviu o setor empresarial e a carta gerou desdobramentos. O Pacto Global da ONU está lançando um framework para apoiar as empresas na implementação efetiva destes compromissos de governança e integridade e, portanto, com impactos diretos no ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Segundo António Guterres, a iniciativa “visa inspirar as empresas a abraçar seu papel na governança transformacional, que inclui fortalecer o multilateralismo e reimaginar o contrato social. Só então poderemos reconstruir uma economia melhor, cumprir a Agenda 2030 e não deixar ninguém para trás”.

A implementação desses compromissos passa por discutir o papel amplo da governança. O Pacto Global entende governança transformacional como tendo três dimensões: a governança convencional, a sustentável e a global. A governança sustentável observa riscos e oportunidades socioambientais, já a governança global prevê a contribuição das empresas com instituições públicas, leis e sistemas nos níveis internacional, nacional e municipal. Com a crescente sobreposição e urgência em questões ambientais, sociais e de governança (ESG), a governança transformacional é um prisma por meio do qual as empresas podem expandir sua compreensão do “G” em ESG.

O framework lançado pelo Pacto Global apoia-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16 (ODS 16), já conhecido pelas empresas por suas metas relacionadas ao combate à corrupção.  A iniciativa busca entender qual é o papel das empresas nas diferentes metas desse objetivo e como elas podem colaborar para o seu alcance.

Por exemplo, a meta 16.1 trata sobre reduzir significativamente todas as formas de violência. Segundo o Instituto para Economia e Paz, o impacto da violência representa mais de 10% do PIB global. As empresas podem apoiar o alcance desta meta adotando políticas de tolerância zero dentro e fora da companhia contra qualquer forma de assédio e abordagens violentas por forças de segurança, implementando canais de denúncia e a participação em ações coletivas setoriais, dentre outras formas.

Já a meta 16.6 visa desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis. O Índice de Prosperidade Legatum encontra uma forte relação entre a qualidade da governança (particularmente responsabilidade e integridade) e resultado financeiro, mais uma razão para ações empresariais alinhadas com a meta citada acima.

O framework trata também de metas relacionados ao combate ao trabalho infantil, acesso à informação, participação na governança global e muitos outros temas. As empresas são incentivadas a se engajarem holisticamente em todo este espectro, indo além da conformidade e tornando-se defensoras dos princípios de paz, justiça e instituições fortes.

Enquanto em 2020 tivemos o aniversário da Organização das Nações Unidas, em 2021 temos mais um marco para a instituição: a primeira sessão da Assembleia Geral da ONU focada da luta contra a corrupção, a UNGASS. Este tema é do interesse de todos nós. Por isso, fica o convite para acessar o site https://sdg16.unglobalcompact.org/ e conhecer o framework criado pelo Pacto Global para ajudar as empresas a trilhar uma governança mais efetiva e alinhada às necessidades do nosso tempo.

Em 2020, quando a Organização das Nações Unidas completou 75 anos, mais de 1300 CEOs espalhados por cerca de 100 países enviaram uma carta compromisso ao secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçando a necessidade de mobilização e cooperação global para lidar com os desafios do nosso tempo. Entre os compromissos, os CEOs manifestaram seu engajamento com:

A ONU ouviu o setor empresarial e a carta gerou desdobramentos. O Pacto Global da ONU está lançando um framework para apoiar as empresas na implementação efetiva destes compromissos de governança e integridade e, portanto, com impactos diretos no ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Segundo António Guterres, a iniciativa “visa inspirar as empresas a abraçar seu papel na governança transformacional, que inclui fortalecer o multilateralismo e reimaginar o contrato social. Só então poderemos reconstruir uma economia melhor, cumprir a Agenda 2030 e não deixar ninguém para trás”.

A implementação desses compromissos passa por discutir o papel amplo da governança. O Pacto Global entende governança transformacional como tendo três dimensões: a governança convencional, a sustentável e a global. A governança sustentável observa riscos e oportunidades socioambientais, já a governança global prevê a contribuição das empresas com instituições públicas, leis e sistemas nos níveis internacional, nacional e municipal. Com a crescente sobreposição e urgência em questões ambientais, sociais e de governança (ESG), a governança transformacional é um prisma por meio do qual as empresas podem expandir sua compreensão do “G” em ESG.

O framework lançado pelo Pacto Global apoia-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16 (ODS 16), já conhecido pelas empresas por suas metas relacionadas ao combate à corrupção.  A iniciativa busca entender qual é o papel das empresas nas diferentes metas desse objetivo e como elas podem colaborar para o seu alcance.

Por exemplo, a meta 16.1 trata sobre reduzir significativamente todas as formas de violência. Segundo o Instituto para Economia e Paz, o impacto da violência representa mais de 10% do PIB global. As empresas podem apoiar o alcance desta meta adotando políticas de tolerância zero dentro e fora da companhia contra qualquer forma de assédio e abordagens violentas por forças de segurança, implementando canais de denúncia e a participação em ações coletivas setoriais, dentre outras formas.

Já a meta 16.6 visa desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis. O Índice de Prosperidade Legatum encontra uma forte relação entre a qualidade da governança (particularmente responsabilidade e integridade) e resultado financeiro, mais uma razão para ações empresariais alinhadas com a meta citada acima.

O framework trata também de metas relacionados ao combate ao trabalho infantil, acesso à informação, participação na governança global e muitos outros temas. As empresas são incentivadas a se engajarem holisticamente em todo este espectro, indo além da conformidade e tornando-se defensoras dos princípios de paz, justiça e instituições fortes.

Enquanto em 2020 tivemos o aniversário da Organização das Nações Unidas, em 2021 temos mais um marco para a instituição: a primeira sessão da Assembleia Geral da ONU focada da luta contra a corrupção, a UNGASS. Este tema é do interesse de todos nós. Por isso, fica o convite para acessar o site https://sdg16.unglobalcompact.org/ e conhecer o framework criado pelo Pacto Global para ajudar as empresas a trilhar uma governança mais efetiva e alinhada às necessidades do nosso tempo.

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