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Quem dá mais para posar de Steve McQueen?

Mustang pilotado pelo ator no filme Bullitt vai à leilão

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum/Divulgação)
GD

Guilherme Dearo

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 9 de janeiro de 2020 às 09h00.

Em se tratando de cinema, as cenas de perseguição de carros pelas ladeiras da cidade de São Francisco, envolvendo um Ford Mustang GT e um Dodge Charger, estão entre as mais cultuadas da história. Elas fazem parte do filme Bullitt, de 1968, tendo como caçador ao volante ninguém menos do que Steve McQueen (no papel do tenente Frank Bullitt) — o ator que se tornou sinônimo de um jeito cool de ser, admirado e imitado pelos seus pares, por passar a imagem de saber viver a vida e desfrutar de seus prazeres. São quase dez minutos de ação, que prendem a atenção pelo realismo bruto, fazendo com que o espectador, muitas vezes, sinta-se dentro do carro, no banco do passageiro, melhor dizendo ( vale a pena dar uma busca na internet e assistir, ao menos, esse trecho).

Durante as filmagens, foram utilizados dois exemplares idênticos do Mustang, ambos com motor V8 de 390 cavalos. McQueen considerava, com razão, que os carros eram também personagens da trama. Daí o cuidado do ator para que a equipe técnica os deixassem descuidados na aparência, arranhando a pintura, tirando emblemas, luzes de segurança, e colocando rodas mais invocadas, bem ao estilo desleixado e de pouco sorriso do protagonista.

Pois bem, o filme foi rodado, os Mustang cumpriram seu papel com louvor, mas o dia de astro chegou ao fim. Curiosamente, os carros seguiram caminhos diferentes: o modelo principal foi colocado no mercado e o outro, o usado em saltos e acrobacias, enviado a um depósito de sucata. Ao menos era o que parecia. Surpreendentemente, o modelo que todos pensavam ter ser tornado ferro velho e retorcido apareceu em Baja, Califórnia, no início de 2017, enquanto o “ator” principal parecia ter entrado para as estatísticas dos desaparecidos. Mas não foi bem assim…

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum/Divulgação)

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum)

Eis que ele deu as caras pelas mão de Sean Kiernan, herdeiro do carro comprado pelo seu pai, Robert, em 1974, por U$ 6 mil. E foi desse último proprietário que o Mustang ressurgiu para a vida de celebridade novamente. Com a ajuda da Ford, o modelo foi adequado para reestrear em grande estilo, entre beldades da indústria automobilística, no Salão de Detroit de 2018, bem ao lado do novo Mustang.

E agora, de banho tomado, mas mantendo o mesmo jeitão de fera indomável, o modelo será leiloado sexta-feira, dia 10, pela Mecum, nos Estados Unidos. Preço estimado: US$ 4 milhões.

Um 2020 especial a todos!

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum)

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum/Divulgação)

Chico Barbosa é jornalista, escritor e editor da CBNEWS. Instagram: @chico.barbosa

Em se tratando de cinema, as cenas de perseguição de carros pelas ladeiras da cidade de São Francisco, envolvendo um Ford Mustang GT e um Dodge Charger, estão entre as mais cultuadas da história. Elas fazem parte do filme Bullitt, de 1968, tendo como caçador ao volante ninguém menos do que Steve McQueen (no papel do tenente Frank Bullitt) — o ator que se tornou sinônimo de um jeito cool de ser, admirado e imitado pelos seus pares, por passar a imagem de saber viver a vida e desfrutar de seus prazeres. São quase dez minutos de ação, que prendem a atenção pelo realismo bruto, fazendo com que o espectador, muitas vezes, sinta-se dentro do carro, no banco do passageiro, melhor dizendo ( vale a pena dar uma busca na internet e assistir, ao menos, esse trecho).

Durante as filmagens, foram utilizados dois exemplares idênticos do Mustang, ambos com motor V8 de 390 cavalos. McQueen considerava, com razão, que os carros eram também personagens da trama. Daí o cuidado do ator para que a equipe técnica os deixassem descuidados na aparência, arranhando a pintura, tirando emblemas, luzes de segurança, e colocando rodas mais invocadas, bem ao estilo desleixado e de pouco sorriso do protagonista.

Pois bem, o filme foi rodado, os Mustang cumpriram seu papel com louvor, mas o dia de astro chegou ao fim. Curiosamente, os carros seguiram caminhos diferentes: o modelo principal foi colocado no mercado e o outro, o usado em saltos e acrobacias, enviado a um depósito de sucata. Ao menos era o que parecia. Surpreendentemente, o modelo que todos pensavam ter ser tornado ferro velho e retorcido apareceu em Baja, Califórnia, no início de 2017, enquanto o “ator” principal parecia ter entrado para as estatísticas dos desaparecidos. Mas não foi bem assim…

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum/Divulgação)

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum)

Eis que ele deu as caras pelas mão de Sean Kiernan, herdeiro do carro comprado pelo seu pai, Robert, em 1974, por U$ 6 mil. E foi desse último proprietário que o Mustang ressurgiu para a vida de celebridade novamente. Com a ajuda da Ford, o modelo foi adequado para reestrear em grande estilo, entre beldades da indústria automobilística, no Salão de Detroit de 2018, bem ao lado do novo Mustang.

E agora, de banho tomado, mas mantendo o mesmo jeitão de fera indomável, o modelo será leiloado sexta-feira, dia 10, pela Mecum, nos Estados Unidos. Preço estimado: US$ 4 milhões.

Um 2020 especial a todos!

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum)

Mustang: carro pilotado por Steve McQueen (Mecum/Divulgação)

Chico Barbosa é jornalista, escritor e editor da CBNEWS. Instagram: @chico.barbosa

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